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Artista plástico baiano Emanoel Araujo morre em São Paulo
Artista plástico baiano Emanoel Araujo morre em São Paulo

O artista plástico baiano Emanoel Araújo morreu nesta quarta-feira (dia 7), aos 81 anos, em São Paulo. Emanoel que também era escultor, fundador e curador do Museu Afro Brasil foi encontrado sem vida por um funcionário do museu em sua residência, no bairro da Bela Vista, região central da cidade de São Paulo. O velório, aberto ao público, está sendo realizado no Museu Afro Brasil, no Parque Ibirapuera, na capital paulista. O sepultamento ocorre às 16h, no Cemitério da Consolação, na região central de São Paulo.

Emanoel Araujo nasceu em Santo Amaro da Purificação, na região do recôncavo baiano, em 15 de novembro de 1940. Em 1959 realizou sua primeira exposição individual ainda em sua terra natal. Mudou-se para Salvador na década de 1960 e ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia (UFBA), onde estudou gravura. Sua primeira premiação nacional foi em 1966, por sua participação na II Exposição Jovem Gravura Nacional no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e, no circuito internacional, foi premiado, em 1972, com a medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de  Florença, Itália. No ano seguinte, recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor.

De 1981a 1983 dirigiu o Museu de Arte da Bahia. Entre 1992 e 2002 foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Emanoel Araujo expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50  exposições individuais e mais de 150 coletivas. Nas redes sociais, artistas e autoridade lamentaram a morte de Emanoel Araujo. O cantor e compositor Caetano Veloso lembrou que foi colega de escola do artistas plástico. “Morreu meu amigo, colega do ginásio, companheiro de adolescência, conterrâneo santamarense, xará, mestre e discípulo Emanoel Araújo”, escreveu o Caetano.

O músico e imortal da Academia Brasileira de Letras, Gilberto Gil ressaltou a importância artística de Emanoel Araujo: “a sua arte e o seu talento alcançaram projeção nacional e internacional. Desejamos paz e conforto para familiares e amigos”. O governador da Bahia, Rui Costa, também lamentou a morte de Emanoel Araújo. “A Bahia, que se orgulha de tantos filhos talentosos, hoje se entristece com a morte, aos 81 anos, do ilustrador, cenógrafo, pintor, escritor e museólogo Emanoel Araújo”.

https://twitter.com/caetanoveloso/status/1567590779912163328?s=20&t=rCpc0fKl0moZlYRIAFXsnw
Natiruts faz show da turnê “Good Vibration” com Os Gilsons e Ministereo Público em Salvador
Natiruts faz show da turnê “Good Vibration” com Os Gilsons e Ministereo Público em Salvador

O grupo Natiruts se apresenta em Salvador com a turnê Good Vibration, em show com as bandas Os Gilsons e Ministereo Público Sound System. Os shows acontecem neste sábado (dia 3), a partir das 22h, no espaço Wet Salvador, na avenida Paralela, na capital baiana. Os ingressos, que custam de R$ 77 a R$ 320, estão à venda nos balcões do Pida dos shoppings Salvador, Piedade e Liberdade e no site e na loja Bora Tickets do Shopping da Bahia.

A turnê Good Vibration comemora os 20 anos da Natiruts, banda de reggae brasiliense liderado pelo cantor Alexandre Carlo. No repertório do show não vão faltar os principais sucessos que marcaram essas duas décadas de formação do grupo, como Liberdade Pra Dentro da CabeçaNatiruts Reggae Power, Andei SóDeixa o Menino Jogar e Presente de um Beija-Flor.

Já a banda Os Gilsons apresenta o show Pra gente acordar. O trio formado por José Gil, Francisco Gil e João Gil, filho e netos do cantor e compositor baiano Gilberto Gil, vem ganhando projeção nacional com canções que misturam ritmos dos blocos afro da Bahia com beats eletrônicos, violões suaves e o toque jazzístico dos metais.

