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Espetáculos NAU e Barcarola Encantada vencem o Prêmio Braskem de Teatro
Espetáculos NAU e Barcarola Encantada vencem o Prêmio Braskem de Teatro

NAU, Barcarola Encantada e De como me tornei invisível para caber no meu espírito foram os vencedores do 28º Prêmio Braskem de Teatro nas categorias Espetáculo Adulto, Espetáculo Infantojuvenil e Performance, respectivamente. A cerimônia de entrega da mais tradicional premiação das artes cênicas baianas foi realizada na noite dessa quarta-feira (dia 18), no palco principal do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador. O prêmio é uma realização da Caderno 2 Produções Artísticas com patrocínio da Braskem e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

Luiz Antônio Sena Jr. conquistou o troféu de Direção pelo trabalho na peça Para-iso. Já Caio Rodrigo, Daniel Farias e Ian Fraser venceram a categoria Texto pelo espetáculo Ensaio para uma redenção. Vagner Jesus recebeu a estatueta na categoria Ator, pela desenvoltura na peça Manual como conter uma raça poderosa e Evana Jeyssan foi eleita Atriz por Gota D’água. A Revelação dessa edição foi Ninha Almeida pela atuação em O Salto. Já Eliete Teles e Rubenval Meneses venceram a categoria Especial pela construção dos bonecos em Metamorfose. Os vencedores do Prêmio Braskem de Teatro receberam R$ 30 mil para os melhores espetáculos Adulto, Infantojuvenil e Performance e os demais ganharam R$ 5 mil cada, além dos troféus.

Os premiados foram escolhidos pela Comissão Julgadora, composta pelo dramaturgo, roteirista, ator e apresentador de TV Aldri Anunciação; a pós-doutora em artes cênicas e professora da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia Alexandra Dumas; o ator-performer, autor, diretor, professor e produtor Fabio Vidal; o artista, pesquisador e curador Felipe Assis e a produtora e gestora cultural Virginia Da Rin. Eles analisaram 80 espetáculos adultos, 22 infantojuvenis e 25 performances inéditos, que foram produzidos por grupos baianos entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021 e tiveram exibição online.

O trabalho foi coordenado por Fernando Marinho, que ressaltou os diferenciais dessa edição. “O prêmio ficou mais robusto e pode ter a inclusão muito importante da categoria performance. Além disso, a avaliação remota das peças permitiu uma análise mais ampla, dando a oportunidade dos artistas do interior de concorrer a todas as categorias”, pontua, Marinho destaca também a capacidade de adaptação da premiação para o ambiente remoto, apoiando a classe artística que precisou se reinventar durante a pandemia.

Homenagem ao centenário de Dias Gomes

A premiação promoveu uma grande festa do teatro no palco do TCA, com uma homenagem ao centenário do dramaturgo baiano Dias Gomes. Para isso, o espetáculo, dirigido por Gil Vicente Tavares, revisitou cenas emblemáticas da obra de Dias Gomes, rememorando as emoções, críticas, humor e tom político do trabalho desse grande nome do teatro baiano. Além de explorar o visual e personagens criados por Dias Gomes, Gil Vicente também se debruçou nas trilhas sonoras presentes em sua dramaturgia, costurando canções marcantes de aberturas de novelas com outras músicas que embalaram suas peças. “Tentei fazer um diálogo com as várias criações que perpassam a carreira de Dias Gomes para celebrar o centenário desse grande dramaturgo”, explica o diretor artístico.

Para ele, a noite também de homenagem ao teatro baiano. “Foi uma cerimônia dentro do espírito teatral, da atuação, da contracena. Poder pisar nesse templo do teatro baiano tem um valor inestimável. Foi maravilhoso”, conclui Gil Vicente. O elenco do cerimônia contou com nomes como: Ana Barroso, Daniel Farias, Denise Correia, Diogo Lopes, Evelin Buchegger e Marcelo Praddo, além da apresentação da atriz Valdinéia Soriana. Os vencedores também destacaram a emoção de retornar aos palcos com a presença do público durante os seus discursos.

