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Exposição no Museu do Mar celebra os 30 anos do Projeto Baleia Jubarte
Exposição no Museu do Mar celebra os 30 anos do Projeto Baleia Jubarte

A história dos primeiros 30 anos de atuação do Projeto Baleia Jubarte, que nasceu no extremo sul da Bahia, está exposta no Museu do Mar Aleixo Belov, no Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador. Por lá, os visitantes podem conferir de perto, até o dia 24 deste mês, a mostra fotográfica “Salvas da Extinção”, além de uma réplica da cauda de uma jubarte, em tamanho real.

“As exposições temporárias, como essa, dão uma nova roupagem ao museu, trazendo um novo leque de informações e experiências para os visitantes”, afirma a museóloga Etiennette Bosetto. Ela acrescenta ainda que, no dia 24, às 16h, acontecerá a palestra sobre o livro Salvas da Extinção – A História do Projeto Baleia Jubarte, que narra a história de sucesso na pesquisa e conservação desses mamíferos. A obra, lançada em fevereiro deste ano, estará disponível para a venda no local. Depois do Museu do Mar, a exposição deve circular por outras cidades na Bahia e também no Espírito Santo e em São Paulo.

Museu do Mar Aleixo Belov

Localizado em um casarão amarelo de três andares que mistura arquitetura clássica com moderna no Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador, o Museu do Mar Aleixo Belov guarda relíquias adquiridas durante as cinco viagens que o velejador Aleixo Belov, 79 anos, fez ao redor do mundo, sendo três delas em solitário no veleiro “Três Marias”. Essa embarcação é o pilar central do equipamento cultural. O ingresso para ter acesso ao local custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Crianças de até 5 anos não pagam. Nas quartas, o acesso é gratuito.

Exposição no Museu do Mar celebra os 30 anos do Projeto Baleia Jubarte
Foto: Divulgação
Museu do Mar Aleixo Belov será inaugurado no dia 1º de dezembro, em Salvador
Museu do Mar Aleixo Belov será inaugurado no dia 1º de dezembro, em Salvador

O Centro Histórico de Salvador passará a contar com um novo ponto turístico na próxima quarta-feira, dia 1º de dezembro, com a inauguração do Museu do Mar Aleixo Belov. Localizado em um casarão amarelo de três andares no Largo do Santo Antônio Além do Carmo, que mistura arquitetura clássica com moderna, o equipamento guarda relíquias adquiridas pelo velejador Aleixo Belov durante suas cinco viagens ao redor do mundo, sendo três delas em solitário no veleiro Três Marias. Essa embarcação, que foi construída pelo próprio comandante em 1976, inclusive, é o pilar central do museu.

A cerimônia de inauguração acontecerá às 18h e contará com a presença de autoridades. O equipamento será aberto ao público no dia seguinte (2 de dezembro), das 10h às 18h, funcionando sempre de terça a domingo. O ingresso para ter acesso ao local custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Crianças de até 5 anos não pagam. As quartas-feiras a entrada será gratuita.

O Museu do Mar foi idealizado por Belov, que começou a sonhar com o espaço cultural em 2018. Desde então, ele veio selecionando as peças que estarão à disposição do público que quiser conhecer mais sobre a navegação e outras culturas. Dentre elas, relíquias trazidas da Polinésia, da Austrália, da Índia e de alguns países africanos.

“Todos nós vamos morrer um dia, mas não queria que meu acervo se perdesse. Por isso, nasceu a ideia de ter o Museu do Mar. Ele vai servir para quem quer aprender a navegar e amar o mar”, salienta Belov, que revela: “Tudo que usei para dar as voltas ao mundo está no museu, como o veleiro ‘Três Marias’, as cartas náuticas e os aparelhos de navegação”. Ele pontua também que o público terá uma experiência única ao visitar o equipamento, que é o primeiro do gênero na cidade.

Ao todo, o espaço cultural tem 540 metros quadrados de exposição permanente, com o legado de Belov, e 110 metros quadrados para exposições temporárias, além de uma cafeteria na área interna do museu e de um restaurante na esquina do equipamento, com uma belíssima vista para a Baía de Todos-os-Santos. O projeto museológico, que inclui uma sala de projeção de filmes, é assinado por Heloísa Helena Costa. Já o arquitetônico ficou sob responsabilidade de Joaquim Gonçalves.

Aleixo Belov

Nascido na Ucrânia, o comandante Aleixo Belov veio ao Brasil ainda criança com os pais, que fugiam da Segunda Guerra Mundial. Por aqui, escolheram a Bahia como novo lar. Criado tendo a Baía de Todos-os-Santos como inspiração, Belov se encantou pela navegação. Tanto que, na juventude, já fazia viagens pelos oceanos acompanhando outros velejadores renomados, como narra no livro “Minhas viagens com outros comandantes”, lançado em setembro deste ano.