Os pioneiros do Sound System em Salvador

O Ministereo Público Sound System vai levar ao palco do Wet Salvador o movimento responsável pela transformação musical ocorrida na Jamaica nos anos 1950, os sistemas de som. No país, berço do reggae, os donos de lojas de disco e DJs colocavam seus sistemas de som na rua como forma de divulgar a música produzida localmente e para o divertimento de quem não podia frequentar festas em clubes.

Em Salvador, o Ministéreo Público foi primeira equipe de Sound System e há quase 20 anos representando esse universo na capital baiana. O coletivo, formado pelos DJs Raiz e Pureza e pelo engenheiro de som Regivan Santa Bárbara, mescla reggae, dub, ragga, dancehall e jungle.

Serviço:

Serviço:

O que: Show Natiruts Good Vibration com Natiruts, Os Gilsons e Ministereo Público Sound System

Onde: Wet Salvador (Av. Luís Viana Filho, 9.581, Paralela, Salvador – BA)

Quando: sábado (03/09), a partir a partir das 22h

Quanto: os ingressos custam de R$ R$ 77 a R$ 320 e estão à venda nos balcões do Pida dos shoppings Salvador, Piedade e Liberdade, no site e na loja Bora Tickets do Shopping da Bahia

Natiruts faz show da turnê “Good Vibration” com Os Gilsons e Ministereo Público em Salvador
Ministereo Público Sound System – Foto: Fábio Bitão
Forrozeiro baiano Zelito Miranda morre aos 68 anos
Forrozeiro baiano Zelito Miranda morre aos 68 anos

O forrozeiro baiano Zelito Miranda morreu aos 68 anos, na madrugada desta sexta-feira (dia 12), em Salvador. O cantor e compositor estava em casa acompanhado da esposa, Telma Miranda, quando passou mal e faleceu. A família de Zelito informou que a causa da morte foi problemas pulmonares e que o sepultamento aberto ao público vai acontecer às 16h45, no cemitério Bosque da Paz, na capital baiana.

O artista ficou conhecido como “Rei do Forró Temperado”, por incrementar o tradicional ritmo nordestino com o “tempero” de outros estilos, como o rock e o jazz. Com quase 40 anos de carreira, 220 músicas compostas, 12 discos gravados, entre CDs e LPs e um DVD, Zelito Miranda, levava multidões ao shows do Forró no Parque, projeto que fazia antecipando os festejos juninos e lotava o Parque da Cidade, em Salvador. Zelito Miranda nasceu em 30 de agosto 1953, na cidade baiana de Barrocas, então localidade do município de Serrinha, a 170 quilômetros de Salvador. 

Autoridades lamentaram a morte de Zelito Miranda. O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que “a música baiana está de luto”. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, ressaltou que “Zelito Miranda é um artista na sua mais pura essência. Um símbolo da nossa cultura que levava o forró por todo o mundo. Sua obra está eternizada em nossas memórias”.

O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, também lamentou o falecimento de Zelito Miranda. “Generosidade, essa é a palavra chave que me ocorre ao lembrar dessa grande figura: Zelito Miranda. Lembro do início de minha carreira, gravando minhas trilhas no estúdio de Zelito na Boca do Rio, sua presença simpática e acolhedora, sua figura sorridente e bem humorada. O país perde um grande forrozeiro, defensor de nossas raízes e tradições, corpo e alma mergulhados na nossa cultura popular”, destacou o dramaturgo.

Artista plástico baiano Tatti Moreno morre aos 77 anos
Artista plástico baiano Tatti Moreno morre aos 77 anos

O artista plástico baiano Tatti Moreno morreu na tarde desta quarta-feira (dia 13), aos 77 anos, na sua residência, em Salvador. A causa da morte não foi divulgada. O velório será nesta quinta-feira (dia 14), às 11h30, no Cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana. Tatti deixa esposa Gisele Fraga e três filhos, André, Gustavo e Paula. O artista ficou famoso por suas esculturas, como os 12 orixás flutuantes no Dique do Tororó, a do casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, no bairro do Rio Vermelho, e o Cristo com braços erguidos para o céu, em Lima, capital do Peru.

