Os atores baianos Antonio Pitanga, Ivana Chastinet e Frieda Gutmann e o maquiador e cabeleireiro Deo Carvalho serão os homenageados do 25º Prêmio Braskem de Teatro. A cerimônia de entrega da premiação acontece no próximo dia 13 de junho, às 20h, no Teatro Castro Alves, em Salvador. Pitanga será reconhecido pelos quase 60 anos dedicados à cultura. Ex alfaiate, sapateiro, gráfico e carteiro, Pitanga chegou ao mundo das artes pelo Movimento Cinema Novo, quando se torna um dos atores preferidos de Glauber Rocha. “Pitanga é um ícone da cena brasileira. Um baiano que nasceu no teatro, viveu as agruras do que era ser ator naquela época na Bahia e se tornou um símbolo de talento e resistência”, destaca Luiz Marfuz, diretor artístico da cerimônia.
Outro homenageado da noite será Deo Carvalho, cabeleireiro e maquiador há mais de trinta anos. Nascido em Cruz das Almas (BA), Déo é ator formado pelo Curso Abrindo Portas, de Walter Rozadilla, além de dançarino e coreógrafo. Carvalho foi o responsável pelo cabelo e maquiagem de vários espetáculos, como: Vixe Maria! Deus e o Diabo na Bahia, Escândalo e Todo Mundo tem Problemas Sexuais. “Deo Carvalho é para nós um anjo do teatro baiano. Ele sempre apoia as produções teatrais com seu ateliê de beleza e vibra junto aos artistas com o resultado”, ressalta Marfuz.
A cerimônia do Prêmio Braskem de Teatro prestará, ainda, homenagens póstumas para a atriz e diretora teatral Ivana Chastinet, falecida em agosto de 2017, aos 54 anos de idade; e para a atriz Frieda Gutmann, que morreu em janeiro de 2018, aos 67 anos. “Frieda e Ivana foram duas atrizes guerreiras, cada uma no seu palco, mas ambas juntas na defesa da dignidade da profissão”, afirma o diretor artístico da cerimônia.
A atriz Ivana Chastinet – Foto: DivulgaçãoA atriz Frieda Gutmann – Foto: DivulgaçãoO maquiador e cabeleireiro Deo Carvalho – Foto: DivulgaçãoO ator baiano Antonio Pitanga será o grande homenageado do 25º Prêmio Braskem de Teatro – Foto: Divulgação
Refletir sobre as manifestações e o cerceamento artístico vividos nos últimos tempos. Esse será o tema principal da cerimônia de entrega dos troféus do Prêmio Braskem de Teatro. A tradicional premiação das artes cênicas baianas, que em 2018 comemora 25 anos, será realizada no próximo dia 13 de junho, no palco principal do Teatro Castro Alves, em Salvador.
“No ano passado, uma onda conservadora caiu em cima da produção dos artistas do país, em quase todas as áreas. Onda que se traduziu em proibições e manifestações contra obras de arte, acalorando o debate sobre a natureza, função, limites e (des)limites das artes”, lembra Luiz Marfuz, diretor artístico da cerimônia. Ele explica que o conceito da cerimônia, busca trazer, de algum modo, fagulhas do espírito de nosso tempo.
“O conceito da cerimônia será A arte é livre. Isso pode parecer óbvio, mas muitas vezes precisamos reafirmar o óbvio, para que não desapareça”, garante o diretor Artístico do Prêmio Braskem de Teatro, revelando que o evento terá música, dança, teatro e audiovisual, mas sem deixar escapar mais detalhes.
Enquanto os vencedores do 25º Prêmio Braskem de Teatro não são revelados, uma nova Comissão Julgadora já trabalha, desde o dia 10 de abril, avaliando os espetáculos concorrentes à 26ª edição da mais tradicional premiação do teatro baiano. Os cinco renomados profissionais ligados às artes cênicas estarão atentos até o dia 23 de dezembro, em todas as produções teatrais em cartaz em Salvador. Este ano, integram a comissão que irá eleger os destaques de 2018: Adelice Souza, diretora teatral, dramaturga e escritora; Fernanda Tourinho, produtora cultural; Fernando Marinho, músico, ator, diretor, artista visual e presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado da Bahia (SATED Bahia); Paulo Henrique Alcântara, dramaturgo, diretor teatral e professor doutor da Escola de Teatro da UFBA; e Zuarte Júnior, artista plástico e cenógrafo.