“Esse prêmio é símbolo da nossa resistência, que mesmo durante a pandemia conseguimos produzir”, ressaltou Eliete Teles, que venceu a categoria Especial. Já Evana Jeyssan, premiada na categoria atriz, dedicou a conquista a avó e irmã, que faleceram durante a pandemia. “Fiz valer cada sacrifício. Estou aqui por elas para mostrar que eu vou continuar ocupando esses espaços”, disse emocionada.

Representante do teatro de Capão, na Chapada Diamantina, Ninha Almeida, vencedora da categoria Revelação, ressaltou a presença de artistas do interior na premiação. “Estava acostumada a apresentar minha arte nas ruas e no circo, não em um teatro, como esse, por isso dedico a todos profissionais da cena teatral do interior. Mas a premiação abriu as portas para o interior, então vamos mostrar que essa arte que pulsa na zona rural”, celebra.

CONFIRA OS VENCEDORES DO 28º PRÊMIO BRASKEM DE TEATRO:

Categoria ESPETÁCULO ADULTO

●        NAU

Categoria ESPETÁCULO INFANTOJUVENIL

●        Barcarola Encantada

Categoria DESEMPENHO

●        De como me tornei invisível para caber no meu espírito

Categoria ESPECIAL

●        Eliete Teles e Rubenval Meneses – pela construção dos bonecos de Metamorfose

Categoria TEXTO

●        Caio Rodrigo, Daniel Farias e Ian Fraser – pelo texto de Ensaio para uma redenção

Categoria ATRIZ

●        Evana Jeyssan – pela atuação em Gota D’Água

Categoria ATOR

●        Vagner Jesus – pela atuação em Manual Como Conter uma Raça Poderosa

Categoria REVELAÇÃO

●        Ninha Almeida – pela atuação em O Salto

Categoria DIREÇÃO

●        Luiz Antônio Sena Júnior – pela Direção de Para-iso

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Cobertura da cerimônia de entrega do 28º Prêmio Braskem de Teatro
Lipovetsky e Karnal debatem cidadania e política no Fronteiras Braskem do Pensamento

“A essência da democracia é o reconhecimento ao contraditório. Não há opção à democracia” e “os dirigentes políticos vivem numa bolha, separados da população”. Essas foram algumas das afirmações feitas, respectivamente, pelo historiador e escritor brasileiro Leandro Karnal e pelo filósofo francês Gilles Lipovetsky, durante debate especial do Fronteiras Braskem do PensamentoO evento, que foi aberto pelo violonista flamenco Paulo Victor, lotou o Teatro Castro Alves, na noite dessa segunda-feira (17), em Salvador.

O debate mediado por Fernando Schuler, curador do Fronteiras e doutor em Filosofia Política, foi aberto por Lipovetsky, que abordou o tema Cidadania política, pluralismo e democracia na era hipermoderna, e explicou esse novo conceito. “A hipermodernidade trata-se da chegada de um novo tipo de individualismo e está presente nas famílias, redes sociais, religião, política e espaços públicos”, disse o francês. Ele afirmou, ainda, que vivemos atualmente “uma cidadania a la carte”, que vai de acordo com o menu que a pessoa escolhe de última hora.

“Uma das consequências políticas dessa nova cultura são os votos de rejeição, em detrimento ao voto de adesão a um partido político. Hoje as pessoas votam para se livrar de um governo”. Quando perguntado sobre o que achava do presidente norte-americano Donald Trump e do francês Emmanuel Macron, Lipovetsky sentenciou: “o Donald Trump não honra o sonho americano, já Macron é um filósofo, um homem de medidas. Os dois são exemplos da hipermodernidade atual”.

