Pesquisar por:
Broncas do Rafa - Que cachorrada
Broncas do Rafa – Que cachorrada

Um avião da Gol com 132 passageiros a bordo arremeteu no fim da tarde deste domingo (dia 16) na pista principal do Aeroporto Internacional de Salvador (BA). A aeronave que vinha de Recife (PE) faria escala na capital baiana antes de seguir destino para Belo Horizonte (MG), só conseguiu pousar 20 minutos depois do horário previsto. O motivo do atraso é que cinco cães invadiram a pista principal do aeroporto às 17h34, no momento exato, em que o avião estava em procedimento de pouso. O problema só foi solucionado depois que funcionários da Infraero, afugentaram os animais. Prova de que a segurança dos nossos aeroportos é falha, entra gato e cachorro, literalmente.

Broncas do Rafa - Timóteo defende turismo sexual
Broncas do Rafa – Timóteo defende turismo sexual

O vereador de São Paulo Agnaldo Timóteo (PR) criticou ontem (28/03) a ministra do Turismo, Marta Suplicy: “a primeira proposta dela é para acabar com o tal do turismo sexual. Pelo amor de Deus minha gente, vai prender um turista porque ele levou ‘pro’ (sic) motel uma menina de 16 anos? É brincadeira! As meninas com um ‘popozão’ desse tamanho, os peitos como uma melancia rodando bolsinha, aí o turista pega e passa a ripa. Tenha piedade“, disse o vereador, para espanto dos parlamentares.

*Nota publicada na coluna Curtas, página 19, do jornal A Tarde, de 29 de março de 2007.

= * = * = * = * = * = * = * =

Opinião

“É brincadeira”! Realmente vereador, só pode ser brincadeira um comentário infeliz como esse. “Tenha piedade”. De fato, tenha piedade, porque nossos ouvidos não são penicos para ouvirem tantas bobagens. Um homem que se diz tão culto, utilizar na tribuna um vocabulário de tão baixo calão. O espanto foi maior em saber que o infeliz comentário partiu de uma pessoa que diz prezar pelos valores morais.

Espero que afirmativas como essa, sirvam para que a população pense bem e não faça nas urnas, o que faz no vaso sanitário!

Broncas do Rafa - La maison est tombée (A casa caiu)
Broncas do Rafa – La maison est tombée (A casa caiu)

Segunda-feira, 8 de janeiro, com uma pauta a cobrir para o jornal, lá foi eu à Estação de Transbordo Iguatemi reportar a desorganização em que se transformou o local, após a liberação do comércio ambulante na área.

No melhor estilo “fala povo”, comecei a me sentir Zé Bin. A minha casa não caiu, mas o cerco dos ambulantes a minha volta me fez lembrar as entradas ao vivo que o repórter do programa “Se Liga, Bocão” faz todas as segundas-feiras, direto da Estação da Lapa para que o povo coloque a “boca no trombone”.

Comecei as entrevistas e quando olhei ao meu redor estava sendo o centro das atenções. Alguns gritavam indignados, achando que minha matéria era para retirá-los dali. Fiquei com medo de ser linchado. Ossos do ofício.

No final tudo certo e a reportagem completa, vocês podem ler na edição de janeiro do jornal Notícias Metropolitanas.

Broncas do Rafa – João, não desculpo, não!

Em entrevista coletiva, no dia 21/01, o prefeito de Salvador pediu desculpas à população pelo aumento da tarifa do transporte coletivo. Coros leitos, não sei quanto a vocês, mas de minha parte ele não terá as desculpas aceitas.

Sou usuário do sistema de transporte desta capital e convivo diariamente com longos períodos de espera nos pontos de ônibus. Geralmente, levo mais tempo parado no ponto, do que dentro do coletivo. Não poderia numerar a quantidade de vezes que viajei em pé, por não ter mais assentos vagos no veículo. Inúmeras, também, foram às viagens em que tive de suportar a sujeira e os filhotes de baratas, que dentro dos ônibus habitam. As pingueiras em dia de chuva e os veículos velhos que a cada buraco – e olha que Salvador tem é buraco -, parece que vão desmontar.

Senhor prefeito, antes de me pedir desculpa, convido-o a me fazer companhia na espera no ponto do Iguatemi por um ônibus de algum bairro populoso, em horário de pico. A espera dura em média 40 minutos. A viagem não será tão confortável quanto do carro oficial da prefeitura, até porque o ônibus chegará à estação de transbordo completamente lotado. Ai o os passageiros já estarão exprimidos como sardinha em lata. Alguns insistem em se arriscarem penduradas na porta traseira, obrigando o motorista a descer e tentar convencer a algum trabalhador, a desistir da volta para casa no horário do fim de seu expediente. Acho que é por isso que a Estação de Transbordo do Iguatemi tem o seu próprio happy hour, num oferecimento dos vendedores de CDs piratas. “Happy” para alguns!

Prefeito, o senhor constatará a má vontade de alguns motoristas e cobradores. Verá muitos deles arrastando os carros antes mesmos que os idosos ou deficientes físicos se acomodem. Sentirá a falta que mais ônibus adaptados fazem aos deficientes físicos de Salvador.

