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Desafios do Telejornalismo para o Século 21

O jornalista Gabriel Priolli ministrará de 2 a 6 de junho, na Faculdade de Comunicação da UFBa, o cursoDesafios do Telejornalismo para o Século 21. As inscrições para o curso, que faz parte do Programa de Qualificação para Jornalistas (Proquali – jor) – uma iniciativa da Facom / UFBa e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba) se encerram hoje (dia 29). Maiores informações: (71) 263-6182.

Entrevista: Roberto Nunes
Por Rafael Veloso*

 

Natural de Maceió-Al, o jornalista Roberto Nunes, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), diz que a escolha pelo jornalismo veio em decorrência da família. “Meus dois irmãos são músicos e meu pai jornalista. Sempre gostei de ler”, revela.
Já tendo passagem pelo rádio em 1992 – quando trabalhou durante um ano, na Central Brasileira de Notícias (CBN), como rádio-escuta e produtor, resolveu escolher o jornalismo impresso por considerar o “mais completo”.
Em Salvador desde 1990, Nunes trabalhou no jornal Tribuna da Bahia até 1993, no Bahia Hoje e no Correio da Bahia – onde ficou por seis anos, saindo no ano passado. “Nenhum veículo baiano é neutro”, declara.
Já passou por várias editorias, em sua carreira. Atualmente no jornal A Tarde, Roberto Nunes é repórter do caderno de veículos. “É uma novidade pra mim. Estou satisfeito por causa do desafio. Depois que comecei a trabalhar com automóveis tive que ler mais e consultar sites especializados”, comemora.
Sobre a imprensa baiana, Roberto diz que temos poucos jornais e fala sobre a reestruturação que o jornalista Ricardo Noblat, vem implementando no A Tarde, como a proposta de aumentar a jornada de trabalho de cinco horas diárias para sete horas. A média salarial no jornal é de R$ 1.200,00. Pouco superior à média das demais empresas, que é de R$ 800,00.
A partir de janeiro de 2004, os repórteres e editores de A Tarde terão que ter exclusividade ao jornal.
Sobre novas tecnologias, o jornalista diz que “novidade sempre é bom”, mas preocupa-se com a comodidade que o computador pode provocar. “Antes se apurava da fonte, hoje se apura da Internet”, sentenciou.
Questionado sobre a criação de um conselho de ética para a profissão, o jornalista se diz a favor, lembrando casos recentes de profissionais que forjaram informações. “O profissional tem de ser ético. Respeitar a notícia. A ética deve ser o anjo e a sua sombra”, filosofa. Sobre a proliferação de faculdades de comunicação, se revela temeroso sobre a absorção desses novos jornalistas pelo mercado de trabalho.
Quanto a não obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão, Nunes é contra, mas faz uma ressalva. ¿Editorias técnicas tem de ser feita por pessoas especializadas. Em quatro anos você não será um bom repórter – jornalista. Eu fiz uma universidade federal e ainda entrei verde na profissão. Para você ser aceito precisa ter um bom texto. Um jornal como o A Tarde, ninguém será selecionado porque é filhinho de um político influente”, afirma.
Em relação ao futuro profissional, revela que até tem vontade de sair do país. Aconselha os estudantes de jornalismo de que: “o dia a dia é muito bom, mas tem que ter pé no chão, apesar do ser humano viver de sonhos. Você ler sua matéria e dizer que esta legal é a certeza do papel cumprido”, orgulha-ser.

*Entrevista realizada no dia 13 de maio de 2003. Colaboraram: Beatriz Chacon, Marilia Ramos e Olavo Barbosa.

 

1° Seminário de Políticas Públicas de Rádio e Televisão da Bahia
Políticas públicas de rádio e televisão da Bahia em discussão

O patrão digital a ser adotado no Brasil e a regionalização de 30% da programação são alguns dos temas a serem debatidos no 1° Seminário de Políticas Públicas de Rádio e Televisão da Bahia, nesta segunda e terça-feira, dias 12 e 13/05, no Pestana Bahia Hotel, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.

Entre os palestrantes do evento, estão o presidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura, Jorge da Cunha Lima; o jornalista e professor Sérgio Mattos, a presidente da Associação Roquette Pinto, mantenedora da TVE Brasil, Beth Carmona, o jornalista e produtor independente Fernando Barbosa Lima e o jornalista Ethevaldo Siqueira.

O evento é uma promoção do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB), dentro das comemorações pelos 25 anos da Rádio Educadora FM e dos 18 anos da TV Educativa da Bahia.

