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Atriz Fernanda Montenegro é eleita nova imortal da Academia Brasileira de Letras - Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
Atriz Fernanda Montenegro é eleita nova imortal da Academia Brasileira de Letras

A atriz Fernanda Montenegro foi eleita, nesta quinta-feira (dia 4), nova imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) e irá ocupar a cadeira de número 17. Ela era candidata única e foi eleita por 32 dos 35 votos à vaga, em sucessão ao acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco, morto em 15 de março de 2020. “É um momento importante, primeiro pela renovação que se dá com a eleição na Academia Brasileira de Letras. É um sinal de novos horizontes. Por outro lado, Fernanda é uma grande intelectual, uma representante importante da cultura brasileira”, ressalta o presidente da ABL, Marco Lucchesi.

Fernanda Montenegro, nome artístico de Arlette Pinheiro Monteiro Torres, nasceu em 16 de outubro de 1929, no bairro do Campinho, zona norte do Rio de Janeiro. Atuou em um palco pela primeira vez aos 8 anos de idade, para participar de uma peça na igreja. Sua estreia oficial no teatro, entretanto, ocorreu em dezembro de 1950, ao lado do marido Fernando Torres, no espetáculo 3.200 Metros de Altitude, de Julian Luchaire.

Considerada uma das maiores atrizes do Brasil, Fernanda Montenegro foi a primeira latino-americana e a única brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz por seu trabalho em Central do Brasil, em 1998. Foi, ainda, a primeira brasileira a ganhar o Emmy Internacional na categoria de Melhor Atriz pela atuação na série Doce de Mãe, da TV Globo, em 2013. A atriz, que completou 92 anos de idade no dia 16 de outubro, é autora de dois livros: Prólogo, Ato e Epílogo, da editora Companhia das Letras, de 2019, em que narra suas memórias; e Fernanda Montenegro: Itinerário Fotobiográfico, da editora SESC SP, de 2018, em que conta através de imagens sua trajetória pessoal e profissional.

Os ocupantes anteriores da cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras foram Sílvio Romero (fundador), Osório Duque-Estrada, Roquette-Pinto, Álvaro Lins e Antonio Houaiss. Permanecem vagas ainda as cadeiras 20, do jornalista Murilo Melo Filho, morto no dia 27 de maio de 2020; a 12, do professor Alfredo Bosi, morto no dia 7 de abril de 2021; a 39, do vice-presidente da República Marco Maciel, morto no dia 12 de junho deste ano; e a cadeira 2, ocupada pelo professor Tarcísio Padilha, que morreu no dia 9 de setembro.

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Com informações da Agência Brasil.

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão

- Foto: Mauro Samagaio
Clássico Teatro do Copacabana Palace será reaberto após 27 anos

O hotel Copacabana Palace, famoso cartão postal arquitetônico do Rio de Janeiro, anunciou para novembro de 2021 a reabertura do seu clássico teatro, após 27 anos fechado. O Teatro Copacabana Palace, considerado um dos grandes palcos do país, por onde já passaram nomes como Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Tônia Carrero, Renata Sorrah e Marieta Severo, estava fechado desde 1994 – quando recebeu a peça Desejo, estrelada pela atriz Vera Fischer.

Copacabana Palace – O Musical será o primeiro espetáculo a estrear no espaço, em dezembro desde ano. Na peça serão recriados momentos emblemáticos da história do hotel, fazendo com que a plateia se transporte para a atmosfera do Copa e conheça alguns dos personagens que já passaram por lá, ajudando a escrever e cantar a história do hotel. A idealização e direção é de Gustavo Wabner e Sergio Módena, com texto das autoras e produtoras Ana Velloso e Vera Novello e do jornalista e escritor Luis Erlanger e produção executiva e artística da Sábios Projetos.

“Após um trabalho excepcional de toda a equipe envolvida na reforma do Teatro Copacabana Palace, estamos muito felizes em anunciar a reabertura deste que é um verdadeiro patrimônio cultural da cidade. Será um presente para as próximas gerações e esperamos ansiosos para compartilhar momentos inesquecíveis com o público”, afirma Ulisses Marreiros, gerente Geral do Copacabana Palace, hotel do grupo Belmond.

O Teatro Copacabana Palace foi inaugurado em 1949, com a peça A Mulher do Próximo, de Abílio Pereira de Almeida. Em 1953, um incêndio de grandes proporções o atingiu. O espaço foi recuperado e reinaugurado em 1954 com a peça Diálogos das Carmelitas. Em 1994, o teatro fechou as portas e, em 2018, iniciaram os preparativos e obras do novo projeto de revitalização do icônico Teatro Copacabana Palace.

Desde sua abertura, já passaram por seu palco renomadas companhias teatrais nacionais, entre elas a de Abílio Pereira de Almeida, Cia. Fernando de Barros, Cia. Os Artistas Unidos, Cia Dramática Nacional, Teatro Brasileiro de Comédia, Cia. Maria Della Costa, Teatro dos Sete. Além disso, consagrados artistas brasileiros já atuaram no Teatro Copacabana Palace, como Cacilda Becker, Cleyde Yáconis, Henriette Morineau, Procópio Ferreira, Bibi Ferreira, Marília Pêra, Susana Vieira, Jorge Dória e Vera Holtz.

O novo teatro terá capacidade para 332 lugares, sendo 238 na plateia e 70 no balcão, além de 18 assentos distribuídos entre 4 frisas e 6 camarotes. A acessibilidade e a mobilidade estão contempladas no projeto, com poltronas para pessoas obesas e com mobilidade reduzida e espaços destinados a cadeirantes. A acessibilidade se estende ao palco através de elevador e aos camarins.

Com projeto do arquiteto Ivan Rezende, a revitalização do Teatro Copacabana Palace contempla os elementos decorativos do espaço em sincronismo com a atmosfera do Copacabana Palace. “A sensação é de que o teatro além de rejuvenescido em suas áreas históricas, tombadas pelo patrimônio histórico, ganhou em grandeza com as novas perspectivas arquitetônicas” , afirma o arquiteto. “Mantivemos o estilo clássico e elegante do Copa, mas com toda a tecnologia e modernidade de 2021”, destaca Paulo André Pozzobon, diretor de Engenharia da Divisão América do Sul da Belmond e coordenador Geral do projeto de renovação do Teatro Copacabana Palace.