“Estar na comissão julgadora possibilita ter uma noção ampla de como anda o cenário teatral baiano no momento”, afirma Adelice Souza, que participa pela quarta vez da Comissão Julgadora do Prêmio Braskem de Teatro. Para o estreante na comissão, Zuarte Junior, a expectativa “é de ter um panorama real do reflexo atual do teatro feito na Bahia”. Sentimento comum a Paulo Henrique Alcântara, que integra a comissão pela terceira vez. “Estou com expectativa de sair muito de casa para ir, diversas vezes, aos teatros de Salvador, como indicativo de que essa arte, na nossa cidade, está pulsando, apesar de todas as dificuldades”, deseja o dramaturgo.
Para Fernando Marinho, o Prêmio Braskem de Teatro, que em 2018 completa 25 anos, é “um importantíssimo reconhecimento pela produção teatral baiana”. Opinião compartilhada por Fernanda Tourinho: “considero o Prêmio importantíssimo para o cenário baiano. Ele incentiva as produções, movimenta a cena, agrega valor ao trabalho dos indicados, revela talentos, chancela trabalhos. São 25 anos do Prêmio e sua manutenção deu provas da força da linguagem artística na Bahia”, garante a produtora cultural.
“O Prêmio é válido como estímulo aos talentos emergentes e como reconhecimento de trajetórias de artistas com larga experiência”, garante Paulo Henrique, afirmado ainda que a trajetória da premiação, confunde-se com a história do teatro baiano ao longo desses 25 anos. “Pelo histórico do Prêmio Braskem, é possível constatar como o teatro baiano se desenvolveu durante esse longo período” afiança. Para Zuarte Júnior, “a premiação torna-se um agente impulsionador, um reforço nesse trilhar tão árduo, onde cada vez se torna mais difícil produzir espetáculos. É união da classe e reconhecimento. Significa intensificação do fazer teatral Baiano”.
A diretora teatral Adelice Souza ressalta, também, a característica festiva do Prêmio Braskem de Teatro. “A festa de premiação também é um momento muito importante. Dia impar onde a classe teatral se vê, se reconhece. Com muitas montagens e os artistas em cena nos horários comerciais, a festa de premiação se torna uma grande oportunidade de encontro e celebração”, lembra Adelice. A coordenação da Comissão Julgadora continua a cargo de Vadinha Moura, atriz, diretora, produtora teatral, gestora cultural e arte educadora. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail coordenacao@premiobraskemdeteatro.com.br.
BREVE CURRÍCULO DOS JURADOS
Adelice Souza
Diretora teatral, dramaturga, escritora, instrutora de yoga e doutora em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Encenou Hamlet-Machine (1997), A Balsa dos Mortos (1998),De Alma Lavada (1999), Red não é vermelho (2001), Na solidão dos Campos de Algodão (2003/2004), Fogo Possesso, de sua autoria (2005); Metamorphos-in (2006), adaptação sua para o conto de Kafka e Jeremias, Profeta da Chuva (projeto do Núcleo do Teatro Castro Alves 2009). Em 2013, encena Kali, senhora da dança (2013/ 2017), drama-oração com artes cênicas e yoga, fruto de suas pesquisas acadêmicas. Escreveu os livros de contos As Camas e os Cães (2001), Caramujos Zumbis (2003), Fogo Possesso (teatro, 2005), Para uma certa Nina (2009) e o romance O homem que sabia a hora de morrer (2012), Kali, senhora da dança (teatro, 2013) e os infantis Adestradora de Galinhas (2014) e Cecéu, poeta do céu (2015).
Fernanda Tourinho
Formadaem Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Fernanda Tourinho é produtora cultural com atividade na Bahia há 35 anos. Foi diretora Geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (2015-2017), conselheira de Cultura da Bahia (2015-2017), gestora do Teatro Jorge Amado por 17 anos (1997-2015), coordenadora do Centro de Formação do Projeto Axé por 18 anos (1994-2012) e produtora executiva do Balé Teatro Castro Alves (BTCA) por 9 anos (1988 a 1997). Atualmente está responsável pela coordenação de pautas do Teatro Jorge Amado e é consultora do Projeto Teatro Escola Jorge Amado. Presta consultoria ao Programa Neojiba e assina a produção executiva dos espetáculos O Circo de Só Ler, vencedor do Prêmio Braskem na categoria Espetáculo infantojuvenil em 2014; e Escândalo, A Comédia da Mulher Só, em sua 7ª Temporada.