Em 2016, Tatti lançou um livro biográfica retratando seus mais de 50 anos de carreira. Fruto de um estudo cronológico realizada pela esposa do artista Gisele Fraga e que durou três anos, A Arte de Tatti Moreno foi escrito por Claudius Portugal e destaca a trajetória do artista plástico baiano, iniciada ainda aos 12 anos de idade. Dos bonecos da infância, feitos de arame, cola e sucatas, Tatti partiu para a utilização do latão, aço inoxidável e alumínio em suas obras já durante as aulas com o mestre Mário Cravo Júnior, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

A morte do escultor foi lamentada por artistas e autoridades. “A arte de Tatti Moreno espelha a força de um ciclope que tem a colher no olho, e que dá de comer a muitos outros, respeitando o Ajeum. Assim como todos os lugares que tiveram a honra de receber seus cuidados, o nosso Candyall Guetho Square também ganhou seus olhos, suas mãos e sua artisticidade. Um filho da Terra, do dom e do tato. Que vá em paz, e que as rodas mais sagradas o recebam”, escreveu no Twitter, o músico Carlinhos Brown.

O governador da Bahia, Rui Costa, disse que foi com triste que recebeu a notícia. “A Bahia perde um de seus importantes talentos. Ficam a obra e a gratidão por representar e divulgar tão bem o nosso Estado. Meus sentimentos à família e aos amigos”, escreveu o governador, que decretou luto oficial de um dia. O prefeito de Salvador, Bruno Reis disse que: “hoje a Bahia perdeu um dos maiores artistas plásticos da história. As obras de Tatti Moreno estão em vários cantos do mundo e de Salvador. Dos orixás do Dique até a escultura de Jorge e Zélia no Rio Vermelho, conseguimos perceber a essência do trabalho desse grande artista”.

“Tatti Moreno marcou sua passagem por aqui de forma definitiva. De suas mãos, nasceram obras inesquecíveis, que se transformaram em cartões postais de nossa cidade. Tatti criou uma obra única, inimitável, com uma forte relação com nossa ancestralidade africana. Deixa muita saudade do seu jeito brincalhão, alto astral, sempre com uma ideia nova na cabeça. Morre o artista, fica a obra e a obrigação de preservá-la”, ressaltou Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos.

Morre compositor baiano Paulinho Camafeu, autor de "Que bloco é esse?"
Morre compositor baiano Paulinho Camafeu, autor de “Que bloco é esse?”

O compositor baiano Paulinho Camafeu será enterrado nesta terça-feira (dia 30), às 16h, no Cemitério do Campo Santo, em Salvador. O músico, de 73 anos, estava internado no Hospital do Subúrbio, na capital baiana há uma semana e faleceu na noite desta segunda-feira (dia 29), em decorrência de problemas cardíacos. Paulinho Camafeu é autor de sucessos como Afoxé Badauê, Menina do Cateretê e Que bloco é esse?, um dos hinos do bloco afro Ilê Aiyê. Ele foi um dos precursores da Axé Music, autor da música Fricote, em parceria com Luiz Caldas, em 1985. A canção é considera o ponto de partida do ritmo musical baiano.

Artistas e autoridades usaram as redes sociais para lamentar a morte do compositor Paulinha Camafeu.

https://twitter.com/caetanoveloso/status/1465693626923724805?s=20
Jornalista baiana Márcia Moreira lança livro inspirado em experiência de abuso emocional
Jornalista baiana Márcia Moreira lança livro inspirado em experiência de abuso emocional

A jornalista, escritora e roteirista, Márcia Cordeiro Moreira, lança o livro Vida+Leve, nesta quinta-feira (dia 25), das 16h30 às 20h30, no Palacete das Artes, em Salvador. São 20 textos escritos a partir de uma experiencial pessoal de abuso emocional e que propõem uma reflexão sobre como manter a leveza dentro de nós face às muitas tarefas e o estresse que enfrentamos no dia a dia; diante das cobranças da “vida perfeita” feitas, principalmente, pelas redes sociais.  

