Pesquisar por:
Fundação Gregório de Mattos lança Prêmio Riachão para iniciativas de pequeno porte
Fundação Gregório de Mattos divulga resultado da seleção do Prêmio Riachão

A Fundação Gregório de Mattos (FGM) divulga nesta quarta-feira (dia 3) o resultado da avaliação e seleção do Prêmio Riachão para iniciativas de pequeno porte – Chamada Pública nº 001/2021. Nesta etapa, os projetos foram avaliados pelo seu mérito de acordo com critérios preestabelecidos e divulgados no Diário Oficial do Município (DOM). A lista de selecionados pode ser acessada clicando neste link.

Após o recebimento das propostas, foi formada a Comissão de Avaliação e Seleção, constituída por 2 técnicos servidores da FGM e 20 representantes da Sociedade Civil, destacados pelo notório saber e experiência em análise e gestão de propostas culturais. Em reunião, os membros da comissão analisaram todas as propostas aptas a partir dos critérios de: relevância no contexto artístico-cultural do município do Salvador e da região administrativa em que se insere; mérito da proposta; viabilidade de execução; perfil e experiência do proponente e equipe técnica; caráter inclusivo e estímulo à diversidade cultural. Todo o processo foi fiscalizado pelo Conselho Municipal de Política Cultural.

Após esta etapa, os proponentes selecionados e suplentes precisarão enviar a documentação complementar obrigatória de acordo com sua natureza jurídica. Os documentos precisam ser digitalizados, em formato PDF, e devem ser enviados através do mesmo sistema de inscrição, entre os dias 4 e 9 de novembro, até às 23h59. Caso a documentação esteja completa e em boas condições de visualização, os responsáveis pelo projeto serão convocados a assinar o Termo de Compromisso.

Toda a documentação necessária está prevista no item 5.1 da Chamada Pública. Os proponentes cotistas, além dos documentos solicitados neste item, devem enviar as fotos para aferição descritas no item 5.2. Nesta quinta-feira (dia 4), às 18h, a FGM realiza uma live de orientações sobre a entrega da documentação complementar obrigatória em seu canal no Youtube.

Com recursos oriundos da Lei Aldir Blanc, o Prêmio Riachão contempla iniciativas de cunho artístico-culturais que tenham baixo orçamento e/ou curta duração. Os projetos devem ser pensados e formatados para o ambiente virtual, como as redes sociais, as plataformas audiovisuais e sonoras. O direcionamento desse modelo busca garantir a segurança sanitária dos profissionais e do público envolvido nas produções, diante da pandemia do Covid-19. Os recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc são direcionados pela Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

Fomento à Cultura

Os prêmios da Lei Aldir Blanc lançados pela FGM são mecanismos que fazem parte da política de fomento à cultura de Salvador. Seu principal objetivo é apoiar diretamente propostas culturais de forma democrática, descentralizada e transparente. Diante dos efeitos provocados pela pandemia do COVID-19 no campo cultural do município, esses recursos financeiros visam garantir uma renda emergencial aos seus trabalhadores, como também manter sua cadeia de produção ativa.

Cidade da Música da Bahia é inaugurado em histórico casarão de Salvador - Foto: Betto Jr. / Secom
Cidade da Música da Bahia é inaugurado em histórico casarão de Salvador

Foi inaugurado na noite desta quinta-feira (dia 23), a Cidade da Música da Bahia, novo museu instalado pela Prefeitura de Salvador no histórico Casarão dos Azulejos Azuis, no bairro do Comércio. Situado próximo ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo, dois conhecidos cartões portais soteropolitanos, o imóvel foi completamente recuperado e apresenta a história da música desde os tempos da colonização da primeira capital do Brasil até a explosão de diversidades sonoras dos tempos contemporâneos. Além disso, também será um centro cultural de produção de novas linguagens musicais, com aparelhamento técnico e estúdios para promover novos movimentos.

O funcionamento da Cidade da Música da Bahia será de terça-feira a domingo, das 10h às 17h. O valor do ingresso é R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada). O benefício da meia entrada é extensivo a cidadãos residentes em Salvador, mediante comprovação de endereço. A visitação deverá ser feita através de agendamento prévio, a ser feito no site www.cidadedamusicadabahia.com.br.