Fernando Marinho
Músico, ator, diretor, artista visual e diretor de produção, atuando no Brasil e no exterior desde a década de 1970 com desempenho nestas funções em dezenas de espetáculos de teatro, dança, circo, música, artes visuais, e diversos outros eventos na área cultural. Foi um dos fundadores da Companhia Baiana de Patifaria, gestor público por mais de oito anos, é o curador do Festival de Música Instrumental da Bahia, coordenador Geral da Associação Instrumental da Bahia, atualmente exerce o seu terceiro mandato como presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado da Bahia (SATED Bahia), e também é presidente do Conselho de Administração da Aliança Francesa de Salvador.
Paulo Henrique Alcântara
Dramaturgo, diretor, professor doutor da Escola de Teatro da UFBA e pesquisador, com artigos e livros publicados na área das artes cênicas e audiovisual. Em 1998 encenou o primeiro texto de sua autoria, Lábios que Beijei, com Nilda Spencer e Wilson Mello. Com este trabalho recebeu o Prêmio Braskem de Teatro, como Melhor Espetáculo de 1998, além do Prêmio de Melhor Autor, o qual voltou a receber, mais uma vez, em 2011 pela peça Partiste. Em 2016 dirigiu A Lira dos Vinte Anos, de Paulo César Coutinho e em 2017 escreveu e dirigiu Sublime é a noite, para os formandos em interpretação teatral da Escola de Teatro da UFBA. Esse espetáculo recebeu duas indicações ao Prêmio Braskem de Teatro em 2017, nas categorias: Atriz para Júlia Anastácia e Especial para os figurinos de Agamenon de Abreu.
Zuarte Júnior
Artista plástico graduado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) em 1987, atua como cenógrafo e figurinista. Já realizou diversas montagens junto ao Núcleo de Teatro do Teatro Castro Alves (A Vida de Galileu, Os Iks, Hamlet, Dias de Folia), com o Bando de Teatro Olodum (Sonhos de uma Noite de Verão, Áfricas, Bença), e em outros trabalhos como Lampião e Maria Bonita,Bispo, A Paixão de Cristo, Camila Baker, Joana D’Arc, Murmúrios, O Amor Comeu, Uma Vez Nada Mais, entre outros. Com vários trabalhos premiados, também realiza cenografias para shows musicais e direção de arte para cinema, além de ministrar cursos de cenografia e figurino e de investigação da Criatividade. Tem trabalhos realizados em música e poesia.
De 12 de maio a 10 de junho, a quarta edição da Mostra Prêmio Braskem de Teatro traz de volta a cartaz em Salvador os 10 espetáculos concorrentes da mais tradicional premiação das artes cênicas baianas em 2017. Sete teatros da capital baiana serão ocupados pela programação da Mostra, que reapresenta as peças: De Um Tudo, Mesmo Sem Te Tocar, Uma Mulher Impossível, Traga-me a Cabeça de Lima Barreto e Um Vânia, De Tchekhov, além dos espetáculos infantojuvenis Bonito, Com o rei na barriga, Passaredo Passarinholas, Sobre o menino que queria voar, Virgulino Menino, Futuro Lampião.
Os ingressos a preços populares custam R$ 20 (inteira) a R$ 10 (meia entrada) e podem ser adquiridos pelos sites www.compreingressos.com (teatros Módulo e Jorge Amado) e www.ingressorapido.com.br (Teatro Vila Velha) ou nas bilheterias dos teatros. Os vencedores do Prêmio Braskem de Teatro serão conhecidos durante cerimônia, que será realizada no mês de junho, no palco principal do Teatro Castro Alves, em Salvador. A mostra é organizada pela Caderno 2 Produções e patrocinada pela Braskem e Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.
