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Wagner Moura participa da pré-estreia do filme "Marighella", em Salvador
Wagner Moura participa da pré-estreia do filme “Marighella”, em Salvador

A pré-estreia do filme Marighella, do ator e diretor Wagner Moura, movimentou o Teatro Castro Alves, em Salvador, na noite desta segunda-feira (dia 25). O filme, que conta a história de Carlos Marighella (1911 – 1969), marca a estreia de Wagner como diretor. O longa foi exibido pela primeira vez no Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2019 e tem estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 4 de novembro, data que marca os 52 anos da morte do guerrilheiro baiano.

A cinebiografia do líder baiano, ex deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro assassinado em 1969 pelas forças de repressão aos movimentos de resistência ao golpe militar de 1964, se baseia em obras e pesquisas, dentre elas a biografia Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo, escrita pelo jornalista Mário Magalhães. Protagonizado pelo ator e músico Seu Jorge, o longa-metragem de quase três horas de duração teve algumas cenas gravadas na histórica cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano. O filme ainda traz no elenco os atores Adriana Esteves, Bruno Gagliasso e Humberto Carrão.

A sessão de pré-estreia do filme em Salvador foi apenas para convidados, entre eles o filho do guerrilheiro, o advogado Carlos Augusto Marighella e a neta, a atriz e vereadora de Salvador pelo PT, Maria Marighella, que atua no filme, além da imprensa, artistas, militantes políticos e familiares do diretor. A torcida organizada do Esporte Clube Vitória, Brigada Marighella e o Coletivo Coalizão Negra foram convidados ao palco na abertura da sessão.

O público presente recebeu Wagner Moura e o elenco do filme sob aplausos e aos gritos de “Fora Bolsonaro”, “Marighella vive” e em homenagem ao jornalista Wladimir Herzog, torturado e morto pela ditadura militar em 25 de outubro de 1975. Na área da bilheteria do Teatro Castro Alves (TCA) manifestantes exibiram uma faixa com a frase: “Levante-se contra a censura. Marighella vive!”.

Em discurso emocionado, Wagner Moura fez um histórico do seu primeiro filme, lembrou a censura imposta pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), criticou o retrocesso democrático no governo Bolsonaro e destacou o papel do líder revolucionário no combate à ditadura militar brasileira. “Este filme é sobre o amor e é uma honra lançá-lo no TCA , na minha terra, onde está meu axé”, declarou o ator e diretor baiano.

Wagner Moura participa da pré-estreia do filme "Marighella", em Salvador
Faixa contra a censura foi estendida na bilheteria do Teatro Castro Alves (Fotos: Claudia Correia)
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Filme "Nas mãos de quem me leva" marca estreia do ator João Côrtes na direção
Filme “Nas mãos de quem me leva” marca estreia do ator João Côrtes na direção

Será lançado nas plataformas digitais, nesta quinta-feira (dia 8), o filme Nas mãos de quem me leva, que marca a estreia do ator João Côrtes na direção. O longa-metragem conta a história de Amora, uma moça de 22 anos, filha de pais artistas, que se torna órfã quando ainda é muito jovem. Amora enfrenta os desafios de se tornar uma mulher independente, tendo que lidar com a dor da perda. No elenco estão Neusa Maria Faro, atriz conhecida pelas novelas Êta Mundo Bom, Verdades Secretas, Amor à Vida (TV Globo) e o filme O Segredo de Davi, além de Fernanda Marques, Bruno Suzano, Ed Cortês e a participação especial de Daniela Galli.

“Dirigir esse filme foi um desafio gigantesco, mas extremamente engrandecedor. Me fortaleceu e expandiu meus horizontes como artista e ser humano. Me potencializou demais. Ainda na fase de escrita do roteiro, ouvia muito das pessoas que produzir e dirigir um filme era como ter um filho: iria exigir 100% da sua atenção, energia e tempo. Na época eu não absorvi completamente o sentido disso, mas hoje eu entendo na pele. Eu nunca me entreguei e me dediquei tanto para algo dar certo”, explica o diretor João Côrtes.