Com o conhecimento adquirido, começou a navegar pelo mundo, com o veleiro “Três Marias”, com o qual deu três voltas ao mundo: só ele e os oceanos. Por conta desse feito, ganhou um diploma da Marinha do Brasil por ter sido o primeiro a dar uma volta ao mundo sozinho em uma embarcação com a bandeira brasileira.

Mas não parou por aí. O comandante, que recebeu o título de Cidadão Soteropolitano em outubro deste ano, queria também compartilhar esse conhecimento com as novas gerações. Para isso, construiu o veleiro-escola “Fraternidade” e convidou tripulantes, com idade entre 18 e 30 anos, para compreender as lições do mar.

Todas essas experiências renderam outros oito livros escritos por Belov e que narram o ofício do mar e as histórias dos povos que conheceu durante as voltas ao planeta. As obras também estarão disponíveis no Museu do Mar.

Serviço:

O quê: Inauguração do Museu do Mar Aleixo Belov

Quando: inauguração dia 1º de dezembro, às 18h, só para convidados. O Museu do Mar será aberto ao grande público nesta quinta-feira, 2, com ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Criança de até 5 anos não paga. Às quartas, a entrada será gratuita

Onde: Casarão amarelo no Largo do Santo Antônio Além do Carmo, nº 3, no Centro Histórico de Salvador

- Foto: Leonardo Papini
Velejador Aleixo Belov lança o livro “Minhas viagens com outros comandantes”

O velejador e engenheiro civil Aleixo Belov lança o seu mais novo livro, Minhas viagens com outros comandantes. A publicação, concebida durante a pandemia, será lançada na próxima quinta-feira (dia 23), a partir das 18h, no salão de festas do Yacht Clube da Bahia, na Ladeira da Barra, em Salvador. O evento aberto ao público contará com uma sessão de autógrafos com o autor seguindo todos os protocolos de segurança contra a Covid-19. O lançamento de Minhas viagens com outros comandantes faz parte das ações para a inauguração prevista para o mês de novembro, do Museu do Mar, no bairro do Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador.

A mais recente obra de Belov, de 78 anos, mostra sua construção como navegador e o aprendizado que pôde adquirir, ao longo de sua juventude, em uma série de viagens que fez em barcos comandados por velejadores como o francês Oleg Bely, grande mentor do ucraniano que escolheu a Bahia como lar.

Essas experiências, que são compartilhadas com os leitores em ordem cronológica, contribuíram para que o velejador se tornasse um dos maiores navegadores do Brasil. Dentre os feitos que reforçam a importância desse baiano de coração estão cinco voltas ao mundo, sendo três delas em solitário a bordo do veleiro Três Marias. Por conta dessas viagens, ele ganhou um diploma da Marinha do Brasil por ter sido o primeiro a dar uma volta ao mundo sozinho em uma embarcação com a bandeira brasileira.

As outras duas viagens foram feitas com o veleiro-escola Fraternidade, construído pelo próprio Belov, assim como o Três Marias. Nas expedições, ele viajou acompanhado de mais 12 tripulantes – alunos entre 18 e 30 anos – pré-selecionados pelo próprio comandante para compreender as lições do mar, assim como aprendeu com os velejadores que constam na atual obra.

“Na época, não sabia da importância que Oleg iria exercer na minha vida de navegador, nem que se tornaria meu mentor e me ajudaria muito, dando sugestões no projeto e na construção do Fraternidade”, revela Belov, no capítulo intitulado A primeira viagem com Oleg Bely a bordo do Kotic.

No prefácio do livro, Belov, que venceu a Covid-19, ainda fala sobre como a crise sanitária que o mundo vive o ajudou na construção da obra. “Talvez este livro nunca tivesse sido escrito se não ocorresse a pandemia do novo coronavírus, que me deixou recolhido em casa. Revirando as coisas e separando o que ia ser exposto no Museu do Mar, que estava construindo, encontrei 11 cadernos com diários que escrevi, inclusive, quando ainda era jovem”, afirmou ele, antecipando que, para trazer à tona a veracidade presente nas anotações, manteve o estilo de escrita de cada época.

“Considerei mais importante manter como estava escrito para se ter a imagem do Aleixo Belov de cada época, nos diversos relatos em anos diferentes, e poder perceber como ele foi mudando com o tempo”, contou o velejador, que é autor de outros oito livros que narram suas as viagens ao redor do mundo.

Serviço:

O quê: Lançamento do livro Minhas viagens com outros comandantes, de Aleixo Belov

Quando: Quinta-feira (dia 23), às 18h

Onde: salão de festas do Yacht Clube da Bahia, na Ladeira da Barra

Foto: Reprodução