Gerenciado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a Cidade da Música da Bahia possui 1.914,76 m² de área construída e possui quatro pavimentos, cuja imersão dos visitantes é proporcionada através da mais moderna tecnologia utilizada atualmente. O piso térreo conta com hall de entrada, recepção e bilheteria, salão de estar, café, loja, biblioteca, midiateca, centro de pesquisa, área de infraestrutura do centro cultural, secretaria, depósito, copa e área de funcionários. A partir daí, a viagem ao universo sonoro da capital baiana é monitorada através do próprio smartphone do visitante, a partir do sistema da Cidade da Música a ser acessado através de QR Code e mediante preenchimento do cadastro.

Os pavimentos superiores abrigam acervos permanentes e estão sob as curadorias do antropólogo Antonio Risério e do arquiteto e artista Gringo Cardia, que também atuaram em outro equipamento municipal: a Casa do Carnaval da Bahia, na Praça da Sé. No primeiro andar da Cidade da Música, os visitantes se deparam com a exposição A Cidade de Salvador e Sua Música, que retrata bairros da cidade e suas músicas, histórias, depoimentos e novas tendências. O local dispõe de recursos audiovisuais através de uma grande maquete interativa, três grandes telas de projeção, estações de consulta e estúdio para gravação de depoimentos.

O segundo andar, por sua vez, possui na ambientação o tema da Tropicália com ilustrações gigantes de fragmentos da pintura modernista de Genaro de Carvalho. O local abriga a exposição História da Música na Bahia com nove cabines de vídeos, além de três salas. Uma delas é intitulada A Magia da Orquestra e exibe conteúdo voltado para a música clássica, mostrando como funciona uma orquestra passo a passo, quais os instrumentos a compõe e vídeo gravado com a Orquestra Sinfônica da Bahia.

A sala A Nova Música da Cidade traz experiência imersiva com grande tela de 80 polegadas, onde passam vídeos com grupos novos, cantores em ascensão e grupos periféricos de música. O sistema de iluminação desse local acompanha as luzes do show ou clipe, dando a sensação ao visitante que ele está dentro da tela. Já a sala Quem Faz a Música da Bahia é equipada com uma grande tela na qual são exibidos 260 depoimentos das pessoas mais importantes e representativas da música baiana.

O último pavimento da Cidade da Música da Bahia oferece entretenimentos educativos. Há três estúdios de gravação de clipes karaokê onde o visitante escolhe um fundo gráfico e, ao final, tem seu clipe pronto para postar em redes sociais. Uma estação de vídeo mostra todos os clipes que foram gravados. O conteúdo é acumulativo e dá para pesquisar quem gravou. O cardápio de variedades segue com a sala do Rap e Trap, poesia consciente que mostra vídeos de vários rappers, trappers e poetas de todo o Brasil, em especial os artistas jovens da Bahia. Esse espaço tem um pequeno tablado no qual o visitante pode recitar seu rap ou poesia.

O terceiro andar ainda tem sala especial de demonstração de um set de percussão onde as pessoas sentam em volta da mesa central. Um monitor do espaço cultural faz uma aula show com a participação final de todos os visitantes. Essa mesma sala está desenhada para ser um estúdio de gravação que acolherá o projeto “Novos Talentos”, no qual a Cidade da Música escolhe quatro jovens artistas por mês e produz a música e um clipe dos selecionados.

De hotel e supermercado a museu

O histórico Casarão dos Azulejos Azuis foi tombado em 30 de julho de 1969 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas a história do imóvel é bem mais antiga. A fachada principal exibe dezenas de janelas de arcos em forma de ogiva, como em outros edifícios neogóticos. O Guia dos Bens Tombados Brasil, do Iphan, cita que não há informações precisas sobre as origens do sobrado. Acredita-se que ele tenha sido construído entre 1851 e 1855. De lá para cá, o imóvel passou por diversas transformações, abrigando o Hotel Muller, ainda no século XIX, e até o supermercado Paes Mendonça na segunda metade do século XX.

As intervenções no Casarão dos Azulejos Azuis tiveram investimento total de R$19,2 milhões, sendo R$11 milhões provenientes de financiamento junto à Corporação Andina de Fomento (CAF), através do Programa de Requalificação Urbanística de Salvador (Proquali), com intermediação da Casa Civil, e obras executadas pela Superintendência de Obras Públicas (Sucop), vinculada à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra).

