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Broncas do Rafa - La maison est tombée (A casa caiu)
Broncas do Rafa – La maison est tombée (A casa caiu)

Segunda-feira, 8 de janeiro, com uma pauta a cobrir para o jornal, lá foi eu à Estação de Transbordo Iguatemi reportar a desorganização em que se transformou o local, após a liberação do comércio ambulante na área.

No melhor estilo “fala povo”, comecei a me sentir Zé Bin. A minha casa não caiu, mas o cerco dos ambulantes a minha volta me fez lembrar as entradas ao vivo que o repórter do programa “Se Liga, Bocão” faz todas as segundas-feiras, direto da Estação da Lapa para que o povo coloque a “boca no trombone”.

Comecei as entrevistas e quando olhei ao meu redor estava sendo o centro das atenções. Alguns gritavam indignados, achando que minha matéria era para retirá-los dali. Fiquei com medo de ser linchado. Ossos do ofício.

No final tudo certo e a reportagem completa, vocês podem ler na edição de janeiro do jornal Notícias Metropolitanas.

Broncas do Rafa – Agora é lei?

Ler uma notícia informando sobre o estabelecimento de uma lei municipal vetando o comércio de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, parece um déjà vu. Principalmente, em uma sociedade em que o uso das tais drogas lícitas é comumente aceito, alardeado e publicitado em todos os meios de comunicação, como um item obrigatório na busca da tão almejada felicidade.

Sancionada no mês de setembro pelo prefeito João Henrique, a Lei Municipal 7.107/2006, começará a vigorar a partir do dia 22 de novembro. Todos os bares, restaurantes, casas noturnas e estabelecimentos comerciais de Salvador que forem flagrados vendendo bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, ou que não tiverem afixada em local visível, uma placa informando sobre a proibição, serão punidos.

A punição vai de uma simples advertência, passando por multa de R$ 500, dobrada a cada reincidência, suspensão parcial da permissão para venda de bebida alcoólica, e até a cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento.

A nova lei, atuará na esfera administrativa, já que a cidade necessitava de uma regulamentação especifica. Na esfera cível, o artigo 81 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a venda a menores de 18 anos “de substâncias com risco de criar dependência”. A punição criminal é feita até hoje, baseada na Lei de Contravenções Penais, elaborada na década de 40, que prevê detenção de até três meses.

Estatísticas anuais comprovam que o número de acidentes de transito e à violência, maiores causas de morte entre os jovens está intrinsecamente ligada a ingestão do álcool e casos de total embriaguez.

Após a leitura atenta da reportagem publicada no jornal A TARDE, do último domingo (dia 22/10), fica a pergunta: vingará a idéia de uma nova lei proibindo a venda de bebidas alcoólicas, se essa iniciativa não estiver atrelada a uma quebra de paradigmas: Uma mudança radical de postura de todo uma sociedade onde o consumo de bebidas alcoólicas iniciada na adolescência é aceito, estimulado pelos meios de comunicação e até pelas próprias famílias?

Todo mundo sabe que vender bebida alcoólica para menos de idade é crime. A proibição já existe, mas não é respeitada. Como forma de colocar ainda mais a sociedade a favor do novo item da legislação, o governo municipal anuncia que os recursos levantados com as multas aos estabelecimentos que descumprirem a Lei 7.107/2006 serão destinados ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA). Esse fundo que financia projetos educativos para crianças e adolescentes em situação de risco social e pessoal, precisava de doações. Em 2005, por exemplo, dos 23 projetos aprovados, somente três poderam ser financiados.

A fiscalização do cumprimento da lei, agora que já foi aprovada, ficará sobe a responsabilidade das polícias Militar e Civil, em parceria com os Conselhos Tutelares, Juizados de Menores, Prefeitura e Promotoria da Infância e Adolescência do Ministério Público Estadual (MPE).

Esperamos que no país da “Lei do Gerson”, onde a premissa é levar vantagem em tudo, nem que para isso tenha que pisar em alguém, a Lei 7.107/2006 não seja só um número a figurar no papel. Que os donos de bares e estabelecimentos comerciais não fiquem tentados ao lucro fácil, que a mais nova lei seja cumprida a risca e que nossos jovens sejam criados conscientes de seus limites.

