No Dia Nacional do Livro, pesquisa aponto crescimento de vendas no mercado brasileiro

Este ano, os representantes do mercado editorial brasileiro têm motivos a mais para celebrar o Dia Nacional do Livro, nesta sexta-feira, 29 de outubro. De acordo com o Painel do Varejo de Livros no Brasil, elaborado pela Nielsen BookScan, no primeiro semestre de 2021, foram vendidos 28 milhões de exemplares, um aumento de 48,5% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Apesar da boa notícia, o crescimento nas vendas de livros no país vai de encontro a crise financeira que afetou grandes redes de livrarias, obrigo-as a reverem suas estratégias e fecharem inúmeras unidades em todo o território nacional. Segundo a Associação Nacional de Livrarias (ANL), em 2014 o Brasil tinha quase 3,1 mil livrarias abertas. Atualmente, a estimativa é de que esse número tenha reduzido para 2,2 mil.

A explicação para este fenômeno pode estar na mudança de hábito dos consumidores, que passaram a comprar livros pela Internet, prática que se tornou ainda mais comum em função da pandemia de Covid-19. No ano passado, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), as vendas de livros on-line cresceram 84% em 2020.

“A praticidade e instantaneidade que as plataformas digitais oferecem, aliadas à oferta de produtos, transformaram o modo de se consumir conteúdo. Hoje, é possível ler e ouvir ou assistir a um material a qualquer hora, de qualquer lugar”, explica Inayara Gaiarin, gerente de marketing do Bookplay, plataforma brasileira de streaming de educação.

Segundo a Pesquisa Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro, realizada também pela Nielsen, sob coordenação da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do SNEL, mostra que, no momento mais crítico da pandemia no Brasil, no ano passado, o faturamento das editoras com conteúdo digital cresceu 36% em relação a 2019, passando a representar 6% do mercado editorial, ante os 4% do ano anterior.