Segundo Côrtes, Nas Mãos de Quem Me Leva é uma história humana, sobre se descobrir, se relacionar consigo mesmo, com nossas dores e com os outros à nossa volta, e toda a riqueza e intensidade de sentimentos que naturalmente fazem parte disso. “O filme levanta um tema que todas as pessoas, de alguma maneira, vivem e são capazes de se conectar, que é a ideia de encontrar nossa independência, o conceito de amadurecimento, de tomar as rédeas do próprio destino e entender que nós temos o poder de criar nossa realidade”, conta o diretor.

Com quase 10 anos de carreira como ator, João nos últimos três anos vem se consolidando como roteirista, diretor e produtor. Em 2018 escreveu o longa-metragem Nas Mãos de Quem Me Leva, e em 2019 produziu e dirigiu o filme, de forma 100% independente. Ainda em 2019 escreveu o roteiro do curta-metragem LGBTQIA+ Flush, o qual também estrelou como ator. Ambos os filmes foram premiados em festivais pelo mundo, incluindo prêmios de roteiro, direção e atuação.

Nas Mãos de Quem Me Leva, filme da O2 Play, foi o vencedor como Melhor Filme no New Cinema Film Festival e no Seoul International Short Film Festival 2020. Neste festival também ganhou o prêmio de Melhor Roteiro. O filme conquistou também o prêmio de Melhor Diretor, no New Cinema – Lisbon Monthly Film Festival 2020; de Melhor Atriz, no German United Film Festival 2020, no Washington Film Festival 2020 e no Newwave Short Film Festival 2021; e ainda de Melhor Direção de Fotografia, no Newwave Short Film Festival 2021.

Sinopse

Nas Mãos de Que Me Leva conta a vida de Amora, uma menina de 22 anos, filha de dois pais artistas, que se torna órfã quando ainda é muito jovem. Amora enfrenta os desafios de se tornar uma mulher independente, tendo que lidar com a dor da perda. Vive com a avó Lúcia, uma mulher muito religiosa e conservadora, com quem tem uma relação turbulenta. Amora está constantemente equilibrando o amor inerente entre ela e a avó e as ideias e princípios conflitantes de duas gerações distantes. O único apoio que Amora tem em sua vida são seu melhor amigo, Fran, colega de trabalho em uma biblioteca, um jovem ator gay em início de carreira e Mercedes, sua psicóloga e verdadeira confiante desde a perda de seus pais.

A vida de Amora começa a parecer um beco sem saída, seus sonhos de ser fotógrafa parecem distantes e a rotina se torna implacável, até que ela conhece Bruno, um empresário mais velho e interessante, que desperta uma nova perspectiva em sua vida, com a possibilidade de amor, segurança e sonhos. A partir desse encontro, uma montanha-russa de emoções começa a se desenvolver, transformando-a em uma mulher forte e livre. Um filme de amadurecimento, sobre amor, empoderamento e superação de medos, de um ponto de vista delicado e feminino.

Veja o trailer

Filme Jonas e o Circo Sem Lona - Foto: Divulgação
Filme baiano “Jonas e o circo sem lona” estreia em cinemas do Uruguai

Jonas e o Circo Sem Lona, longa-metragem baiano da Plano 3 Filmes, estreou comercialmente em salas de cinemas de Montevidéu, capital do Uruguai e permanecerá em cartaz por pelo menos mais duas semanas. O filme, que teve o apoio do Edital Arte em Toda Parte, da Fundação Gregório de Mattos (FGM), está sendo exibido de quinta a domingo na Sala B do Auditório Nelly Goitiño, e, na última sexta-feira, teve sala cheia em sessão que contou com a presença da equipe.