Confira programação completa da 4ª Mostra Prêmio Braskem de Teatro
Espetáculo:Passaredo Passarinholas
Local: Teatro Martim Gonçalves (Av. Araújo Pinho, 292, Canela)
Data: sábado e domingo (dias 12 e 13/05)
Horários: às 11h e 16h
Classificação: Livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria: espetáculo infantojuvenil
Sinopse: Inspirado nas narrativas populares dos griôs o espetáculo de contação de histórias utiliza elementos do universo infantil ressignificando os brinquedos populares para dar teatralidade aos contos. Explica a origem das coisas segundo a ancestralidade das tradições orais. Reúne três contos que tem histórias de pássaros como mote principal. O primeiro, de domínio público africano, “O Pássaro-escrivão” conta o surgimento do primeiro contador de histórias e de como as histórias ouvidas tornaram-se histórias escritas perpetuando os saberes. O segundo “O Roubo do Fogo”, recolhido da oralidade indígena relata como os homens antigamente roubaram o fogo dos urubus tendo como herói o menor de todos os guerreiros e, por fim, “A Menina e o Pássaro Encantado” de Rubem Alves, narra a amizade entre uma menina e seu pássaro revelando a importância do respeito e da liberdade para que o amor dure.
Local: Teatro Módulo (Av. Prof. Magalhães Neto, 1177, Pituba)
Data: Domingos, dias13, 20, e 27/05 e 03/06
Horários: às 16h
Classificação: Livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria: espetáculo infantojuvenil
Sinopse: História fictícia da infância de um dos maiores mitos do Nordeste: o cangaceiro Lampião. A montagem é repleta de elementos poéticos típicos do Nordeste e do sertão brasileiro, como a Poesia de Cordel, o Forró, Xaxado, Galope, Xote, Emboladas e muito mais. A história gira em torno de uma caixa cheinha de joias encontrada por Lino e seu irmão Antonio no meio da caatinga. A partir daí ele resolve enfrentar muitos desafios para tentar devolver a caixinha ao dono, o temido Coronel Justino de Jesus. Agora, o corajoso menino, terá uma aventura encantadora pela frente, seja fugindo das loucuras de dois cangaceiros muito engraçados, caçando onça, acompanhando a volante da polícia que procura os ladrões da caixinha, conversando com mandacarus encantados, ajudando muitas pessoas pelo caminho e até escapando das chibatadas do próprio Coronel.
Elenco do espetáculo “Virgulino Menino, Futuro Lampião” – Foto: Divulgação
Espetáculo: Um Vânia, De Tchekhov
Local: Teatro do Goethe-Institut (ICBA) (Av. Sete de Setembro, 1809, Corredor da Vitória)
Data: de quinta a domingo, de 17 a 20/05
Horários: às 19h30
Classificação: Livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria: espetáculo adulto, direção (Gil Vicente Tavares), ator (Marcelo Flores e Marcelo Praddo) e atriz (Isadora Werneck)
Sinopse: Um Vânia, de Tchekhov foi concebido como uma homenagem da Cia de Teatro da UFBA a Gideon Rosa, sendo a primeira montagem do grande autor russo feita pela Cia. Numa parceria com o Teatro NU e atores convidados, o espetáculo é uma versão de um dos maiores clássicos do teatro mundial. Essas cenas da vida do campo retratam as frustrações de uma decadente família na virada do século XIX para o XX, retratando o cotidiano de amores não-correspondidos e vidas não vividas.
Marcelo Praddo, em “Um Vânia, De Tchekhov” – Foto: Divulgação
Espetáculo: Mesmo Sem Te Tocar
Local: Teatro Martim Gonçalves (Av. Araújo Pinho, 292, Canela)
Data: de sexta a domingo, de 18 a 20/05
Horários: sexta e domingo, às 20h e sábado, às 17h e 20h
Classificação: 12 anos
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias: Espetáculo Adulto, Ator (Fernando Santana), Texto (Fernando Santana) e Revelação (Agamenon de Abreu pela Direção do espetáculo)
Sinopse: Léo, um artista de rua, trava uma busca incessante por Tereza. Através de uma fenda do tempo, ele rompe as barreiras de tempo e espaço para reencontrar a mulher que ama. Em meio a essa busca, Léo provoca questionamentos a respeito do amor, indagando-se inclusive, se esse sentimento, na verdade, não é uma fragilidade psicológica. Um delírio, talvez. Mas tudo muda de contexto quando ele consegue reencontrar sua amada, pois se depara com o inesperado. Com texto e atuação de Fernando Santana e Direção de Agamenon de Abreu, a peça é cercada pelo universo do palhaço e aborda de forma onírica e com muito humor as peripécias de um amor, por vezes, traiçoeiro.
