O cantor baiano Hiran faz o penúltimo show da turnê Galinheiro, em Alagoinhas, cidade a 136 km de Salvador. Lançado em julho de 2020, Galinheiro tem produção musical de Tiago Simões e Matheus Gonçalves. A apresentação única será, nesta sexta-feira (dia 29), às 19h, no Teatro do Sesc Alagoinhas. Os ingressos custam R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia-entrada) e R$ 16 para quem possui a credencial Sesc.
Assumidamente gay, o rappper Hiran é um dos representantes brasileiros do movimento musical Queer Rap. O cantor, que foi apadrinhado por Caetano Veloso, já dividiu os palcos com nomes como: o próprio Caetano, Daniela Mercury, Gloria Groove, Ludmilla, Larissa Luz, Baco Exu do Blues e Duda Beat, além de grupos como, BaianaSystem e Psirico.
De volta às raízes
Emocionado pela oportunidade de cantar em sua terra natal, Hiran explica que seu show traz como conceito e sonoridade um importante processo pessoal. “É uma reconexão com minhas raízes e uma busca por respostas apoiado na cultura e espiritualidade ancestral”, afirma o artista.
O produtor cultural Edwin Neves, também ressalta a importância dessas voltas às raízes e de equipamentos culturais, como o Teatro do Sesc Alagoinhas, na revelação de talentos fora das grandes capitais. “São artistas locais que saem, ganham o mundo e voltam, reafirmando sempre que são ‘daqui’. Quem tem boas bases, raízes sólidas, sabe de onde veio e que pode ir para qualquer lugar, inclusive, voltar”, destaca o gestor do Teatro do Sesc Alagoinhas, que foi inaugurado em 10 de junho de 2022 e tem capacidade para receber 184 espectadores.
Serviço:
O quê: Show da turnê Galinheiro, do cantor Hiran
Quando: sexta-feira (dia 29), às 19h
Onde: Teatro do Sesc Alagoinhas (Rua do Terminal Rodoviário, s/n, Alagoinhas Velha, Alagoinhas – BA)
Quanto: ingressos custam R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia-entrada) e R$ 16 (Credencial Sesc) e estão a venda na bilheteria do Sesc Alagoinhas, de segunda a sexta, das 10h às 13h e das 14h às 18h.
A atriz Cristiane Mendonça faz única apresentação do espetáculo cênico musical Escândalo – A Comédia Da Mulher Só, em Salvador. A encenação acontece nesta quarta-feira (dia 27), às 20h, Solar Restaurante, no Rio Vermelho, na orla da capital baiana. Originalmente com direção de Fernando Guerreiro, a nova versão do espetáculo, que tem texto de Elísio Lopes Jr, é dirigida pelo ator Marcelo Praddo e tem direção musical de Luciano Salvador Bahia. O espetáculo foi criado para homenagear a trajetória da a atriz Cristiane Mendonça e seus mais de 30 anos de carreiras nos palcos de Salvador. O ingresso custa R$ 20.
A peça Escândalo tem como tema central as desventuras de uma cantora que tenta, de todas as maneiras, fugir da solidão. A personagem Cristiana Monteiro é uma romântica convicta, que resolve fazer um show com as músicas que marcaram a sua vida amorosa. Entre uma canção e outra, ela confidencia ao público casos de sua vida afetiva. Com muito humor e leveza, o espetáculo é uma deliciosa comédia musical, que vai fazer rir e emocionar a plateia. No repertório, canções de Roberto Carlos, Caetano Veloso, Lulu Santos, Ana Carolina, Djavan, dentre outros.
Escândalo estreou em 2009 e, em apenas dois meses, foi assistido por cerca de 3 mil pessoas. Voltou a cartaz em novembro de 2013 sendo a primeira obra a fazer temporada cênica no sofisticado Café-Teatro Rubi, para onde voltou em mais algumas temporadas. Posteriormente, esteve ainda no Teatro Módulo e no Teatro Sesi do Rio Vermelho. Em maio deste ano, fez uma apresentação com casa cheia no Bistrô das Artes, no Carmo.
