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Livro infantil de João Luiz Guimarães e Nelson Cruz é o grande vencedor do Prêmio Jabuti 2021
Livro infantil de João Luiz Guimarães e Nelson Cruz é o grande vencedor do Prêmio Jabuti 2021

O livro infantil Sagatrissuinorana, dos escritores João Luiz Guimarães e Nelson Cruz, foi o grande vencedor do Prêmio Jabuti 2021. A cerimônia de premiação, que foi realizada pela segunda vez em formato virtual, aconteceu na noite desta quinta-feira (dia 25). A 63ª edição do Prêmio Jabuti, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), premiou obras em 20 categorias divididas em 4 eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação. O ator e apresentador Dan Stulbach foi o mestre de cerimônias do evento.

Além da estatueta dourada, os autores de Sagatrissuinorana, João Luiz Guimarães e Nelson Cruz, dividirão o valor de R$ 100 mil. O livro publicado pela ÔZé Editora é uma homenagem ao grande João Guimarães Rosa. A história reconta a fábula dos Três Porquinhos tendo como pano de fundo o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho. Segundo a sinopse, “o texto segue a sintaxe roseana, ao mesmo tempo em que não se furta a registrar criticamente duas das maiores tragédias socioambientais do país – e que tiveram as Minas Gerais como palco”.

Para presidente da Câmara Brasileira do Livro, Vitor Tavares, esse resultado marca a força de um dos maiores motores da literatura nacional: as crianças. “É formando jovens leitores que conseguimos difundir os livros em todas as esferas da sociedade brasileira. Por isso, é tão importante termos uma produção relevante para oferecer aos pequenos. Essa premiação mostra que estamos no caminho certo”, comenta.

Além de Livro do Ano, o Prêmio Jabuti anunciou ganhadores de cada uma das 20 categorias. Os autores são contemplados com a estatueta e o prêmio no valor de R$ 5 mil.

Confira a lista completa dos premiados do Prêmio Jabuti 2021:

Eixo: Literatura

Conto

1º Lugar – Título: Flor de gume | Autora: Monique Malcher | Editora: Jandaíra


Crônica

1º Lugar – Título: Histórias ao redor | Autor: Flávio Carneiro | Editora: Cousa


Histórias em Quadrinhos

1º Lugar – Título: META: Depto. de Crimes Metalinguísticos | Autores: André Freitas, Omar Viñole, Marcelo Saravá e Dayvison Manes | Editora: Zarabatana Books


Infantil

1º Lugar – Título: Sagatrissuinorana | Autores: João Luiz Guimarães, Nelson Cruz | Editora: ÔZé Editora


Juvenil

1º Lugar – Título: Amigas que se encontraram na história | Autoras: Amma e Angélica Kalil | Editora: Quintal Edições


Poesia

1º Lugar – Título: Batendo pasto | Autora: Maria Lúcia Alvim | Editora: Relicário


Romance de Entretenimento

1º Lugar – Título: Corpos secos | Autores: Marcelo Ferroni, Natalia Borges Polesso, Samir Machado de Machado e Luisa Geisler | Editora: Alfaguara


Romance Literário

1º Lugar – Título: O avesso da pele | Autor: Jeferson Tenório | Editora: Companhia das Letras


Eixo: Não Ficção

Artes

1º Lugar – Título: Atlas Fotográfico da cidade de São Paulo e arredores | Autores: Tuca Vieira, Guilherme Wisnik e Henrique Siqueira | Editora: AYO


Biografia, Documentário e Reportagem

1º Lugar – Título: A república das milícias: Dos esquadrões da morte à era Bolsonaro | Autor: Bruno Paes Manso | Editora: Todavia


Ciências

1º Lugar – Título: Ciência no cotidiano: viva a razão. Abaixo a ignorância! | Autora: Carlos Orsi, Natalia Pasternak | Editora: Contexto


Ciências Humanas

1º Lugar – Título: Sobreviventes e Guerreiras | Autora: Mary Del Priore | Editora: Planeta do Brasil


Ciências Sociais

1º Lugar – Título: A razão africana: breve história do pensamento africano contemporâneo | Autor: Muryatan S. Barbosa | Editora: Todavia


Economia Criativa

1º Lugar – Título: Prato Firmeza Preto: Guia Gastronômico das Quebradas de SP | Autores: Guilherme Petro, Jamile Santana, Milu Araujo e Amanda Rahra | Editora: Énois Inteligência Jovem


Eixo: Produção Editorial

Capa

1º Lugar – Título: Sul da fronteira, oeste do sol | Capista: Ana Paula Hentges, Gabriela Heberle, Bruno Miguell Mendes Mesquita e Sabrina Gevaerd | Editora: Alfaguara


Ilustração

1º Lugar – Título: Carona | Ilustrador: Guilherme Karsten | Editora: Companhia das Letrinhas


Projeto Gráfico

1º Lugar – Título: O Médico e o Monstro | Responsável: Giovanna Cianelli | Editora: Antofágica