Espetáculo: Sobre O Menino Que Queria Voar
Local: Teatro Jorge Amado (Av. Manoel Dias da Silva, 2177, Pituba)
Data: sábados e domingos, dias 19, 20, 26 e 27/05
Horários: às 16h
Classificação: Livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria: Espetáculo Infantojuvenil
Sinopse: A peça propõe um reencontro de cada indivíduo consigo mesmo: o ser criança e o adulto. A proposta é despertar o público para o desejo do que se almeja ser em confronto com o que nos tornamos diante de um mundo mecanizado. Desta forma, Pedro, um rapaz honesto e trabalhador, vive em dias iguais no Mundo da Comunlândia. Em certo dia, repentinamente, encontra um garoto que causa um conflito em sua vida: é o momento de se reinventar ou Pedro deixará de existir.
Espetáculo: Com O Rei Na Barriga
Local: Teatro Molière (Av. Sete de Setembro, 401, Barra)
Data: Domingos, dias 20 e 27/05 e 03 e 10/06
Horários: às 11h
Classificação: Livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria: Espetáculo infantojuvenil e Revelação (Leonardo Teles por cabelos e maquiagem do espetáculo)
Sinopse: Trata-se da história de Jourdanzinho, um garoto que acaba de entrar na adolescência. Ele possui uma visão distorcida do mundo e das relações com o outro, fruto da permissividade dos pais na construção do seu caráter. Com grande dificuldade de socialização, Jourdanzinho “compra” amigos, que dele só se aproximam para explorá-lo. Coisa que não percebe. Não vai à escola, mas almeja ser culto e sábio. Ele crê que pode comprar conhecimento, sem, contudo, se dedicar ao aprofundamento do estudo. Sua formação é feita por professores particulares, que não conseguem executar suas tarefas por conta dos caprichos do garoto. Toda a trama se resume no desejo do protagonista de se tornar figura de importância para a corte e para a realeza, e o caminho para isto seria casar-se com Dorimène, Marquesa de grande prestígio local. Uma série de situações cômicas são criadas e as relações travadas com os professores, os empregados e a família alcançam o absurdo.
Espetáculo: Uma Mulher Impossível
Local: Teatro ICBA (Av. Sete de Setembro, 1809, Corredor da Vitória)
Data: De quarta a sábado, de 23 a 26/05
Horários: 20h
Classificação: 16 anos
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias: Espetáculo adulto, Atriz (Mariana Moreno), Direção e Texto (Djalma Thürler)
Sinopse: Uma mulher enclausurada, com desejos reprimidos é a personagem do espetáculo Uma Mulher Impossível, mais um investimento do dramaturgo Djalma Thürler no diálogo entre o teatro e as subalternidades, afinal, em pleno século XXI, ainda tomamos atitudes que estimulam o patriarcado e o machismo, a repressão das práticas de liberdade feminina e a livre defesa das ideias das mulheres. O espetáculo é um manifesto estético, poético, ácido e provocante para um novo feminismo, um convitea se pensar, em nome de todas as mulheres, sobre o machismo, a violência e a pornografia feminina.
Espetáculo: Traga-me a Cabeça de Lima Barreto
Local: Teatro Gregório de Mattos (Praça Castro Alves, s/n, Centro)
Data: De quinta a domingo, de 24 a 27/05
Horários: às 19h
Classificação: 14 anos
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias: Espetáculo adulto, Ator (Hilton Cobra) e Texto (Luiz Marfuz)
Sinopse: Inspirada livremente na obra de Lima Barreto (13/5/1881 * 1/11/22), especialmente em Diário Íntimo e Cemitério dos vivos, “Traga-me a cabeça de Lima Barreto” é um monólogo teatral, com interpretação de Hilton Cobra, autoria de Luiz Marfuz e direção de Fernanda Júlia, que reúne trechos de memórias impressas em suas obras, entrecruzadas com livre imaginação. O texto fictício tem início logo após a morte de Lima Barreto, quando eugenistas exigem a exumação do seu cadáver para uma autópsia a fim de esclarecer “como um cérebro inferior poderia ter produzido tantas obras literárias – romances, crônicas, contos, ensaios e outros alfarrábios – se o privilégio da arte nobre e da boa escrita é das raças superiores?”. A partir desse embate com os eugenistas, a peça mostra as várias facetas da personalidade e da genialidade de Lima Barreto, sua vida, família, a loucura, o alcoolismo, sua convivência com a pobreza, sua obra não reconhecida, racismo, suas lembranças e tristezas.