Serviço:
O quê: Espetáculo cênico musical Escândalo – A Comédia da Mulher Só
Onde: Solar Restaurante – Rio Vermelho (Rua Fonte do Boi, 24, Rio Vermelho, Salvador – BA)
Quando: quarta-feira (dia 27/07), às 20h
Quanto: ingresso a R$ 20. Reservas pelo telefone: (71) 99658-8870
O artista plástico baiano Tatti Moreno morreu na tarde desta quarta-feira (dia 13), aos 77 anos, na sua residência, em Salvador. A causa da morte não foi divulgada. O velório será nesta quinta-feira (dia 14), às 11h30, no Cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana. Tatti deixa esposa Gisele Fraga e três filhos, André, Gustavo e Paula. O artista ficou famoso por suas esculturas, como os 12 orixás flutuantes no Dique do Tororó, a do casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, no bairro do Rio Vermelho, e o Cristo com braços erguidos para o céu, em Lima, capital do Peru.
Em 2016, Tatti lançou um livro biográfica retratando seus mais de 50 anos de carreira. Fruto de um estudo cronológico realizada pela esposa do artista Gisele Fraga e que durou três anos, A Arte de Tatti Morenofoi escrito por Claudius Portugal e destaca a trajetória do artista plástico baiano, iniciada ainda aos 12 anos de idade. Dos bonecos da infância, feitos de arame, cola e sucatas, Tatti partiu para a utilização do latão, aço inoxidável e alumínio em suas obras já durante as aulas com o mestre Mário Cravo Júnior, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
A morte do escultor foi lamentada por artistas e autoridades. “A arte de Tatti Moreno espelha a força de um ciclope que tem a colher no olho, e que dá de comer a muitos outros, respeitando o Ajeum. Assim como todos os lugares que tiveram a honra de receber seus cuidados, o nosso Candyall Guetho Square também ganhou seus olhos, suas mãos e sua artisticidade. Um filho da Terra, do dom e do tato. Que vá em paz, e que as rodas mais sagradas o recebam”, escreveu no Twitter, o músico Carlinhos Brown.
O governador da Bahia, Rui Costa, disse que foi com triste que recebeu a notícia. “A Bahia perde um de seus importantes talentos. Ficam a obra e a gratidão por representar e divulgar tão bem o nosso Estado. Meus sentimentos à família e aos amigos”, escreveu o governador, que decretou luto oficial de um dia. O prefeito de Salvador, Bruno Reis disse que: “hoje a Bahia perdeu um dos maiores artistas plásticos da história. As obras de Tatti Moreno estão em vários cantos do mundo e de Salvador. Dos orixás do Dique até a escultura de Jorge e Zélia no Rio Vermelho, conseguimos perceber a essência do trabalho desse grande artista”.
“Tatti Moreno marcou sua passagem por aqui de forma definitiva. De suas mãos, nasceram obras inesquecíveis, que se transformaram em cartões postais de nossa cidade. Tatti criou uma obra única, inimitável, com uma forte relação com nossa ancestralidade africana. Deixa muita saudade do seu jeito brincalhão, alto astral, sempre com uma ideia nova na cabeça. Morre o artista, fica a obra e a obrigação de preservá-la”, ressaltou Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos.
Baianos e turistas que passarem pela Estação de Metrô Campo da Pólvora, em Salvador, poderão conferir a exposição fotográfica que mostra as viagens feitas pelo velejador Aleixo Belov. O comandante ucraniano, naturalizado brasileiro, é um dos poucos navegadores que já fizeram seis viagens pelo mundo, sendo três delas em solitário num veleiro com a bandeira do Brasil.
A mostra, que acontece a partir desta quarta-feira (dia 13), em parceria com a CCR Metrô Bahia, estará disponível no nível C da estação até o dia 15 de agosto. Após esse período, a exposição – que faz parte do acervo do Museu do Mar Aleixo Belov, localizado no Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador – seguirá para a Estação de Metrô Aeroporto, ficando em cartaz de 16 de agosto a 19 de setembro.
De acordo com a museóloga Etiennette Bosetto, a parceria com a CCR Metrô Bahia fará com que mais pessoas conheçam a história de Belov, que atualmente está em uma expedição inédita para atravessar o Estreito de Bering, que liga os oceanos Pacífico e Ártico. “A exposição tem como objetivo divulgar a figura de Aleixo Belov, suas aventuras e o novo espaço cultural por ele inaugurado, o Museu do Mar. A mostra, fruto dessa importante parceria com a CCR Metrô Bahia, será itinerante e iniciará no Campo da Pólvora, em Nazaré, escolhida por ser uma das estações de grande movimento e a mais próxima do museu”.