Para efetivar as obras de recuperação no lugar que agora passa a abrigar a Cidade da Música da Bahia, a Prefeitura de Salvador promoveu estabilização do imóvel, em 2017, com a retirada dos escombros oriundos do desabamento da cobertura e consequentemente das estruturas em madeira abaixo dela. Os azulejos portugueses nas cores azul e branco que compõem a fachada do casarão passaram por um trabalho minucioso de restauração, realizado em mais de 21 mil peças de revestimento, espalhadas entre as ruas Portugal e Bélgica.

Os azulejos (que medem 13,5 x 13,5 cada), foram produzidos entre 1850 e 1860). Apesar de todos os cuidados na hora da remoção das pedras originais, nem todos os quadradinhos puderam ser reaproveitados devido à argamassa usada em diferentes períodos do passado. As peças com falta de pedaços foram restauradas, mas houve também produção de outras para substituir as que não puderam ser aproveitadas, de acordo com diretrizes do Iphan.

Serviço:

O quê: Cidade da Música da Bahia

Quando: terça a Domingo, das 10h às 18h. As visitas devem ser agendadas pelo site www.cidadedamusicadabahia.com.br

Onde: Praça Visconde de Cayru, 19, Comércio

Quanto: Ingressos a R$20 (Inteira) e R$10 (meia-estrada para estudantes, idosos acima de 60 anos e residentes em Salvador com apresentação de comprovante de residência individual)

Foto: Betto Jr./Secom
Profissionais do setor cultural de Salvador irão receber auxílio emergencial

Um dos setores mais atingidos pela pandemia da Covid-19 é o segmento cultural e de eventos em Salvador. Para minimizar os impactos econômicos causados pelas medidas de isolamento social contra o novo coronavírus, a Prefeitura da capital baiana anunciou, nesta quinta-feira (25), a criação do programa SOS Cultura. A iniciativa irá conceder auxílio emergencial no valor de R$1,1 mil para profissionais do setor. 

Terão direito ao valor pessoas que atuam em diversos segmentos, como arte de rua, audiovisual, circo, cultura identitária e popular, dança, gestão cultural, literatura, patrimônio cultural, teatro, trabalhadores do centro histórico, de eventos, entre outras áreas. Um dos critérios é que os beneficiários deverão ter tido renda declarada de no máximo três salários mínimos, em 2020. 

Para ter acesso ao SOS Cultura os profissionais devem residir em Salvador, serem inscritos nos cadastros municipais ou cadastrados até 18 de março deste ano. Os trabalhadores da área da cultura devem estar cadastrados na Fundação Gregório de Mattos (FGM) em plataforma própria e validados mediante documentação pessoal e documento comprobatório da sua atuação cultural. 

Também integram a lista os trabalhadores do setor de eventos e eventos sociais cadastrados na Empresa Salvador Turismo (Saltur) ou na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Emprego e Renda (Semdec), conforme pleitos das organizações representativas do setor; e trabalhadores do Centro Histórico cadastrados na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult). 

Broncas do Rafa - Mickey para o trânsito em Salvador - Foto: Agência A Tarde
Broncas do Rafa – Mickey para o trânsito em Salvador

O patrocinador do desfile da Parada Disney vai pensar duas vezes se trará o evento novamente a Salvador. Por quê? O que era para ser uma bem-sucedida estratégia de marketing acabou sendo um tipo no pé.

Inúmeros fatores contribuíram para o evento, realizado no último domingo (dia 2), sair arranhado:

1° Local de difícil acesso para muita gente que saiu de bairros distantes da orla. A Parada percorreu 2,3 Km da Avenida Octávio Mangabeira, do Jardim de Alah até o Aeroclube, na Boca do Rio. Trecho curto para abrigar os 450 mil espectadores que foram ao local, segundo dados da Polícia Militar;

2° A data coincidiu com o joga da final do Campeonato Baiano de Futebol realizado no Barradão e com o mega show de pagode Mistura Salvador, no Wet´n Wild;

3° A duração do evento não foi informada. Muita gente ficou frustrada por só ter durado 30 minutos. A assessoria do evento informou que não houve redução do tempo de desfile em Salvador, sendo o mesmo tempo de outras capitais, onde a Parada também foi realizada;

4° A falta de organização e apoio da Prefeitura de Salvador ao evento, que não disponibilizou linhas extras de ônibus e não conseguiu ordenar o trânsito nas imediações.

Já tem muita gente se perguntando como será durante os jogos da Copa do Mundo, isso se, a Arena Fonte Nova ficar pronta a tempo.