Espetáculo: De Um Tudo
Local: Teatro Jorge Amado (Av. Manoel Dias da Silva, 2177, Pituba)
Data: De quarta a sexta, de 06 a 08/06
Horários: quarta e quinta, às 20h e sexta-feira, às 19h e às 21h
Classificação: 14 anos
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria: Espetáculo Adulto, Direção (Fernando Guerreiro), Texto (Alan Miranda e Daniel Arcades), Revelação (Ana Mametto como Atriz) e Especial (Gerônimo Santana pela composição musical do espetáculo)
Sinopse: Inspirado no livro Dicionário de Baianês, do escritor Nivaldo Lariú, o espetáculo De Um Tudo, dirigido por Fernando Guerreiro discute a baianidade para além dos rótulos e propõe uma reflexão sobre a linguagem e os costumes do baiano. Com um humor crítico, revela cenas do cotidiano, personagens, imagens e linguagem do nosso povo.
Espetáculo: Bonito
Local: Teatro Vila Velha (Av. Sete de Setembro, s/n, Passeio Público, Campo Grande)
Data: Sábado e domingo, dias 09 e 10/06
Horários: às 11h e às 16h
Classificação: Livre
Concorre ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria: Espetáculo infantojuvenil
Sinopse: O que é Bonito pra você? Esta pergunta moveu inicialmente a criação do projeto que compreende a estreia de um espetáculo de dança-teatro e o lançamento de um livro. Em cena, seis criadores reelaboram a imagem grotesca e assustadora dos monstros de infância e dão voz e movimento a novos monstros que são em si a força intima de cada um. O que em mim assusta e incomoda, mas é ao mesmo tempo minha potência? Adotando, então, essa premissa, de que nossos monstros são nossas potências, o espetáculo parte das memórias de criança dos intérpretes, suas brincadeiras e modos de se relacionar. A ideia é possibilitar outros olhares menos dicotômicos acerca da infância e os vestígios que ela deixa nos adultos.
A comédia baiana De Um Tudo, segue em cartaz nas noites de sábado, sempre às 20h, no Teatro Sesc Casa do Comércio, no Caminho das Árvores, em Salvador. Indicado em cinco categorias na 25ª edição do Prêmio Braskem de Teatro, De um Tudo discute a baianidade para além dos rótulos e propõe uma reflexão sobre a linguagem e os costumes do povo baiano. Os ingressos custam R$ 60 (inteira ) e R$ 30 (meia) e podem ser comprados nas bilheterias do teatro ou pelo site compreingressos.com.
Dirigida por Fernando Guerreiro, o espetáculo musical mergulha na baianidade com muito humor convidando o público à reflexão. Para representar este modus vivendi irreverente do baiano, Guerreiro escolheu um elenco de peso, como a cantora Ana Mametto – em sua estreia como atriz – Alexandre Moreira, Denise Correia, Diogo Lopes Filho, José Carlos Júnior e o cantor e compositor Gerônimo Santana.
“Este é um trabalho de reconhecimento da nossa maneira de ser e reflexo de uma baianidade construída a partir de Jorge Amado, Caribé, Caymmi e também de todos nós”, ressalta o ator Diogo Lopes Filho. Assinam o roteiro Alan Miranda e Daniel Arcades (reconhecido como Melhor Autor no Prêmio Braskem de Teatro 2017).
As músicas inéditas, destaque no espetáculo De Um Tudo, são assinadas pelo cantor e compositor Gerônimo Santana e conduzem as histórias e conflitos vividos pelos personagens ao longo de toda a apresentação. A direção musical é assinada por Yacoce Simões, que também é responsável pelos arranjos e pela execução das músicas durante todo o espetáculo.