“Com essa exposição, buscamos oferecer ao nosso cliente uma experiência cultural e de bem-estar dentro do Sistema Metroviário, além de fomentarmos o desenvolvimento de ações artísticas. A CCR Metrô Bahia tem o compromisso de investir na promoção da cultura e no apoio a iniciativas como esta”, destaca Jocelyn Cárdenas, gerente de Comunicação, Sustentabilidade e Ouvidoria da concessionária.
Museu do Mar Aleixo Belov
Localizado em um casarão amarelo de três andares que mistura arquitetura clássica com moderna no Santo Antônio Além do Carmo, o Museu do Mar Aleixo Belov guarda relíquias adquiridas durante asseis viagens que o velejador Aleixo Belov, de 79 anos, fez pelo mundo, sendo três delas em solitário no veleiro “Três Marias”. Essa embarcação é o pilar central do equipamento cultural, que funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com acesso permitido até as 17h. O ingresso custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Crianças de até 5 anos não pagam. Nas quartas-feiras, o acesso é gratuito.
Entre os dias 8 e 17 de julho, será possível visitar cinco das principais igrejas do circuito histórico-cultural de Salvador de um jeito diferente. Neste período, os templos serão palco para concertos que estreiam uma série de ações desenvolvidas pelo projeto Bahia Sagrada. Dez atrações nacionais e locais ocuparão esses espaços com apresentações que vão misturar música instrumental, orquestra e canto coral, em repertórios que vão de Villa-Lobos a Axé Music, passando por rock progressivo.
Os repertórios de todos os concertos dialogam com a cultura baiana e com os espaços das igrejas. “Todos os artistas convidados foram orientados a dar um acento regional à apresentação. Também fizemos pedidos especiais, como a releitura do Hino ao Senhor do Bonfim, que completa 100 anos em 2023. Além do significado religioso que o hino tem para os baianos, ele é bastante representativo do diálogo que a religião estabelece com a cultura. O hino foi gravado no álbum de estreia da Tropicália, em 1968”, explica Rafael Alberto Alves, diretor artístico do projeto. Segundo Alves, o hino será apresentado em pelo menos dois concertos – por um quinteto de cordas com berimbau e na guitarra.
Os ingressos gratuitos podem ser retirados antecipadamente online pelo site sympla.com/bahiasagrada. Além dos concertos, o projeto prevê ainda reformas e restaurações dos templos, a elaboração de um livro e de um guia enfocando as igrejas como edifícios históricos, a iluminação das talhas de ouro e dos azulejos portugueses da Igreja do Convento de São Francisco, e a criação de museus que apresentam a história desses lugares e suas relações com a própria história de Salvador e de outros municípios baianos. Os concertos são financiados pela Chesf via Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, e com apoio da Arquidiocese de São Salvador da Bahia.
Na Igreja Basílica do Senhor do Bonfim se apresentam o Quinteto da Bahia e o duo Gabriele Leite e Eduardo Gutterres. Na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos se apresentam As Ganhadeiras de Itapuã e o Grupo Ofá. A igreja de São Pedro dos Clérigos recebe o Núcleo de Ópera da Bahia. Na Igreja São Francisco se apresentam o duo André Mehmari e Rafael Cesário, e Chico Brown. Já na Nossa Senhora da Conceição da Praia se apresentam o Coro Juvenil do Neojibá e o Coral Ecumênico da Bahia.
“São igrejas bastante conhecidas, com inegável relevância histórica. Mas queremos levar aos concertos pessoas que não conhecem os locais. Além de também surpreender quem já está acostumado com eles”, explica Camilo Cassoli, diretor geral do projeto. “O fiel que é habituado ao espaço, por exemplo, vai ter um direcionamento diferente do olhar para perceber aspectos artísticos e arquitetônicos que passam despercebidos no dia a dia”, complementa Cassoli.
Para acolher e orientar o público, o projeto vai contratar como monitores jovens do Coral Aponte, atendidos pelo centro Comunitário Monsenhor José Hamilton que está vinculado à Paróquia da Ascenção do Senhor. Todos são alunos da Escola Estadual Bolívar Santana, que fica no Centro Administrativo da Bahia. Responsável pela Pastoral do Turismo de Salvador e consultor do projeto, Padre Manoel Oliveira acredita que as ações “contribuem para o fortalecimento do nosso turismo religioso, inclusive desfazendo o preconceito de que cultura e religião são incompatíveis. Trata-se de um projeto musical, com nuances de outras denominações religiosas, em templos católicos tombados pelo patrimônio histórico nacional”, destaca.