Já Leandro Karnal intitulou sua participação como Hamlet na casa de noz: cidadania e consciência. Um dos mais populares intelectuais do Brasil explanou que durante muitos anos a felicidade foi centrada na posse, como já enaltecia o escritor inglês William Shakespeare (1564-1616), em seu célebre romance. O doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), Karnal arrancou risos da plateia ao falar sobre a bipolaridade política que vivemos atualmente no Brasil. “Uma parte muito expressiva do país teme que a outra parte consiga degenerar a democracia e as duas profetizam que se o pecado da outra vencer, será o fim do país. Provavelmente ambas as partes estejam corretas”, ironizou Karnal. Para ele “devemos atribuir o sucesso dos livros de autoajuda ao declínio da política brasileira como felicidade”.

Fake News e movimentos indenitários

Autor de livros que já foram traduzidos para mais de 18 idiomas, como os best-sellers como O império do efêmero – A moda e seu destino nas sociedades modernasA era do vazio – Ensaios sobre o individualismo contemporâneo, Gilles Lipovetsky falou que “as pessoas preferem acreditar no que é dito pelos amigos nas redes sociais do que pela mídia, o que acaba gerando as chamadas Fake News”. Seguindo com o mesmo conceito, Karnal ressaltou que a acessibilidade da Internet “tornou milhares de pessoas intelectuais somente ao abrirem uma conta”.

Sobre os movimentos identitários, Gilles acredita que a questão virou um tema central nas sociedades atuais. “A fragmentação pode se tornar um problema no futuro das sociedades, se cada coletividade viver fechada dentro da sua coletividade. Temos de aceitar o multiculturalismo, mas sem que os indivíduos percam suas características de comunitarismo. O direito de o indivíduo ter suas singularidades”, observa. Para o filósofo francês, que esteve pela primeira vez em Salvador, “a educação não é um luxo, mas um investimento para o futuro”. Segundo ele, “nada substitui uma cabeça bem-feita, e uma cabeça bem-feita começa na escola”, concluiu.

No próximo dia 15 de outubro, o físico e escritor carioca Marcelo Gleiser encerra a temporada 2018 do projeto, que tem como tema central O mundo em desacordo. O Fronteiras Braskem do Pensamento Salvador tem o patrocínio da Braskem e do Estado da Bahia, com realização da Caderno 2 Produções Artísticas. Os ingressos para a conferência estão à venda nas bilheterias do Teatro Castro Alves, nos SACs dos shoppings Barra e Bela Vista ou pelo site www.ingressorapido.com.br. O ingresso individual custa R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).

Feira de Matemática promove exposição, palestra, jogos e desafios em Camaçari
Feira de Matemática promove exposição, palestra, jogos e desafios em Camaçari

Projetos de robótica, maquetes e jogos de tabuleiros serão expostos durante a Feira de Matemática, que será realizada no próximo dia 5 de setembro, no Teatro Alberto Martins, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O evento também terá desafios desenvolvidos com o conteúdo da disciplina, além de palestras sobre empreendedorismo com o especialista em Desenvolvimento e Modelagem de Negócios Ricardo Neves e o coach, consultor e empresário Odilon Spósito, que já foi colaborador da Braskem.

A iniciativa marca o encerramento de uma etapa do Projeto Seja! Saberes da EJA, patrocinado pela Braskem em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).  Durante a feira, serão expostos os trabalhos desenvolvidos pelos 105 alunos do curso na área de matemática e suas tecnologias.

Para tornar o estudo atrativo aos alunos, o curso busca ensinar a disciplina de forma prática e interativa. “Durante as aulas temos a preocupação de demonstrar aos estudantes porque eles precisam aprender aquele conteúdo e como eles podem aplicar o conhecimento em diversas situações do dia a dia”, explica Fernanda Brito da Silva, coordenadora pedagógica de Educação de Jovens e Adultos Sesi Retiro.

O Projeto Seja! Saberes da EJA oferece gratuitamente o curso de Ensino Médio Profissionalizante a distância para jovens adultos, a partir de 18 anos, moradores de Camaçari. Além de concluir a formação educacional, os estudantes vão realizar um dos três cursos de formação profissional ofertados: montador e reparador de microcomputadores, eletricista residencial ou montador de construção a seco (drywall).