O cenário, assinado por Euro Pires, reproduz e resgata um lugar tipicamente baiano: as coloridas barracas de festas populares, que no espetáculo é representada pela Barraca de Dona Nadú. O espetáculo conta também com direção coreográfica de Rita Brandi, figurino de Euro Pires e iluminação de Irma Vidal. De um Tudo é uma realização de Paula Hazin e produção executiva de Rafael Rebouças e Saulo Robledo.
Serviço:
O quê: Espetáculo musical De Um Tudo
Local: Teatro Sesc Casa do Comércio (Av. Tancredo Neves, 1109, Caminho das Árvores)
Quando: Todo sábado, às 20h
Quanto: Ingressos a R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada) à venda na bilheteria do teatro ou pelo site compreingressos.com
Um ano após a estreia em 2017, o espetáculo musical Os Pássaros de Copacabana volta a cartaz no Teatro Molière, da Aliança Francesa, em Salvador, a partir do dia 24 de março. Protagonizada por Marcelo Praddo, com texto e direção de Gil Vicente Tavares, a peça, especialmente criada para comemorar os 30 anos de carreira do ator, pode ser vista até o dia 13 de maio, aos sábados e domingos, sempre às 20h. Os ingressos custam R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia entrada e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro.
Os Pássaros de Copacabana fechou o ano com quatro indicações ao Prêmio Braskem de Teatro, nas categorias de Direção e Texto, para Gil Vicente Tavares; Ator, para o desempenho de Marcelo Praddo e de categoria Especial, para a Direção de Movimento de Bárbara Barbará. Em 2017, a peça teve a oportunidade de viajar para apresentações em duas capitais: Fortaleza, a convite da Secretaria de Cultura do Ceará, e Goiânia, a convite do Festival Internacional Goiânia em Cena. Em Salvador, foi convidado para encerrar a programação do FILTE – Festival Latino Americano de Teatro.
A partir das canções de Ary Barroso, o musical conta a história de uma travesti, às vésperas do Golpe de 1964, tentando fazer um espetáculo em homenagem ao compositor, por encomenda de seu amante militar. Este espetáculo se chamaria “Ary, o compositor do Brasil”. Em cena, Marcelo Praddo interpreta clássicos de Ary e canções menos conhecidas, intercalando com depoimentos e lembranças da sua vida.
Os Pássaros de Copacabana faz parte do projeto do Teatro NU, selecionado no Edital Setorial do Governo do Estado na categoria “Apoio a Grupos e Coletivos Culturais”, e tem apoio financeiro do Fundo de Cultura. O espetáculo é uma realização do Teatro NU, com produção de Selma Santos.
Serviço: O quê: Espetáculo Os Pássaros de Copacabana Onde: Teatro Molière, na Aliança Francesa (Av. Sete de Setembro, 401, Ladeira da Barra) Quando: sábados e domingos (de 24 de março a 13 de maio), às 20h Quanto: ingresso R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Após um recesso de cinco anos, o espetáculo Siré Obá – A Festa do Rei volta aos palcos. A montagem do Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas (NATA), com direção de Fernanda Júlia Onisajé, fará curta temporada de 22 a 25 de março (de quinta a domingo), às 20h, na Casa Preta, no bairro Dois de Julho, em Salvador. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).
O espetáculo inspira-se nos orikis (poesia em exaltação aos Orixás) para mostrar a beleza e a filosofia do culto às divindades africanas, tendo como objetivo desmitificar preconceitos e combater a intolerância religiosa. Unindo religião e arte, a peça é uma grande festa/Siré e segue a sequência das músicas cantadas e tocadas para os Orixás nos rituais do Candomblé, celebrando junto com o espectador os feitos dessas divindades.
Em 2009, no ano de sua estreia, Siré Obá recebeu três indicações ao Prêmio Braskem de Teatro, nas categorias: Melhor Espetáculo, Revelação (para a então estreante diretora Fernanda Júlia) e Especial (pela direção musical de Jarbas Biittencourt), categoria da qual saiu vencedor.
As apresentações fazem parte do projeto OROAFROBUMERANGUE, que conta com o apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura da Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, aprovado no Edital de Apoio a Grupos e Coletivos Culturais da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).
Serviço:
O quê: Espetáculo Siré Obá – A Festa do Rei
Quando: de quinta a domingo, de 22 a 25 de março, às 20h
Onde: Casa Preta (Rua do Areal de Cima, 40, Dois de Julho)
Quando: ingresso R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).
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