Broncas do Rafa - Mickey para o trânsito em Salvador - Foto: Agência A Tarde
Foto da Agência A Tarde, mostra a desorganização no trânsito na região do Centro de Convenções – Foto: Agência A Tarde
Servidores de oito órgãos municipais fazem paralisação de 24 horas

Nesta quinta-feira (23) os servidores municipais da Transalvador, Sucop, Guarda Municipal, Fundação Mário Leal, Fundação Cidade Mãe, Setad, Sucom e Codesal fizeram uma paralisação de 24 horas. Eles reivindicam que o reajuste de 33,3% acordado com a Prefeitura de Salvador, na campanha salarial de 2009, seja pago. Segundo a categoria o que não está ocorrendo.

Eles exigem também a adequação dos salários dos funcionários que trabalham 40 horas. De acordo com Adenilton Júnior, representante de classe, os funcionários que trabalham 40horas ganham o mesmo dos 30 horas.

Com a paralisação, diversos serviços públicos deixam de ser prestados à população como salva-vidas, fiscalização de via exclusiva e ordenamento do trânsito. De acordo com a categoria, os serviços básicos foram mantidos por um contingente de 30% dos trabalhadores.

Broncas do Rafa – João, não desculpo, não!

Em entrevista coletiva, no dia 21/01, o prefeito de Salvador pediu desculpas à população pelo aumento da tarifa do transporte coletivo. Coros leitos, não sei quanto a vocês, mas de minha parte ele não terá as desculpas aceitas.

Sou usuário do sistema de transporte desta capital e convivo diariamente com longos períodos de espera nos pontos de ônibus. Geralmente, levo mais tempo parado no ponto, do que dentro do coletivo. Não poderia numerar a quantidade de vezes que viajei em pé, por não ter mais assentos vagos no veículo. Inúmeras, também, foram às viagens em que tive de suportar a sujeira e os filhotes de baratas, que dentro dos ônibus habitam. As pingueiras em dia de chuva e os veículos velhos que a cada buraco – e olha que Salvador tem é buraco -, parece que vão desmontar.

Senhor prefeito, antes de me pedir desculpa, convido-o a me fazer companhia na espera no ponto do Iguatemi por um ônibus de algum bairro populoso, em horário de pico. A espera dura em média 40 minutos. A viagem não será tão confortável quanto do carro oficial da prefeitura, até porque o ônibus chegará à estação de transbordo completamente lotado. Ai o os passageiros já estarão exprimidos como sardinha em lata. Alguns insistem em se arriscarem penduradas na porta traseira, obrigando o motorista a descer e tentar convencer a algum trabalhador, a desistir da volta para casa no horário do fim de seu expediente. Acho que é por isso que a Estação de Transbordo do Iguatemi tem o seu próprio happy hour, num oferecimento dos vendedores de CDs piratas. “Happy” para alguns!

Prefeito, o senhor constatará a má vontade de alguns motoristas e cobradores. Verá muitos deles arrastando os carros antes mesmos que os idosos ou deficientes físicos se acomodem. Sentirá a falta que mais ônibus adaptados fazem aos deficientes físicos de Salvador.

Porque o transporte coletivo de Salvador custa mais caro do que o de Curitiba (PR), que é modelo para muitos países? Porque tenho de pagar mais caro por um serviço de péssima qualidade? A nova tarifa é a terceira mais cara de todo o país e a primeira de toda a região Nordeste.

Não sou a favor de quebra-quebra e desordem, mas não dá para aceitar tudo calado. Sou a favor sim dos estudantes – pegos de surpresa por estarem em período de férias -, irem às ruas protestarem e engrossarem o movimento “A revolta do Buzú 2007”, que já ganhou até comunidade no Orkut – site de relacionamentos na Internet. E você, o que fará que sua voz seja ouvida? Que te respeitem? Não quero ter cerceado meu direito de ir e vim. Por isso, vamos a “luta companheiro”!