“A Braskem busca impulsionar o desenvolvimento do estado, investindo no crescimento das pessoas por meio do estímulo ao conhecimento. Por isso, apoiamos iniciativas como a do SEJA! – Saberes da EJA, um projeto que capacita jovens adultos, para que eles alcancem melhorias pessoais e ajudem no desenvolvimento da comunidade onde vivem”, explicou Milton Pradines, gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia e Alagoas.

Serviço:

O quê: Feira de Matemática – exposição, palestra sobre inovação e empreendedorismo, jogos e desafios matemáticos

Quando: Quarta-feira (dia 5/09), das 18h às 20h

Onde: Teatro Alberto Martins (Rua Eixo Urbano Central, Centro, Camaçari – BA)

Quanto: Gratuito

Competição de Crossfit reuniu três mil pessoas na Arena Fonte Nova
Competição de Crossfit reuniu três mil pessoas na Arena Fonte Nova

Atletas e amantes do Crossfit invadiram a Arena Fonte Nova, em Salvador, neste fim de semana, durante a realização do Arena Challenge 2018. Nos dois dias do evento quase três mil pessoas, entre atletas e espectadores, acompanharam as rodadas da competição considerada a maior do Norte e Nordeste. Foram 530 atletas de vários estados, como Recife (PE), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Maceió (AL) e João Pessoa (PB). Além de grupos vindos de cidades do interior do estado como Vitória da Conquista, Itaberaba, Jequié, Itabuna e Feira de Santana.

“Foi a primeira vez do Arena Challenge na Bahia e a Arena Fonte Nova abraçou o projeto que já nasceu como um evento grande porte”, garante Rafael Seara, organizador do evento. De acordo com ele, a iniciativa consolida a Bahia no calendário das grandes competições nacionais. “Ano que vem vamos repetir esse sucesso com o dobro de atletas que tivemos nesta edição”, afirma Seara, ressaltando que “o feedback dos participantes do Arena Challenge 2018 em relação à estrutura da Arena foi extremamente positivo”, conclui.

Mais de duas mil toneladas de equipamentos foram utilizadas no Arena Challenge, que foi promovido pela Arena Fonte Nova e 2GB Produtora. “O crossfit é uma das práticas esportivas que mais crescem no mundo e o sucesso de público do Arena Challenge só comprova isso”, destaca Igor Oliveira, coordenador de Operações da Arena Fonte Nova. “Além das competições, toda uma cadeia de negócios foi promovida durante a realização do evento na Arena Fonte Nova, como a exposição dos fornecedores de equipamentos, de roupas esportivas e de suplementos, além da praça de alimentação”, enumera Oliveira.

A competição foi dividida por times masculinos e femininos, com até três competidores por equipe, subdivididos em três categorias: ScaledIntermediária e RX. No caso do desafio individual, as categorias foram RX Masculino eMaster Masculino, estes para atletas a partir de 38 anos completos. Ao final das disputas, foram anunciadas as três equipes vencedoras das oito categorias da competição. No encerramento do Arena Challenge, o público presente participou de um after com os shows das bandas de Forró do Tico e Só Na Paquera.

Crossfit – Considerado “o esporte do século XXI”, o CrossFit foi criado em 2000 pelo ex-ginasta Greg Glassman e já reúne milhares de adeptos no mundo inteiro. É um programa de treinamento de condicionamento físico e força. Todos os exercícios são baseados em movimentos funcionais, e refletem aspectos da ginástica, halterofilismo, corrida, remo, entre outros.