Broncas do Rafa – Padre Pinto desiste de curtir o Carnaval

Da série: “Hipocrisia da igreja”

Nesta terça-feira (21), o padre Pinto voltou a aparecer na mídia, desta vez, com hematomas roxos no rosto. Segundo o ex-pároco da Igreja da Lapinha, em Salvador-BA, os machucados seriam consequência de uma queda que sofreu devido a problemas de pressão arterial. Por isso, padre Pinto desistiu da agenda de badalações no Carnaval de Salvador. Cancelou o desfile no bloco Filhos de Gandhy e as visitas que faria aos camarotes do ministro da Cultura, Gilberto Gil e da cantora Daniela Mercury. “Estou fisicamente cansado, vou aproveitar esses dias da festa para me dedicar aos trabalhos artísticos”, diz o religioso ao jornal A TARDE, do último dia 22.

Questionado sobre a mudança de planos, o pároco se limitou a dizer que o encontro desta manhã de quase duas horas com o superior geral da Congregação Vocacionista, Ludovico Cabultto, não o fez declinar. O padre disse ainda que Cabultto não criticou o modo de celebrar missas, as entrevistas à imprensa e a aparição em festas. “Pelo contrário. Me convidou para ir à Itália e outros países da Europa para difundir a minha arte e meu projeto evangelizador”, conta.

POLEMICA – Em 9 de janeiro passado, o padre recebeu um comunicado oficial da Congregação da Sociedade das Divinas Vocações para deixar a casa onde reside há 33 anos. Todo esse estardalhaço começou quando o pároco da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Lapinha celebrou missas na Festa dos Santos Reis (5 e 6 de janeiro) vestido com fantasias que lembravam Oxum (orixá das águas), um índio e indumentárias africanas, sempre com uma maquiagem carregada e com coreografias. Uma aparição no Festival de Verão de Salvador, onde rezou com a banda Psirico, danço com o Ilê Aiyê e deu um “selinho” em Caetano Veloso. “Quero ser visto como um rebelde. Ainda levanto a bandeira contra a hipocrisia da igreja”, afirma o padre.

Broncas do Rafa – Carnaval de participação popular?

Como popular se o número de camarotes cresceu 52%, como informa reportagem do jornal “A Tarde” de hoje (18/02)? Na mesma reportagem, o coordenador do Carnaval de Salvador 2006, Misael Tavares (empresário!), tenta justificar o aumento dos camarotes e a eminente diminuição de espaço físico para os “foliões pipoca” (aqueles que não tem dinheiro para pagar os abadás dos blocos, as camisas dos camarotes ou porque, simplesmente, preferem esse jeito de curtir o Carnaval), dizendo que grandes atrações como Salsalitro Gil Mêlandia estarão fazendo shows em bairros populares, como Cajazeiras, Liberdade e Periperi.

Seria essa uma estratégia da Prefeitura Municipal, para fazer uma segregação econômica na “maior festa popular do planeta”? A continuar neste ritmo, vamos desafogar os grandes circuitos e criar mais um cordão de isolamento entre ricos e podres na “capital da alegria”. Já não basta os blocos racistas e suas cordas, os camarotes para convidados vips, os foliões pipocas no aperto entre blocos e camarotes, agora vamos fazer com que os “pobres” nem saiam de seus bairros para não “enfearem” a avenida. Espetáculo para mídia nacional, só pode ter modelos-atrizes-apresentadoras Globais?

João, não esqueça que quem te elegeu como o maior percentual do país, foi a população empobrecida desta cidade e que amarga o título de ser “a capital do desemprego”. Aos menos favorecidos só resta apelar: “Me deixe, viu ‘seu Valela'”!

Primeiras impressões de 2006

Olá amigos,
Sei que não tenho aparecido muito por aqui, mas confesso que estou tirando umas semaninhas de férias, afinal também sou filho de Deus.
Tenho de dizer, aproveitando esse primeiro post do ano, que 2006 tem se mostrado muito promissor. Espero que essa também esteja sendo a impressão de todos!
Prometo que volto com mais calma, com um texto legal!

Arestides Baptista/Agência A TARDE
Broncas do Rafa – Na falta de criatividade, “vale a pena ler de novo”

Da Série: Analisando o trabalho dos coleguinhas

Parece que a equipe editorial do jornal A Tarde anda com problemas para fechar a edição de domingo. Não é pelo excesso de informação que não caibam nas páginas. Pelo contrário, falta reportagem para preencher as páginas do período. Os jornalistas podem ajudar aos coleguinhas de A Tarde a encontrarem algumas pautas interessantes.