Outra iniciativa dos concertos Bahia Sagrada é a realização de ações formativas para professores e alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas de Salvador. Mais de 300 pessoas irão participar de palestras com o historiador Rafael Dantas e com o maestro Ângelo Rafael sobre questões históricas e sensibilização musical a partir do repertório dos concertos e da arquitetura das igrejas que acolhem o projeto.
Programação completa da série de concertos Bahia Sagrada:
Sexta-feira, dia 8 de julho, às 19h – Quinteto da Bahia na Igreja Nosso Senhor do Bonfim
Sábado, dia 9 de julho, às 16h – As Ganhadeiras de Itapuã na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Sábado, dia 9 de julho, às 18h – Grupo Ofá convida Rum Alagbê na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Domingo, dia 10 de julho, às 16h – Núcleo de Ópera da Bahia na Igreja São Pedro dos Clérigos
Domingo, dia 10 de julho, às 17h30 – Ivan Sacerdote e Felipe Guedes na Igreja São Francisco
Sexta-feira, dia 15 de julho, às 19h – Gabriele Leite e Edu Gutterrez na Igreja Nosso Senhor do Bonfim
Sábado, dia 16 de julho, às 17h30 – André Mehmari e Rafael Cesário na Igreja São Francisco
Sábado, dia 16 de julho, às 19h30 – Chico Brown na Igreja São Francisco
Serviço:
O quê: Série de concertos do projeto Bahia Sagrada
Quando: de 8 a 17 de julho
Onde: Igreja Basílica do Senhor do Bonfim, Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, Igreja de São Pedro dos Clérigos, Igreja de São Francisco e Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia.
Quanto: ingressos gratuitos podem ser retirados antecipadamente online pelo site sympla.com/bahiasagrada
Igreja de São Francisco – Foto: Fernando BarbosaIgreja de São Francisco – Foto: Fernando BarbosaIgreja de São Pedro dos Clérigos – Foto: Fernando BarbosaIgreja do Rosário dos Pretos – Foto: Fernando BarbosaIgreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia – Foto: Fernando BarbosaBasílica do Senhor do Bonfim – Foto: Fernando Barbosa
O Congresso Nacional derrubou na noite desta terça-feira (dia 5) os vetos presidenciais e aprovou as leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo de fomento à cultura. As duas medidas tratam de liberação de recursos para ajudar o setor cultural após ter sido fortemente afetado pela pandemia de Covid-19. Em sessão conjunta do Congresso Nacional, deputados e senadores derrubaram os vetos após a construção de um acordo e a pressão de artistas que foram ao Congresso solicitar a invalidação da decisão presidencial.
A nova Lei Aldir Blanc ou Lei Aldir Blanc 2 previa repasses anuais de R$ 3 bilhões da União a estados e municípios para ações no setor cultural foi vetado integralmente pelo presidente Jair Bolsonaro. O veto derrubado diz respeito a ações e atividades que poderiam ser financiadas, como exposições, festivais, festas populares, feiras e espetáculos, prêmios, cursos, concessão de bolsas de estudo e realização de intercâmbio cultural, entre outras. De autoria da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e de outros cinco deputados, a lei terá vigência de cinco anos. A política homenageia o cantor e compositor que morreu aos 73 anos em maio de 2020, vítima da Covid-19.
A Lei Paulo Gustavo, de autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA) e que homenageia o ator falecido em maio de 2021 em decorrência da Covid-19, prevê o repasse de R$ 3,8 bilhões para ações emergenciais no setor cultural em todo o país. Pela proposta, os recursos virão do superavit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC). A União terá de enviar o dinheiro aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para que seja aplicado em iniciativas que visem combater e reduzir os efeitos da pandemia de Covid-19 no setor cultural. As duas leis seguem para promulgação.
*Com informações da Agência Brasil e foto de Jefferson Rudy / Agência Senado.