Porque o transporte coletivo de Salvador custa mais caro do que o de Curitiba (PR), que é modelo para muitos países? Porque tenho de pagar mais caro por um serviço de péssima qualidade? A nova tarifa é a terceira mais cara de todo o país e a primeira de toda a região Nordeste.

Não sou a favor de quebra-quebra e desordem, mas não dá para aceitar tudo calado. Sou a favor sim dos estudantes – pegos de surpresa por estarem em período de férias -, irem às ruas protestarem e engrossarem o movimento “A revolta do Buzú 2007”, que já ganhou até comunidade no Orkut – site de relacionamentos na Internet. E você, o que fará que sua voz seja ouvida? Que te respeitem? Não quero ter cerceado meu direito de ir e vim. Por isso, vamos a “luta companheiro”!

Foto: Sammy Williams por Pixabay
Broncas do Rafa – “Não o alimentem com pipoca!”

por Rafael Veloso*

Era uma típica tarde de maio em Salvador. Bastava cair aquela chuvinha fina para ver, nas ruas da capital baiana, o congestionamento de guarda-chuvas e sombrinhas. Motivo para alguns tirarem do armário aquele casaco com cheiro de naftalina, para se protegerem do “frio”. Se é que faz frio nesta cidade.

Apesar de ser usuário do sistema de transportes coletivo – o popular “buzú” – ou mais conhecido como “humilhante”, fui o primeiro a chegar ao local combinado do encontro. Deveríamos realizar um trabalho de faculdade. Não seria nada complicado ou demorado. Entrevistaríamos um repórter do jornal A Tarde.

Aos poucos foram chegando os membros da “patota”, um a um. Eu, “Bia” e “Babinha”. Agora, só faltava esperar a quarta integrante do “grupo dos Minhoquinhas”. De repente, “Liloca” liga para o celular de Babinha e pergunta onde estávamos? “Como assim, onde estávamos? Lá foi ela para a outra entrada. Não prestou a atenção quando disse que era na principal”, pensei eu, já ensaiando o esporro. Que nada! Tive de guardá-lo para uma próxima ocasião. Ela já estava dentro do prédio do jornal, acenando para a gente. Coisas de Liloca!

Fomos recebidos com muita simpatia pelo nosso perfilado e a entrevista corria sem problemas, quando passa pela sala que antecede a redação – onde os visitantes são atendidos -, um jornalista cabeludo, com cara de roqueiro, que verbaliza: “Não o alimentem com pipoca!”. Na hora confesso, que ingenuamente, até pensei que nosso entrevistado gostasse de pipoca doce. Daquelas que vem no saco vermelho. Acho que essa ideia veio conduzida pela fome que estava sentindo no momento ou pelo fato de gostar desse tipo de pipoca.

Finalizado o interrogatório, ele nos acompanha até a portaria. Um papo mais descontraído, motiva Liloca a perguntar o significado da expressão usada por seu colega de trabalho. O pobre jornalista dá um sorriso amarelo e sem jeito, responde explicando que os estudantes de comunicação quando visitam o jornal, cercam os jornalistas e os idolatram como se fossem animais no zoológico em dia de domingo. Mas, como assim?! Cadê o macaquinho e a girafa? E a curiosa não contém o riso, chegando a ficar vermelha.

Essa também vai para os anais da minha vida acadêmica, fazendo companhia com a história da “minhoquinha”. Ah, vocês não conhecem a história da minhoquinha? Então, vamos lá. Podem ficar calmos que serei breve. É sempre bom avisar, antes que um leitor mais afoito desista da leitura.

Havia acabado de ingressar na faculdade de comunicação e após mais uma dessas palestras sobre o futuro da profissão, caminhava até o ponto de ônibus conversando com uma colega de curso, só que do 5° semestre. A conversa girava em torno das dificuldades do estágio em jornalismo. Foi quando ela me disse que estudante do 1° período, como eu, é a terceira pessoa depois do formando. Seguindo esse raciocínio, constatamos que os recém-formados ou os que estão concluindo o curso, são chamados nas redações de “focas”, logo eu, seria uma sardinha. Sardinha, não. Seria a isca da sardinha, ou seja, a fatídica “minhoca”.

E o pior é que o apelido da turma pegou e até a coordenadora do curso, se referia a minha turma de primeiro semestre como a “turma dos minhoquinhas”. Vocês pensam que é fácil essa vida de estudante de jornalismo?

* Texto escrito em 2003.

Broncas do Rafa – Agora é lei?

Ler uma notícia informando sobre o estabelecimento de uma lei municipal vetando o comércio de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, parece um déjà vu. Principalmente, em uma sociedade em que o uso das tais drogas lícitas é comumente aceito, alardeado e publicitado em todos os meios de comunicação, como um item obrigatório na busca da tão almejada felicidade.