Confira a lista completa dos vencedores das oito categorias do Arena Challenge 2018:

Categoria: Individual RX Masculino

1º lugar: Higor Alves Brito

2º lugar: Diego Bernardes

3 º lugar: Pedro Araújo


Categoria: Individual Master Masculino

1º lugar: Massussinei Silva

2º lugar: Julio Cabral

3º lugar: Thiago Galileu


Categoria: Trio RX Masculino

1º lugar: Team Alcateia (Filipe Magnavita, Daniel Freitas, Guilherme Santos)

2º lugar: CF Ceará (Pedro Gomes, Castro, Lucas Ponte)

3º lugar: CFBA Team (Kilson Santana, Felipe Del Rei, Fernando Del Rei)


Categoria: Trio RX Feminino

1º lugar: Alcateia Team (Marcela Gonzaga, Anuska Lima, Vanessa)

2º lugar: Treta (Carolina Vieira Santos, Anucha Prisco, Rodrigues)

3º lugar: Trio Cosema (Thais Pinheiro, Luana Menezes, Mesquita)


Categoria: Trio Intermediário Masculino

1º lugar: Filhos do Vento (Tecio Ricardo, Jaime Gregório, Caio Vinicius)

2º lugar: Team OnzeOnze (Gomes Viana, Henrique Barreto, Tasso Tourinho)

3º lugar: Joker 75 (Thiago Menezes, Souza, Alencar)


Categoria: Trio Intermediário Feminino

1º lugar: Artesanali Team (Clara Carvalho, Diane Trece, Patricia Farani)

2º lugar: Barbellas (Marcela Mendonça, Eloísa Holanda, Gabriele heitor)

3º lugar: Trio Maltesas (Thais Brandao, Figueiredo, De Jesus)


Categoria: Trio Scale Masculino

1º lugar: El Cartel VCA (Bruno Santana, Djan Lacerda, Romulo Lacerda)

2º lugar: Coach, Libera a Mensalidade (Ricardo Freitas, Bernardo Almeida, Leonardo Neto)

3º lugar: Rivotrio (Fellipe Brasil, Valter José, Lucas Oliveira)


Categoria: Trio Scale Feminino

1º lugar: KTM Team (Karla Almeida, Thuanne Calheira, Manuela Barreto)

2º lugar: #MigaSuaLoka (Rafa Nunes, Dessa Vaz, Milla Silva)

3º lugar: Cavalo do Cão Team (Carol Hermida, Jessica Faleta, Marcia Marques)

Site Rafael Veloso comemora 15 anos e anuncia novidades

Em 20 de fevereiro de 2018, o site Rafael Veloso completa 15 anos no ar. A página que começou em formato de blog para compartilhamento da produção textual, do então estudante de jornalismo, cresceu e se tornou um site com foco em notícias de cultura, lazer, comportamento, tecnologia e serviços. Em 2010 o site ficou entre os cinco finalistas nacionais do Prêmio Top Blog, na categoria “Cultura Profissional” e conquistou leitores nas mais diversas localidades do mundo.

Ao longo de 2018, para comemorar esses 15 anos de atividades, o site passará por reformulações com o objetivo de melhorar as funcionalidades e o design. Outra novidade que será lançada esse ano é a reformulação da marca, criada em 2008 pelo premiado publicitário Hector Salas. O próprio criador está a cargo de modernizar a marca. Algumas novidades já foram lançadas, como a criação do perfil do site no Twitter e a reativação da fan page facebook.com/siterveloso para garantir maior interação e engajamento de nossos leitores.

O Site Rafael Veloso.com.br é editado pelo jornalista Rafael Veloso, formado pelo Centro Universitário da Bahia – Estácio / FIB, em 2009. Tem mais de 10 anos de experiência com produção de rádio e TV, passagem por veículos impressos e sites. Atua em assessoria de imprensa desde 2010.