Tradução

1º Lugar – Título: Divã ocidento-oriental | Tradutor: Daniel Martineschen | Editora: Estação Liberdade


Eixo: Inovação

Fomento à Leitura

1º Lugar – Título: Slam Interescolar SP | Responsável: Emerson Alcalde | Editora: Emerson Alcalde


Livro Brasileiro Publicado no Exterior

1º Lugar – Título: Tupinilândia | Autor: Samir Machado de Machado | Editora: Editions Métailié, Todavia


Veja ou reveja a cerimônia do 63º Prêmio Jabuti

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Jornalista baiana Márcia Moreira lança livro inspirado em experiência de abuso emocional
Jornalista baiana Márcia Moreira lança livro inspirado em experiência de abuso emocional

A jornalista, escritora e roteirista, Márcia Cordeiro Moreira, lança o livro Vida+Leve, nesta quinta-feira (dia 25), das 16h30 às 20h30, no Palacete das Artes, em Salvador. São 20 textos escritos a partir de uma experiencial pessoal de abuso emocional e que propõem uma reflexão sobre como manter a leveza dentro de nós face às muitas tarefas e o estresse que enfrentamos no dia a dia; diante das cobranças da “vida perfeita” feitas, principalmente, pelas redes sociais.  

“Este livro nasceu, principalmente, da minha vontade de falar de um período muito difícil da minha vida em que tive de enfrentar o isolamento, o deboche, o abuso emocional. São reflexões que tive de fazer, na época, para retomar meu equilíbrio emocional e que, agora, estou propondo a outras pessoas através desses textos”, explica Márcia Moreira. “Não estou ditando verdades, mas compartilhando aprendizados”, define. 

O livro Vida+Leve está subdividido em quatro capítulos: Compreender; Aceitar; Mentalizar e Praticar. O primeiro está relacionado a percepção de nossos limites, de nossas falhas. O segundo capítulo fala sobre autoestima e paz consigo mesmo. O terceiro capítulo aborda temas como estabelecer objetivos e a importância do perdão. O último capítulo traz a relevância de práticas como escutar, silenciar e celebrar. Confira, abaixo, entrevista exclusiva com a jornalista e escritora.

Novo selo

O livro Vida+Leve foi publicado pelo selo Bora Publicar, novo braço literário da editora P55. Na ocasião também será lançado o livro de poemas, minicontos e textos, Respirando Letras, de Gustavo Gordilho. “O título é uma brincadeira com o ato de respirar fundo, como algo necessário para se viver”, afirma o autor, que está fazendo sua estreia no mundo literário.

O evento de lançamento dos livros Vida+Leve (R$35) e Respirando Letras (R$40) será área aberta, dentro dos protocolos de segurança necessários por conta da pandemia. Além da versão impressa, ambas as publicações ganham versão digital e podem ser adquiridas no site p55.com.br e, em breve, na Amazon. O lançamento do livro conta com apoio do Palacete das Artes, equipamento cultural do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), vinculado a Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).

Confira entrevista exclusiva com a jornalista, escritora e roteirista, Márcia Cordeiro sobre o livro Lida + Leve:

1) Como surgiu a ideia de reunir esses 20 textos nesta publicação? A pandemia lhe influenciou de alguma forma na produção do livro?

Márcia Moreira – São 20 textos que comecei a escrever a partir de uma experiência muito ruim morando numa cidade fora de Salvador. Passei pelo que as pessoas chamam de ‘tentativa de cancelamento’ ou ‘abuso emocional’ por parte de um grupo de pessoas. Durante quase um ano e meio me senti muito isolada, não tinha todo o suporte emocional, afetivo de amigos, de família que eu tenho. Essa experiência negativa me desestruturou de uma forma que nunca tive na vida e percebi que estava realmente fora do eixo, fora do meu equilíbrio. Então, comecei a buscar coisas que me trouxessem de volta esse equilíbrio. Eu comecei a fazer meditação, a ler textos, descobrir o ho’oponopono, e a fazer várias coisas que me trouxessem de volta a minha paz interior. Isso tudo aconteceu antes da pandemia, então durante a pandemia essa sensação de exclusão, de isolamento, só piorou um pouco. Quando voltei para Salvador, eu senti vontade de escrever sobre esse experiência, mas não no sentido biográfico de falar ‘tal dia aconteceu isso’. Eu quis falar sobre a minha experiência de buscar esse equilíbrio, de buscar esse autoconhecimento, porque comecei a fazer realmente uma revisão, pensando na minha vida, revisar várias coisas, revisar meus valores, me questionar porque também a opinião daquelas pessoas estava me incomodando tanto. Então, eu comecei a escrever um pouco dessa experiência e assim nasceu esse livro Vida + Leve. Comecei a escrever esses textos e assim nasceu o livro com essa ideia de falar desse processo de busca, de autoconhecimento, de equilíbrio, porque muitas vezes a gente acaba percebendo, e entendi isso nesse processo de aprendizado, que às vezes tem coisas que tiram a gente do sério não pela situação em si, mas pela forma como a gente encara e lida com essa situação.