O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) promove seminário virtual sobre alguns dos personagens da Guerra pela Independência do Brasil na Bahia. As batalhas culminaram no 2 de Julho, data em que, no ano de 1823, os militares e civis portugueses que ainda resistiam à independência deixaram a Bahia. O evento gratuito acontece nesta terça-feira (dia 5) e na quarta-feira (dia 6), a partir das 16h, com transmissão pelo canal do Instituto no YouTube.
O seminário vai traçar um perfil histórico de alguns nomes que tiveram um papel de relevância no processo de conquista da Independência do Brasil, notadamente ligados à guerra travada em Salvador e seu Recôncavo. A cada dia do seminário serão abordados três personagens.
No primeiro dia, terça-feira (dia 5), o jornalista e pesquisador do IGHB, Jorge Ramos, vai falar sobre Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, combativo jornalista do Diário Constitucional e vereador em Salvador, que fazia oposição feroz ao brigadeiro Madeira de Mello, comandante dos portugueses que tentaram impedir a independência do Brasil. Madeira de Mello é justamente o segundo personagem tema do seminário. A sua biografia e as circunstâncias em que atuou será tratado pelo historiador Manoel Passos, autor de O processo da Independência no Recôncavo Baiano, fruto do Mestrado em História do Patrimônio pela Universidade do Porto (Portugal).
O historiador cachoeirano Cacau Nascimento, também professor e mestre em História, tratará do “Barão de Belém”, último personagem desse dia. Rodrigo Falcão Brandão, recebeu o título de nobreza justamente por sua participação na guerra. Ele era Coronel de Milícias e à frente de 200 homens marchou para Cachoeira, assegurando que a vila aclamasse, em 25 de Junho de 1822, Dom Pedro “Defensor Perpétuo do Brasil”. Mais tarde ele participou de várias batalhas, como a de Pirajá.
No segundo dia, quarta-feira (dia 6), o seminário vai enfocar a Sóror Joana Angélica, mártir da Independência. Ela foi assassinada por soldados portugueses no Convento da Lapa, em Salvador, em fevereiro de 1822. Os militares acreditavam que no convento estivessem escondidos brasileiros, contra quem lutavam nas ruas de Salvador. A vida de Joana Angélica e o seu martírio serão enfocados pela professora e mestre Antonia Santos, pesquisadora do tema.
O segundo personagem a ser tratado no segundo dia será o “Tambor Soledade”, ferido no ataque da barca canhoneira portuguesa à então vila de Cachoeira, em 25 de junho de 1822, episódio que marca o início da guerra. Ele terá a sua biografia traçada pelo historiador Igor Roberto de Almeida, mestre em História Social pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), cuja dissertação foi “Manoel da Silva Soledade: a emblemática figura do 25 de Junho”. O “Tambor Soledade” era negro e a figura ensanguentada dele ocupa o centro da célebre tela “O Primeiro Passo para a Independência”, de Antonio Parreiras.
Por fim, a professora Antonietta D’ Aguiar Nunes, mestre e doutora em História, falará sobre Maria Felipa. Trata-se de um personagem emblemático da guerra. Negra que vivia da atividade de catar mariscos para sobreviver, muito provavelmente analfabeta, ela liderou um grupo de mulheres igualmente humildes que impediu o desembarque de soldados portugueses na Ilha de Itaparica.
Exposição e curso História da Bahia
Este seminário é um desdobramento da exposição que está montada no “Panteão Pedro Calmon”, na sede do IGHB, e que apresenta as imagens de alguns desses heróis e heroínas que lutaram para libertar o Brasil. A exposição, que pode ser visitada das 14h às 17h na sede do IGHB, na Piedade, em Salvador, e o seminário, visam proporcionar aos baianos a oportunidade de conhecer de perto as imagens dos homens e mulheres que tiveram um papel decisivo na epopeia do 2 de Julho e que contribuíram, de alguma maneira, para a vitória na guerra que consolidou a Independência do Brasil.
No site www.ighb.org.br estão abertas as inscrições para a primeira turma do curso História da Bahia deste ano. As aulas acontecem de 11 a 15 de julho, das 14h às 18h, no auditório do IGHB e serão ministradas pela professora doutora Antonietta D´Aguiar Nunes. O investimento é de R$ 50 (cinquenta reais) e a carga horária de 20 horas com direito a certificação.
Serviço:
O quê: Seminário “Personagens da Guerra pela Independência do Brasil na Bahia”
Quando: terça e quinta-feira, dias 5 e 6 de julho, às 16h
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