“Este livro nasceu, principalmente, da minha vontade de falar de um período muito difícil da minha vida em que tive de enfrentar o isolamento, o deboche, o abuso emocional. São reflexões que tive de fazer, na época, para retomar meu equilíbrio emocional e que, agora, estou propondo a outras pessoas através desses textos”, explica Márcia Moreira. “Não estou ditando verdades, mas compartilhando aprendizados”, define. 

O livro Vida+Leve está subdividido em quatro capítulos: Compreender; Aceitar; Mentalizar e Praticar. O primeiro está relacionado a percepção de nossos limites, de nossas falhas. O segundo capítulo fala sobre autoestima e paz consigo mesmo. O terceiro capítulo aborda temas como estabelecer objetivos e a importância do perdão. O último capítulo traz a relevância de práticas como escutar, silenciar e celebrar. Confira, abaixo, entrevista exclusiva com a jornalista e escritora.

Novo selo

O livro Vida+Leve foi publicado pelo selo Bora Publicar, novo braço literário da editora P55. Na ocasião também será lançado o livro de poemas, minicontos e textos, Respirando Letras, de Gustavo Gordilho. “O título é uma brincadeira com o ato de respirar fundo, como algo necessário para se viver”, afirma o autor, que está fazendo sua estreia no mundo literário.

O evento de lançamento dos livros Vida+Leve (R$35) e Respirando Letras (R$40) será área aberta, dentro dos protocolos de segurança necessários por conta da pandemia. Além da versão impressa, ambas as publicações ganham versão digital e podem ser adquiridas no site p55.com.br e, em breve, na Amazon. O lançamento do livro conta com apoio do Palacete das Artes, equipamento cultural do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), vinculado a Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).

Confira entrevista exclusiva com a jornalista, escritora e roteirista, Márcia Cordeiro sobre o livro Lida + Leve:

1) Como surgiu a ideia de reunir esses 20 textos nesta publicação? A pandemia lhe influenciou de alguma forma na produção do livro?

Márcia Moreira – São 20 textos que comecei a escrever a partir de uma experiência muito ruim morando numa cidade fora de Salvador. Passei pelo que as pessoas chamam de ‘tentativa de cancelamento’ ou ‘abuso emocional’ por parte de um grupo de pessoas. Durante quase um ano e meio me senti muito isolada, não tinha todo o suporte emocional, afetivo de amigos, de família que eu tenho. Essa experiência negativa me desestruturou de uma forma que nunca tive na vida e percebi que estava realmente fora do eixo, fora do meu equilíbrio. Então, comecei a buscar coisas que me trouxessem de volta esse equilíbrio. Eu comecei a fazer meditação, a ler textos, descobrir o ho’oponopono, e a fazer várias coisas que me trouxessem de volta a minha paz interior. Isso tudo aconteceu antes da pandemia, então durante a pandemia essa sensação de exclusão, de isolamento, só piorou um pouco. Quando voltei para Salvador, eu senti vontade de escrever sobre esse experiência, mas não no sentido biográfico de falar ‘tal dia aconteceu isso’. Eu quis falar sobre a minha experiência de buscar esse equilíbrio, de buscar esse autoconhecimento, porque comecei a fazer realmente uma revisão, pensando na minha vida, revisar várias coisas, revisar meus valores, me questionar porque também a opinião daquelas pessoas estava me incomodando tanto. Então, eu comecei a escrever um pouco dessa experiência e assim nasceu esse livro Vida + Leve. Comecei a escrever esses textos e assim nasceu o livro com essa ideia de falar desse processo de busca, de autoconhecimento, de equilíbrio, porque muitas vezes a gente acaba percebendo, e entendi isso nesse processo de aprendizado, que às vezes tem coisas que tiram a gente do sério não pela situação em si, mas pela forma como a gente encara e lida com essa situação.