Para se ter uma ideia o jornal somente neste ano publicou três reportagens de página inteira tratando do mesmo assunto: pessoas que decidiram morar sozinhas. A primeira foi da repórter Tatiane Freitas, em 10 de abril, intitulada: “Um é bom, dois é demais – Jovens independentes, homens e mulheres separados aumentam o time das pessoas que moram só e desfrutam ‘sem grilos’ a própria companhia“.

A segunda foi: “O preço da liberdade é altoNo ímpeto de sair da casa dos pais, poucos são os jovens que realmente têm consciência dos encargos que isso trará“, de autoria de Daniela Silva, publicada na edição do dia 22 de agosto. Marcos Casé foi o autor da terceira reportagem do tema, publicado no dia 24 de setembro, com o título: “Eu e eu mesmo – Mesmo sem contar com o conforto e a mordomia da casa dos pais, muita gente prefere a liberdade de morar só“.

No domingo, dia 16/10, “o jornal mais lido do Norte/Nordeste” publicou uma reportagem sobre a lucratividade na venda de produtos porta a porta. Nenhum problema se a matéria já não houvesse sido publicada na capa do caderno Empregos & Mercado, semanas antes. Inclusive com a mesma foto, onde um rapaz simula uma abordagem a uma cliente de uma famosa marca brasileira de cosméticos. Como diz o nosso presidente: “assim não pode, assim não dá”!

América: polêmica contra a proibição do beijo gay na novela gera reclamações no Orkut e beijaço em Brasília
América: polêmica contra a proibição do beijo gay na novela gera reclamações no Orkut e beijaço em Brasília

Milhares de telespectadores ficaram no aguardo, na última sexta-feira (dia 11), da tão propagada cena do “beijo apimentado” entre os personagens Júnior (Bruno Gagliasso) e o peão Zeca (Erom Cordeiro), no último capítulo da novela América, da autora Glória Perez e exibida pela Rede Globo. O fato contribuiu para que o capítulo final da novela tivesse 70 pontos no Ibope.

Depois de tanto falatório, tanta expectativa, o beijo não aconteceu. O último capítulo começou bem, com a mãe de Júnior aceitando e afirmando a homossexualidade do filho. Mas, nada do tão esperado beijo. Eles apenas se olharam nos olhos e se aproximaram, sem contato físico.

Logo após o fim da novela, a página da autora no site de relacionamentos Orkut recebeu milhares de mensagens de reprovação contra a censura ao beijo entre os personagens gays. A autora se defende afirmando que ela e o diretor da novela Marcos Schetman lutaram para que a cena do beijo fosse exibida, mas a decisão de vetá-lo teria partido da “alta cúpula” da emissora.

Apesar de toda a polêmica que a cercou desde seu início, com a saída do diretor Jayme Monjardim, e perdura mesmo após seu o último capítulo já ter ido ao ar, a novela contribuiu para colocar em foco algumas discussões importantes.  Para grupos gays, com a ausência do beijo, a Rede Globo só reforça o preconceito e cria ainda maior tabu em torno do amor entre pessoas do mesmo sexo.

Para protestar contra a censura da cena do beijo cerca de 300 gays e lésbicas estenderam bandeiras gigantes com as cores do arco-íris em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, e fizeram um beijaço. Eles participam do 12º Encontro de Gays, Lésbicas e Transgêneros, que vai até sexta-feira (dia 11) na Câmara dos Deputados. Os manifestantes pedem o fim do preconceito e a legalização do casamento homossexual.

BEIJO ENTRE MENINAS – No mesmo horário de exibição da novela, a MTV reexibia o programa Beija Sapo, apresentado pela modelo Daniela Cicarelli em sua primeira versão lésbico. A princesa Loredana, beijou a atriz Renata, uma de suas “sapinhas” pretendentes – esse sim foi um beijo caliente no final do programa. O canal de videoclipes acredita que tenha sido o primeiro beijo lésbico da TV aberta brasileira, se for desconsiderado o selinho trocado entre as personagens Clara (Paula Picarelli) e Rafaela (Aline Moraes) no final da novela Mulheres Apaixonadas, também da Rede Globo.

O Beija Sapo Gay também foi gravado e exibido na quarta-feira (dia 9/11). No final do programa o “príncipe” Rodrigo beijou o “sapinho” escolhido Maicon. Vale lembrar também que a MTV já havia exibido, em 2002, um casal de gays se beijando no programa Fica Comigo, apresentado por Fernanda Lima.