Coletivo propõe dança de salão entre homens gays

Em quê implica ser homem e gay na dança de salão? Este é um dos questionamentos que vem provocando o Casa 4, projeto artístico desenvolvido em Salvador pelos dançarinos-criadores Alisson George, Guilherme Fraga, Jônatas Raine, Leandro de Oliveira e Marcelo Galvão. No formato de espetáculo de dança e com estreia prevista para novembro, o projeto busca refletir sobre as relações construídas pela dança de salão nos corpos dos artistas envolvidos. “Corpos viados, afeminados, fechativos, brutos, sensíveis e mais um bocado de coisa”, ressalta Marcelo Galvão, dançarino formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Os ensaios acontecem desde junho deste ano e agora o grupo lança uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar a realização do espetáculo pelo site www.catarse.me/casaquatro. Tradicionalmente as danças de salão carregam signos e regras que reforçam os estereótipos de gênero e excluem outras possibilidades de dançar a dois. Neste sentido, os dançarinos do Casa 4 têm mergulhado em suas experiências, nos preconceitos velados e nas microviolências diárias para falar sobre ser gay neste universo. “Acreditamos não dá mais para gente não fazer, não falar, não dançar respeitando o que a gente é”, afirma Guilherme Fraga, mestre em Dança pela UFBA e professor da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).

Em cena, a proposta é não se limitar a binarismos como condutor-conduzido, ativo-passivo, masculino-feminino. Desejos, amor, breguice e viadagem conduzem os “dois pra lá, dois pra cá” deste projeto em processo de criação. Destaque para a equipe desta ação artística-política-amorosa que reúne, exclusivamente, colaboradores LGBTQI+. Integram o Casa 4, Caio Figueiredo (artista visual), David Calluque (arquiteto/cenógrafo) Diego Moreno (designer gráfico), Diego Solon (estilista) e Maiana Brito (cineasta). Para acompanhar o trabalho sigam o grupo nas redes sociais @casa04producoes.

Arte e feminismo: Camille Paglia fala no Fronteiras Braskem do Pensamento

Polêmica crítica cultural norte-americana realiza conferência no dia 15 de agosto no Teatro Castro Alves