Sancionada no mês de setembro pelo prefeito João Henrique, a Lei Municipal 7.107/2006, começará a vigorar a partir do dia 22 de novembro. Todos os bares, restaurantes, casas noturnas e estabelecimentos comerciais de Salvador que forem flagrados vendendo bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, ou que não tiverem afixada em local visível, uma placa informando sobre a proibição, serão punidos.

A punição vai de uma simples advertência, passando por multa de R$ 500, dobrada a cada reincidência, suspensão parcial da permissão para venda de bebida alcoólica, e até a cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento.

A nova lei, atuará na esfera administrativa, já que a cidade necessitava de uma regulamentação especifica. Na esfera cível, o artigo 81 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe a venda a menores de 18 anos “de substâncias com risco de criar dependência”. A punição criminal é feita até hoje, baseada na Lei de Contravenções Penais, elaborada na década de 40, que prevê detenção de até três meses.

Estatísticas anuais comprovam que o número de acidentes de transito e à violência, maiores causas de morte entre os jovens está intrinsecamente ligada a ingestão do álcool e casos de total embriaguez.

Após a leitura atenta da reportagem publicada no jornal A TARDE, do último domingo (dia 22/10), fica a pergunta: vingará a idéia de uma nova lei proibindo a venda de bebidas alcoólicas, se essa iniciativa não estiver atrelada a uma quebra de paradigmas: Uma mudança radical de postura de todo uma sociedade onde o consumo de bebidas alcoólicas iniciada na adolescência é aceito, estimulado pelos meios de comunicação e até pelas próprias famílias?

Todo mundo sabe que vender bebida alcoólica para menos de idade é crime. A proibição já existe, mas não é respeitada. Como forma de colocar ainda mais a sociedade a favor do novo item da legislação, o governo municipal anuncia que os recursos levantados com as multas aos estabelecimentos que descumprirem a Lei 7.107/2006 serão destinados ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA). Esse fundo que financia projetos educativos para crianças e adolescentes em situação de risco social e pessoal, precisava de doações. Em 2005, por exemplo, dos 23 projetos aprovados, somente três poderam ser financiados.

A fiscalização do cumprimento da lei, agora que já foi aprovada, ficará sobe a responsabilidade das polícias Militar e Civil, em parceria com os Conselhos Tutelares, Juizados de Menores, Prefeitura e Promotoria da Infância e Adolescência do Ministério Público Estadual (MPE).

Esperamos que no país da “Lei do Gerson”, onde a premissa é levar vantagem em tudo, nem que para isso tenha que pisar em alguém, a Lei 7.107/2006 não seja só um número a figurar no papel. Que os donos de bares e estabelecimentos comerciais não fiquem tentados ao lucro fácil, que a mais nova lei seja cumprida a risca e que nossos jovens sejam criados conscientes de seus limites.

Diário Pessoal

Confissões

Olá pessoal, eu bem sei que esse aqui é um espaço reservado para publicar textos intrinsecamente ligados a área jornalística e da mídia em geral, mas cometo a mesma intempérie de algum tempo atrás e partilho com vocês (meus três ou quatro leitores), um pouco da minha vida pessoal e da dor e da delicia de ser Rafael Veloso. De ser um “Guerreiro da Luz”, de velar um “não” e ainda sim, continuar a caminhar numa busca incessante pelo verdadeiro sentido na minha vida: O AMOR!

Estou muito feliz, apesar de todas as atribulações, do corre-corre na faculdade e alguns probleminhas de saúde na família (nada grave, mas deixo claro de antemão). O motivo dessa felicidade toda? A resposta é simples descobri que não preciso estar ao lado de alguém para ser feliz. Basta amar essa pessoa. Na verdade, não fiz essa descoberta sozinho. O DVD Isabella Taviani Ao Vivo, em particular a canção Contramão de Vivianne Tosto, me ajudaram muito nisto. Estou, pela segunda vez em menos de seis meses, novamente apaixonado. Se sou correspondido? Não sei. Se isso me importa? Claro! Mas, enquanto me “armo” com as roupas e as armas do Guerreiro da Luz, e crio coragem para me declarar, vou vivendo esse momento especial. Para vocês um obrigado pelos “ouvidos” atenciosos a essa minha confissão, em forma de canção.

Senhoras e senhores com vocês:

Contramão
(de Vivianne Tosto)

A vida inteira eu desejei um beijo seu
Olhos em você, minha solidão
Deixei, por isso, minha boca viajar
Te procurando pela contramão

Que te queria e eu
Conseguia imaginando
Não te resisto, não
Nem te conquisto, então
De castigo vou ficando

Já que eu não beijo sua boca
Beijo então
Seu perfume
Seu cigarro
Já que eu não toco o seu corpo
Toco então
Um violão embriagado

O que eu sabia é
Que te queria e eu
Conseguia imaginando
Não te resisto, não
Nem te conquisto, então
De castigo vou ficando

Boca a boca vai mudando
Essa vontade
Seu exército invadindo
O meu país
Até quando o corpo pede
Essa saudade?
Mesmo a ilusão de amor
Me faz feliz

Que gosto terá,
De orvalho no ar
Tabaco ou saliva?
Se fosse importar
Seu gosto de mar,
Amor ou despedida