João Henrique derrota Carlismo em Salvador
João Henrique derrota Carlismo em Salvador

Neste domingo (dia 31), 27 milhões de brasileiros foram novamente as urnas para escolher o prefeito de 44 municípios. Salvador era uma das 15 capitais, onde a decisão da sucessão municipal se arrastou para o segundo turno. A cidade é o terceiro maior colégio eleitoral do país, com 1.558.346 eleitores. O candidato eleito com 74,7%, João Henrique Carneiro (PDT), garantiu que já começa os trabalhos de transição na Prefeitura de Salvador, na próxima semana. Ele obteve no segundo turno 876.278 votos válidos, contra 296.986 (25,3%), que o senador César Borges, candidato pelo PFL recebeu. Percentual menor que o de eleitores que deixaram de comparecer as suas seções eleitoras. A abstenção chegou a 335.262 eleitores, 21,15%.

Essa foi a maior derrota já sofrida na Bahia, pelo grupo política do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL). Ainda em seu local de votação, no Clube Bahiano de Tênis, o senador ACM, afirmou aos repórteres: “apresentamos o melhor candidato, o melhor para a cidade. Se o resultado não for bom, será pior para a Bahia, porque o governo de João Henrique será um fracasso. O ódio que os que sempre eu derrotei nutrem por mim levou eles a se unir. Isso já foi visto. A Bahia sofrerá, mas mais adiante eles sofrerão derrota”, garantiu o senador, referindo-se aos candidatos derrotados no primeiro turno, Lídice da Mata (PSB) e Nelson Pellegrino (PT) que apoiaram o candidato do PDT.

Em entrevista ao programa Jogo Aberto da TV Band Bahia, o prefeito eleito não quis comentar as afirmações do senador, se limitando apenas a dizer que o resultado de sua administração “só será possível depois dos quatro anos de mandato a frente da prefeitura”.

O que o novo prefeito enfrentará

A partir de 1° de janeiro, o prefeito eleito de Salvador João Henrique Carneiro terá que administrar uma cidade com um orçamento apertado de R$1.180 bilhões e uma despesa de R$1.296 bilhão, além de inúmeros problemas. Salvador é a segunda cidade mais endividada do Brasil. A dívida total é de R$1.284 bilhão (em junho de 2004), sendo que 96% desse total é com a União, segundo dados de 2003, da Secretaria da Fazenda do Município.

Saúde – Os gastos com a saúde representam 11% do orçamento total da prefeitura. A partir de 2004, uma lei determina que esse percentual alcance 15% do orçamento dos municípios. Salvador é a única capital do Nordeste que ainda não está na Gestão Plena do Sistema de Saúde, por isso parte das verbas federais para o setor deixa de vir direto para o município, sendo repassada ao Estado primeiro.

Educação – Existem hoje na cidade 100 mil analfabetos absolutos e 300 mil analfabetos funcionais – aqueles que não completaram o quarto ano do ensino básico). Entre 1991 e 2001, o índice de analfabetismo entre jovens de 7 a 14 anos diminui de 19,3% para 10,3%. Salvador têm o maior índice de evasão escolar no ensino fundamental (1ª a 8ª série), do Nordeste. Cerca de 21,4%. Detém ainda, o maior índice de alunos com atraso escolar (distorção idade/série): 61,6%.
Segundo o Censo Escolar do MEC, somente 43,3% das escolas municipais têm livros em suas estantes.

Saneamento básico – Apenas 62% da população de Salvador é atendida por rede de esgoto. A maioria dos domicílios não atendidos por rede de esgoto localiza-se em bairros e regiões periféricas. A área do subúrbio Ferroviário engloba 21 bairros e sete praias. Esta região residem cerca de 25% da população da cidade. Apenas uma praia (São Tomé de Paripe) apresenta condições ambientais próprias para banho de mar.

Violência – Em dez anos, de 1991 a 2001, o número de homicídios em Salvador saltou de 26,7 para 54,7 casos para cada 100 mil habitantes. Somente no 1° semestre de 2004, 1.306 assaltos a ônibus foram registrados na cidade.

Trânsito – As obras do metrô têm a previsão para conclusão do primeiro trecho só em 2007. Outro problema relacionado ao novo sistema e que poderá gerar novos atrasos é com relação à tarifa a ser cobrada. Hoje, seria cerca de R$ 3. O meio de transporte utilizado por 72% da população de Salvador é ônibus. A frota é de 2.228 ônibus para cerca de 425 linhas a uma velocidade média de 12 km/h. A tarifa de R$ 1,50 é considerada alta pela população e, no ano passado, provocou protestos de estudantes que pararam a cidade. Outros 2% utilizam a ferrovia, que liga a Calçada ao subúrbio Ferroviária, que conta com cinco trens em operação.