Dia Mundial do Silêncio alerta para os prejuízos do ruído intenso à saúde auditiva

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que cerca de 10% da população do mundo está exposta a níveis de pressão sonora que podem causar perda auditiva induzida por ruído. Ainda de acordo com a OMS, em 50% dos casos o prejuízo auditivo pode ser atribuído ao ruído intenso. O Dia Mundial do Silêncio (7 de maio) alerta as pessoas para os prejuízos do ruído intenso e a importância de se manter ambientes que preservem a saúde auditiva.

Além dos danos à audição o ruído causa perturbação e desconforto, prejuízo cognitivo, distúrbios do sono e doenças cardiovasculares. “Os problemas de ruído estão associados a sintomas de estresse, ansiedade e depressão”, afirma a professora e arquiteta Débora Barretto, coordenadora da Sociedade Brasileira de Acústica (SOBRAC) – Regional Nordeste.

Para a Organização Mundial da Saúde, o nível recomendável de ruído deve ser abaixo de 50 decibéis, mas em locais fechados sem tratamento acústico, uma simples conversa pode gerar ruídos acima de 65 decibéis, o que já é suficiente para causar dor de cabeça, irritabilidade, pressão alta, entre outras consequências. O conceito de conforto acústico vem ganhando espaço dentro do Brasil e já pode ser encontrado em espaços diversos como restaurantes, praças de alimentação e até mesmo em estúdios de gravação.

O conforto acústico traz inúmeras vantagens para quem busca diversão, mas também para quem quer trabalhar de forma menos estressante e desgastante. É o caso, por exemplo, de professores em salas de aula. “Uma sala com conforto acústico permite que um professor seja escutado pelo aluno que se encontra na última fila, sem precisar forçar a voz”, explica Débora Baretto.

“Com produtos específicos e projetos de áudio e acústica é possível transformar um ambiente que tem tudo para ser barulhento num local agradável de se conversar ou trabalhar, além de escutar música ambiente”, afirma José Neto, engenheiro fundador da Audium, empresa baiana com 30 anos de atuação no mercado, responsável por projetos em ambientes como Casa do Carnaval, Casa do Rio Vermelho, Museu do Futebol (SP), Museu do Amanhã (RJ), entre outros.

Os projetos acústicos também podem livrar artistas de problemas com a vizinhança. É o caso do grupo Quabales, do Nordeste de Amaralina, que precisava de uma Sala de Ensaios onde os músicos pudessem tocar sem incomodar a vizinhança. Para Marivaldo dos Santos, do STOMP de NY e fundador do Quabales, o caminho foi investir em tecnologia. “Esse projeto fez muita diferença”, afirma.