Foto: Divulgação

 
Uma pensadora de seu tempo, que discorre sobre as incongruências do feminismo, a sexualidade, a política, a religião, a estética e a cultura pop, entre tantos outros assuntos, sem evitar a contradição. Assim é Camille Paglia, conhecida pelas obras Personas sexuais e Sexo, arte e cultura americana. Mas no livro mais recente lançado no Brasil a intelectual retorna aos seus estudos de origem: em Imagens cintilantes, destaca a história das artes plásticas a partir de 29 obras representativas de estilos e contextos sociais, do túmulo da Rainha Nefertari do Egito ao cinema norte-americano de George Lucas. Na obra, Camille afirma, com certa decepção, que os jovens trocaram a pintura e a escultura pela tecnologia e o design industrial, gerando consequências. “O olho sofre com anúncios piscando na rede. Para se defender, o cérebro fecha avenidas inteiras de observação e intuição. A experiência digital é chamada interativa, mas o que eu vejo como professora é uma crescente passividade dos jovens, bombardeados com os estímulos caóticos de seus aparelhos digitais. Pior: eles se tornam tão dependentes da comunicação textual e do correio eletrônico que estão perdendo a linguagem do corpo.” A conferência ocorre no dia 15 de agosto, às 20h30, no Teatro Castro Alves, Campo Grande. Vendas: www.ingressorapido.com.br. Informações no site www.fronteiras.com/salvador ou pelo fone 4020-2050.
Formada pela Universidade de Yale com Ph.D. em língua inglesa pela mesma instituição, Camille Paglia é uma das intelectuais mais influentes da atualidade e a principal teórica do pós-feminismo. Desde 1984, é professora de Humanidades e Estudos Midiáticos na Universidade de Artes da Filadélfia. Seu método acadêmico é erudito, comparativo e descritivo, e seus ensaios alcançam grande repercussão midiática. É o caso de Imagens cintilantes, no qual Camille poetiza para depois provocar: “a arte é o casamento do ideal e do real. Fazer arte é um ramo da artesania. Artistas são artesãos, mais próximos dos carpinteiros e dos soldadores do que dos intelectuais e dos acadêmicos, com sua retórica inflacionada e autorreferencial. A arte usa os sentidos e a eles fala. Funda-se no mundo físico tangível”. E, nesta era reconhecida pela pensadora como “de vertigem”, torna-se necessário reaprender a ver e, segundo Camille, encontrar um foco. “As crianças, sobretudo, merecem ser salvas deste turbilhão de imagens tremeluzentes que as vicia em distrações sedutoras e fazem a realidade social, com seus deveres e preocupações éticas, parecer estúpida e fútil. A única maneira de ensinar o foco é oferecer aos olhos oportunidades de percepção estável – e o melhor caminho para isso é a contemplação da arte”, afirma a crítica, que questiona também o sistema de educação artística. “Da pré-escola em diante, a arte é tratada como uma prática terapêutica – projetos com cartolina do tipo ‘faça você mesmo’ e pinturas com os dedos para liberar a criatividade oculta das crianças. Mas o que de fato faz falta é um quadro histórico de conhecimentos objetivos acerca da arte”, analisa. “Sem conhecimento a cultura se perde, e a imaginação começa a faltar”, completa.
A importância de Camille Paglia no universo intelectual caracteriza-se também pela quebra de paradigmas – apesar da formação clássica, valoriza a cultura popular e massiva no ambiente acadêmico – e por uma relação tênue entre vida pública e privada, ao assumir-se, ainda na universidade, como homossexual, sofrendo preconceito de colegas e professores. Nascida em Endicott, vila no condado de Broome, Nova York, Camille é filha de imigrantes italianos e cresceu em uma casa de fazenda com seu pai, veterano da Segunda Guerra Mundial e professor, que incentivou o crescimento da filha em um ambiente livre e de apoio à cultura e às artes. Casada por mais de uma década com a artista Alison Maddex, de quem Camille adotou legalmente o filho após sua separação, não é adepta da ideia de que a criança possui “duas mães”, reconhecendo-se como uma parente próxima de seu filho, alguém que possui influência em sua criação. Reconhecendo-se como uma dissidente do movimento feminista das décadas de 60 e 70, Camille também é voz polêmica ao comentar o casamento gay. “Eu apoio a união civil, mas nunca apoiei o casamento gay. Não acho que o governo deve se envolver em casamento, um termo circunscrito à Igreja. Perante a lei, deve haver igualdade de gêneros e orientações sexuais. Mas deve haver mais respeito por religião. Se você quer se casar, vá a uma igreja que aceite casá-lo. Mas a insistência de que o governo deve intervir neste sentido é muito juvenil”, provoca.
A pensadora analisa também, de forma crua, a atual luta social das mulheres. “Acredito que um feminismo forte deve basear-se no respeito pelo homem, admiração pelo que alcançaram através da história. Esse retrato dos homens como sendo opressores é uma calúnia grosseira. Houve homens criminosos? Sim, certamente, mas os homens deram sua vida, através da história, pelas mulheres e pelas crianças. As mulheres precisam se responsabilizar por suas vidas e parar de culpar os homens por seus problemas, que têm mais a ver com questões e estruturas sociais e não são fruto de uma conspiração masculina”, afirma. E completa: “A infelicidade que muitas mulheres sentem hoje resulta em parte da incerteza delas sobre quem são e sobre o que querem nesta sociedade materialista, voltada para o status, que espera que a mulher se comporte como homem e ainda seja capaz de amar como mulher. Quando eu vou a Nova York, vejo essas mulheres nas ruas: bem cuidadas, lindas, bem-sucedidas, graduadas em Harvard, Yale e… tediosas! Te-di-o-sas. Não têm nenhuma mística erótica. Acho que o número de homens gays vem aumentando porque os homens são mais interessantes do que as mulheres”, polemiza.
Para a intelectual, estamos em uma fase tardia da cultura, em que as definições dos sexos começam a se dissolver e surgem todos os tipos de trocas de papéis entre o feminino e o masculino. “Eu adoro tudo isso, mas acho que não pode ser confundido com um sintoma de saúde e de progresso. É um sintoma de declínio histórico da nossa cultura. Eu não noto, a propósito, nenhum avanço no campo das artes. Pelo contrário, todos estão obcecados consigo próprios. O ego se tornou um trabalho artístico. Acho que a obsessão com gênero e com orientação sexual se tornou uma doença”, sentencia. E opina sobre os recentes levantes feministas como a Marcha das Vadias, comparando-o com a atitude de uma figura que é frequente em suas análises: “Madonna expunha seu corpo ao mesmo tempo em que assumia a responsabilidade de se defender. Você tem o direito de se vestir como Madonna nas ruas às 3h da manhã e faz parte do comportamento da mulher liberada fazer isso. Só que essa mulher tem que saber se defender. Se você é uma mulher livre, você tem que aceitar que, toda vez que se vestir de modo convidativo, está enviando uma mensagem. E é claro que ninguém tem o direito de fazer nada com você, mas só uma idiota acha que vai para as ruas de vestimentas provocativas sem correr o risco de ser atacada, culpando o Estado por isso”, finaliza. Neste ano Paglia lançou sua mais recente obra, Free women, free men – Sex, gender, feminism, ainda sem publicação no Brasil.
Camille Paglia já esteve em Salvador, em 2008, realizando a conferência Variedades do erótico na arte do século XX. No projeto Fronteiras do Pensamento também esteve em São Paulo, em 2015, com a conferência Arte, cultura e feminismo, e em Porto Alegre, em 2007, com a fala A mulher na arte: da idade da pedra até Hollywood. Resumos das conferências e entrevistas exclusivas disponíveis no portal www.fronteiras.com.
 