Chuva volta a trazer sofrimento a moradores da Baixa de Quintas

Rua José Mariz Pinto, n° 98, Estrada da Rainha, bairro da Baixa de Quintas, em Salvador. Esse é o endereço da casa de dona Aldete Macedo, que foi atingida com o desabamento parcial de uma oficina mecânica com as chuvas do sábado passado (dia 3), e nesta sexta-feira (dia 9), voltou a ser invadida pela lama proveniente da rua Joana D’Arc. A senhora de 75 anos e seu filho já não aquentam mais tanto sofrimento e com a ajuda dos vizinhos tentam conter a fúria da correnteza, abrindo valas para o escoamento da água.

Esse não é o primeiro ano que a residência da pensionista é invadida pela lama. “Eu moro aqui há 49 anos e após a construção desse edifício é que começaram os problemas. É a quinta vez que isso ocorre. Mas dessa vez foi pior”, informou a dona de casa, referindo-se ao prédio situado na rua a cima de sua moradia.

Funcionários da Superintendência Manutenção e Conservação Cidade (Sumac), aproveitando a presença de alguns órgãos de comunicação, tentam mostrar serviço e passar a impressão de que a Prefeitura de Salvador não é omissa. Mas, os vizinhos de dona Aldete, muitos também sofrendo com o mesmo problema, já não aguentam as providencias paliativas por parte dos governantes e exigem que uma solução definitiva seja tomada.

Espetáculo Escorial Foto: Divulgação
Escorial abre comemorações dos 30 anos da Aliança Francesa

Reestreou ontem (4), no Teatro Moliére, da Aliança Francesa, o espetáculo teatral Escorial, encenado pelo Núcleo de Teatro Criaturas Cênica. A peça é uma tradução de Mário Silva para o texto do dramaturgo belga Michel Ghelderode, escrito em 1928. O espetáculo analisa as relações de poder, através da troca de papéis entre um rei decadente e o bobo da corte para que verdades sejam reveladas, enquanto a rainha agoniza em seu leito de morte.

Escorial, que abriu as comemorações pelos 30 anos da Aliança Francesa na Bahia, é dirigido por Ednilson Mota “Pará” (A Vida é Sonho, A Exceção e a Regra) e concorre ao Prêmio Braskem de Teatro 2002, nas categorias: Melhor espetáculo, Melhor Ator para Marcos Machado (Fernando Pessoa e De Alma Lavada) e Melhor Diretor. A peça já recebeu três prêmios no Festival Nacional de Teatro de Teixeira de Freitas: Melhor espetáculo, Melhor Ator e Melhor Figurino para Hamilton Lima. Integram ainda o elenco a atriz Deusi de Magalhães (A Tempestade Exploradores da Caverna) e o ator Leandro dos Reis (Álbum de Família).

A montagem fica em cartaz até o dia 8 de junho, de sexta a domingo, às 21h, no Teatro Moliére (Ladeira da Barra, 401), que se consolida como o mais novo espaço para as artes cênicas baianas. Ingressos: R$ 14 (inteira), R$ 7 (meia) e R$5 para alunos da Aliança Francesa

Salvador debaixo d’água: chuvas provocam estragos

Já são evidentes os estragos causados pelo temporal que cai em Salvador, desde o início da noite deste sábado (dia 3). No bairro da Baixa de Quintas, vários imóveis foram inundados pela enxurrada proveniente da rua situada acima ao antigo Beco do Cirilo. Moradores passaram a noite em claro retirando águas de suas casas e com o risco iminente de desabamento de algumas residências. A dona de casa Maria Conceição Barros, residente no bairro há 22 anos, diz que não é a primeira vez que a chuva causa prejuízos, mas que desta vez ficou assustada com a intensidade da chuva e o desespero de seus vizinhos.

Para Aldete Macedo, os danos foram maiores. Sua casa foi invadida pelas águas que desciam da rua Joana D’Arc e saiam pela porta da frente, na Rua José Mariz Pinto. Uma oficina mecânica localizada na parte de cima do morro nos fundos da casa de dona Aldete, teve seu piso dragado pela força da enxurrada, deixando dois automóveis pendurados no barranco. A pensionista, de 75 anos, ficou em pânico e teve de contar mais uma vez com a solidariedade dos vizinhos para abrigar seus móveis e eletrodomésticos.

O corpo de bombeiros foi chamado e duas viaturas chegaram, por volta das 10h30 da manhã, para fazer a remoção dos carros pendurados. Mas as viaturas não eram equipadas adequadamente para realizar o serviço. Uma equipe da Codesal esteve no local, conversando com as famílias prejudicadas e garante que a Prefeitura de Salvador tomará providências. A culpa pelo alagamento das ruas Joana D’Arc e José Mariz Pinto, segundo os próprios moradores, é a construção de imóveis em locais que a águas escoava e da Prefeitura que não faz a limpeza dos bueiros entupidos. Até o momento foram registrados só no bairro dois desabamentos e sete casas inundadas, mas sem vítimas.