2) Na frase de introdução do livro você fala que as redes sociais “preconizam que a vida deve ser um eterno parque de diversões: só alegrias. Mas a vida adulta inclui muitos outros elementos …”. Como seu livro pode ajudar na aceitação de que “fora dos stories” podemos ter nossos momentos ruins?

Márcia Moreira – Hoje a gente vive o mundo virtual de forma tão intensa que a gente acaba muitas vezes se desconectando da realidade e a realidade é o que eu falo, não é um sorriso de selfie. Ninguém passa 24 horas do dia sorrindo, encantado e feliz. Isso não é humano, isso não faz parte da realidade de ninguém. Então, a primeira coisa é a gente aprender isso. O livro está dividido em quatro capítulos: Compreender, Aceitar, Mentalizar e Praticar e em cada um desses capítulos eu trago cinco textos que falam de coisas diversas, como: você ficar em paz consigo mesmo, sua autoestima, eu falo sobre sonhos, sobre rir de se mesmo, fala sobre manter objetivos que sejam realizáveis. É um processo realmente de aprendizado, porque quando eu falo de vida mais leve, não é no sentido de você achar que tudo vai ficar lindo, tapar o sol com a peneira e dizer ‘não, só vou ver as coisas boas da vida’, ‘vou achar que tudo é ótimo’, ‘só vibrar positivamente’. Muito pelo contrário, é você se manter consciente a respeito do que está acontecendo ao seu redor e de como está a sua vida, o país, o mundo que a gente vive hoje com essa pandemia, que não tá fácil para ninguém e, ainda assim, você conseguiu se manter em paz e em equilíbrio. Não estou trazendo ensinamentos de lições de vida, não são 20 passos para ter uma vida tranquila. Não é isso. A minha proposta é que esses 20 textos proponham uma reflexão para que as pessoas, cada uma dentro do seu caminho, dentro das suas possibilidades, encontrem sua própria paz interior e consigam desenvolver esse olhar de leveza em relação ao seu dia a dia.

3) Como sua experiência pessoal pode ajudar os leitores?

Márcia Moreira – Eu espero, realmente, que esse livro possa indicar caminhos. Eu não estou propondo ensinamentos, estou compartilhando aprendizados. Eu espero que essas coisas que aprendi, que refleti, que realmente me ajudaram a encontrar meu equilíbrio, possam também, de alguma forma, ajudar outras pessoas. Eu vou, inclusive, ler um trecho de um texto do livro, que se chama Gratidão. ‘A gratidão não está associada a grandes momentos, mas a todos os momentos. Agradecer sempre por um dia de sol, por um dia de chuva, por uma música que toca nosso coração, por um filme que nos faz chorar, por uma comida gostosa, por um sorriso espontâneo, um abraço acolhedor. Ser grata pela vida e por tudo que dela emana. Essa prática nos ajuda a desenvolver um olhar mais generoso em relação ao nosso dia a dia‘.

4) O livro Vida + Leve está sendo publicado pelo selo Bora Publicar, da editora P55. Como você vê o mercado editorial para novos autores?

Márcia Moreira – Eu percebo que existe uma demanda muito grande de pessoas que escrevem, que se expressam através da escrita, seja por poemas, seja por contos, seja por textos mesmo variados e que querem publicar e às vezes não conseguem ter acesso a editoras. Então, primeiro eu sugiro que quem estiver pensando em publicar alguma coisa que procure editoras baianas. Nós temos várias editoras baianas no mercado. Eu já sou parceira da P55 já há algum tempo e esse é meu segundo livro que publico com eles. Dessa vez do selo ‘Bora Publicar’, mas já publiquei antes um livro de contos e poesias chamado As muitas mulheres em mim. Esse selo chega com a proposta diferenciada, que é justamente para quem já tem textos prontos e que está buscando uma forma de publicar de maneira mais rápida e menos burocrática e a Bora Publicar nasce, exatamente, com esse intuito, de fazer essa ponte entre o autor e os leitores.

5) Agora que este filho já está no mundo, há planos para uma nova publicação?