SOBRE O FRONTEIRAS BRASKEM DO PENSAMENTO
Fronteiras Braskem do Pensamento é um ciclo de conferências alinhado ao projeto cultural múltiplo Fronteiras do Pensamento – www.fronteiras.com – que aposta na liberdade de expressão intelectual e na educação de qualidade como ferramentas para o desenvolvimento. O Fronteiras do Pensamento realiza anualmente edições em Porto Alegre e São Paulo, e na edição especial em Salvador abre espaço para o debate e a análise da contemporaneidade e das perspectivas para o futuro, apresentando pensadores, artistas, cientistas e líderes que são vanguardistas em suas áreas de pesquisa e pensamento. Os valores básicos do projeto são o pluralismo das abordagens, o rigor acadêmico e intelectual de seus convidados e a interdisciplinaridade de ideias. Por isso o Fronteiras Braskem do Pensamento já trouxe à Bahia importantes nomes como Enrique Peñalosa, Leymah Gbowee, Wim Wenders, Edgar Morin, Manuel Castells, Contardo Calligaris, Luc Ferry, Salman Rushdie, Jean-Michel Cousteau e Valter Hugo Mãe, entre outros.
O  tem o patrocínio da Braskem e do Governo da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do estado, com realização da Caderno 2 Produções Artísticas.
 
SERVIÇO FRONTEIRAS BRASKEM DO PENSAMENTO SALVADOR 2017
DATAS E HORÁRIO: Ocorrem mais dois encontros – 15/8 e 5/9, sempre às 20h30.
LOCAL: Teatro Castro Alves (Praça Dois de Julho, s/nº – Salvador/BA).
INGRESSOS: Ingresso individual por conferência: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia).
COMO COMPRAR: Pelo site www.ingressorapido.com.br, na bilheteria do Teatro Castro Alves e nos postos de vendas do SAC, nos shoppings Barra e Bela Vista. Informações sobre vendas pelo fone 3003-0595.
INFORMAÇÕES SOBRE O FRONTEIRAS BRASKEM DO PENSAMENTO: Na Central de Relacionamento Fronteiras pelo fone 4020.2050 e no portal www.fronteiras.com/salvador