Estrear comercialmente fora do país não tem sido, ao longo dos anos, um feito muito comum para filmes baianos. Segundo a diretora, Paula Gomes, “essa estreia representa uma grande conquista para o cinema local e aponta, não só, para o quanto viemos avançando nas últimas décadas, como também para o grande potencial que temos hoje de cruzar fronteiras e internacionalizar a nossa produção”.

O documentário conta a história real de Jonas, que aos 13 anos, tem uma difícil missão: administrar o circo que ele mesmo fundou no quintal de sua casa. Neto de artistas circenses, o garoto tenta manter a paixão da família através do seu circo improvisado, na periferia de Salvador. O dia a dia deste artista-mirim do circo é mostrado no documentário.

O filme também discute a educação no Brasil através do dilema de Jonas. Sem incentivo da escola e dos professores, o garoto quer deixar os estudos de lado para se dedicar totalmente a sua paixão. Mas a mãe não abre mão do futuro do filho e vê nos estudos a grande oportunidade

O longa estreou em salas de cinema do Brasil no ano passado, com ótima recepção pelo público e crítica, e já percorreu mais de 30 festivais pelo mundo, recebendo 13 prêmios em países como México, Estados Unidos, Espanha e França. Foi também o único representante latino-americano no IDFA – International Documentary Film Festival Amsterdam / First Appearance Competition. No Brasil, ganhou prêmios de Melhor Longa pelo Júri Especial no Festival Panorama de Cinema 2016, Prêmio Destaque do Cine Esquema Novo 2016 e Menção Especial do Júri do Cachoeira Doc 2016.
 

VI Panorama Internacional homenageia os 100 anos de cinema baiano
VI Panorama Internacional homenageia os 100 anos de cinema baiano

Com o tema 100 Anos de Cinema da Bahia, começa nesta quinta-feira (dia 27) o VI Panorama Internacional Coisa de Cinema. Já na abertura, às 20h, no Espaço Unibanco de Cinema Glauber Rocha, em Salvador, os premiados diretores Vincent Carelli, do documentário Corumbiara, e o espanhol José Luis Guerín, de Trem de Sombras, irão conversar com a plateia após a exibição dos filmes.

Nesta edição do evento, mostras especiais irão homenagear grandes diretores do cinema nacional e internacional, como os cineastas Akira Kurosawa e Eric Rohmer (morto no ano passado). Os 70 anos de Orlando Senna serão comemorados com uma retrospectiva da carreira do diretor.

O primeiro longa-metragem baiano, Redenção, de Roberto Pires, será exibido pela primeira vez após ser recuperado, na mostra Filmes Restaurados do Cinema Brasileiro. Compõem, ainda, essa mostra os longas Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha; Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; O Homem que Virou Suco (1979), de João Batista de Andrade e A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral.

Em 2010, a mostra competitiva do panorama terá sete longas-metragens e 16 curtas. No total, foram cerca de 480 produções audiovisuais inscritas. A programação completa está disponível no site www.coisadecinema.com.br.

VI Panorama Internacional homenageia os 100 anos de cinema baiano
As filmagens de “Redenção”, primeiro longa-metragem produzido na Bahia, em 1959. Foto: Divulgação
Abertas inscrições para o 20º Cine Ceará
Abertas inscrições para o 20º Cine Ceará

Estão abertas, até 30 de abril, às inscrições para a Mostra Competitiva Ibero-Americana de Longa-Metragem e para a Competitiva Brasileira de Curta-Metragem do 20º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema. O evento é um dos principais festivais de cinema do Brasil e acontece de 24 de junho a 1º de julho de 2010. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no www.cineceara.com.br.

O resultado da seleção será divulgado pela organização do Cine Ceará até o dia 15 de maio. Na Competitiva Ibero-Americana de Longa-Metragem, o vencedor na categoria de melhor longa-metragem receberá o troféu Mucuripe e o prêmio de US$ 10 mil. Para a Competitiva Brasileira de Curta-Metragem serão premiados com o troféu Mucuripe os melhores nas categorias: melhor curta, direção, fotografia, edição, roteiro, som, direção de arte, ator e atriz.