Márcia Moreira – Depois do Vida + Leve já estou escrevendo outro livro que tem a ver com essa experiência de situação de isolamento, de exclusão, e que são contos que eu comecei a escrever. Todos os contos tem como fio condutor o silêncio. O silêncio é o tema que perpassa todos esses contos. E já estou com uma ideia também de escrever um novo livro dentro dessa linha do Vida + Leve, de textos para falar sobre contemplação que é uma coisa que eu acho importantíssima no nosso dia a dia e que, muitas vezes, a gente deixa de fazer, deixa de praticar.

Serviço:

O quê: Lançamento dos livros Vida+Leve, de Márcia Cordeiro Moreira e Respirando Letras, de Gustavo Gordilho

Quando: quinta-feira (dia 25), das 16h30 às 20h30

Onde: Palacete das Artes (Rua da Graça, 284, Graça, Salvador-BA)

Mais informações: no site da editora P55 e no Instagram da escritora @marciamm8

Ouça a entrevista completa com a jornalista e escritora Márcia Moreira no episódio #23 do Podcast Destaques da Semana

Cantora Marília Mendonça morre em queda de avião no interior de Minas Gerais - Foto: Instagram Marília Mendonça
Cantora Marília Mendonça morre em queda de avião no interior de Minas Gerais

A cantora e compositora Marília Mendonça, de 26 anos, e outras quatro pessoas morreram na tarde desta sexta-feira (dia 5) após queda do avião bimotor em que viajavam no interior de Minas Gerais. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, a aeronave de pequeno porte, modelo Beech Aircraft, caiu na zona rural de Piedade de Caratinga, a 309 km da capital mineira. O velório da artista será realizado, neste sábado (dia 6), no ginásio Goiânia Arena, na capital de Goiás.

A informação da morte da cantora, que no primeiro momento havia sido dada como resgatada com vida, foi confirmada pela assessoria da artista. “Com imenso pesar, confirmamos a morte da cantora Marília Mendonça, seu produtor Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, do piloto e copiloto do avião, os quais iremos preservar os nomes neste momento. O avião decolou de Goiânia com destino a Caratinga (MG), onde Marília teria uma apresentação esta noite”, diz a nota à imprensa.

O produtor Henrique Ribeiro Bahia, uma das cinco vítimas fatais do acidente aéreo, era natural de Salvador, mas morava com Goiania há 10 anos. Ele começou a trabalhar com Marília Mendonça no final de 2015, após a morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo (1986 – 2015), com quem trabalhou anteriormente. Com a queda da aeronave morrem também o piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior e copiloto Tarciso Pessoa Viana.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião de prefixo PT-ONJ, da empresa PEC Táxi Aéreo, estava em situação regular e tinha autorização para fazer o serviço de táxi aéreo. As causas do acidente serão investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

Cantora Marília Mendonça morre em queda de avião no interior de MG
Foto: Polícia Civil de MG

Rainha da Sofrência

Marília Mendonça nasceu na cidade de Cristianópolis (GO), em 22 de julho de 1995. Considerada como maior representante feminina da música sertaneja na atualidade, ela começou a compor suas primeiras canções aos 12 anos. A compositora é a responsável por sucessos gravados por Cristiano Araújo, Jorge & Mateus, João Neto & Cristiano, Henrique & Juliano e Wesley Safadão.

O início da carreira como cantora só aconteceu em 2014 com o lançamento de EP Marília Mendonça. O reconhecimento nacional veio em 2016, quando a “Rainha da Sofrência” gravou o DVD Marília Mendonça: Ao Vivo. A artista é autora de sucessos como: Infiel, Apaixonadinha, De quem é a culpa?, Eu sei de cor, Graveto e Supera. Marília conquistou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja, com o disco Todos Os Cantos, lançado em 2019.

A cantora sairia em turnê pelo Brasil a partir de março de 2022 em parceria com a dupla Maiara & Maraísa, apresentando o Festival das Patroas. Marília Mendonça deixa um filho que completa dois anos em dezembro.