2) Na frase de introdução do livro você fala que as redes sociais “preconizam que a vida deve ser um eterno parque de diversões: só alegrias. Mas a vida adulta inclui muitos outros elementos …”. Como seu livro pode ajudar na aceitação de que “fora dos stories” podemos ter nossos momentos ruins?

Márcia Moreira – Hoje a gente vive o mundo virtual de forma tão intensa que a gente acaba muitas vezes se desconectando da realidade e a realidade é o que eu falo, não é um sorriso de selfie. Ninguém passa 24 horas do dia sorrindo, encantado e feliz. Isso não é humano, isso não faz parte da realidade de ninguém. Então, a primeira coisa é a gente aprender isso. O livro está dividido em quatro capítulos: Compreender, Aceitar, Mentalizar e Praticar e em cada um desses capítulos eu trago cinco textos que falam de coisas diversas, como: você ficar em paz consigo mesmo, sua autoestima, eu falo sobre sonhos, sobre rir de se mesmo, fala sobre manter objetivos que sejam realizáveis. É um processo realmente de aprendizado, porque quando eu falo de vida mais leve, não é no sentido de você achar que tudo vai ficar lindo, tapar o sol com a peneira e dizer ‘não, só vou ver as coisas boas da vida’, ‘vou achar que tudo é ótimo’, ‘só vibrar positivamente’. Muito pelo contrário, é você se manter consciente a respeito do que está acontecendo ao seu redor e de como está a sua vida, o país, o mundo que a gente vive hoje com essa pandemia, que não tá fácil para ninguém e, ainda assim, você conseguiu se manter em paz e em equilíbrio. Não estou trazendo ensinamentos de lições de vida, não são 20 passos para ter uma vida tranquila. Não é isso. A minha proposta é que esses 20 textos proponham uma reflexão para que as pessoas, cada uma dentro do seu caminho, dentro das suas possibilidades, encontrem sua própria paz interior e consigam desenvolver esse olhar de leveza em relação ao seu dia a dia.

3) Como sua experiência pessoal pode ajudar os leitores?

Márcia Moreira – Eu espero, realmente, que esse livro possa indicar caminhos. Eu não estou propondo ensinamentos, estou compartilhando aprendizados. Eu espero que essas coisas que aprendi, que refleti, que realmente me ajudaram a encontrar meu equilíbrio, possam também, de alguma forma, ajudar outras pessoas. Eu vou, inclusive, ler um trecho de um texto do livro, que se chama Gratidão. ‘A gratidão não está associada a grandes momentos, mas a todos os momentos. Agradecer sempre por um dia de sol, por um dia de chuva, por uma música que toca nosso coração, por um filme que nos faz chorar, por uma comida gostosa, por um sorriso espontâneo, um abraço acolhedor. Ser grata pela vida e por tudo que dela emana. Essa prática nos ajuda a desenvolver um olhar mais generoso em relação ao nosso dia a dia‘.

4) O livro Vida + Leve está sendo publicado pelo selo Bora Publicar, da editora P55. Como você vê o mercado editorial para novos autores?

Márcia Moreira – Eu percebo que existe uma demanda muito grande de pessoas que escrevem, que se expressam através da escrita, seja por poemas, seja por contos, seja por textos mesmo variados e que querem publicar e às vezes não conseguem ter acesso a editoras. Então, primeiro eu sugiro que quem estiver pensando em publicar alguma coisa que procure editoras baianas. Nós temos várias editoras baianas no mercado. Eu já sou parceira da P55 já há algum tempo e esse é meu segundo livro que publico com eles. Dessa vez do selo ‘Bora Publicar’, mas já publiquei antes um livro de contos e poesias chamado As muitas mulheres em mim. Esse selo chega com a proposta diferenciada, que é justamente para quem já tem textos prontos e que está buscando uma forma de publicar de maneira mais rápida e menos burocrática e a Bora Publicar nasce, exatamente, com esse intuito, de fazer essa ponte entre o autor e os leitores.

5) Agora que este filho já está no mundo, há planos para uma nova publicação?

Márcia Moreira – Depois do Vida + Leve já estou escrevendo outro livro que tem a ver com essa experiência de situação de isolamento, de exclusão, e que são contos que eu comecei a escrever. Todos os contos tem como fio condutor o silêncio. O silêncio é o tema que perpassa todos esses contos. E já estou com uma ideia também de escrever um novo livro dentro dessa linha do Vida + Leve, de textos para falar sobre contemplação que é uma coisa que eu acho importantíssima no nosso dia a dia e que, muitas vezes, a gente deixa de fazer, deixa de praticar.

Serviço:

O quê: Lançamento dos livros Vida+Leve, de Márcia Cordeiro Moreira e Respirando Letras, de Gustavo Gordilho

Quando: quinta-feira (dia 25), das 16h30 às 20h30

Onde: Palacete das Artes (Rua da Graça, 284, Graça, Salvador-BA)

Mais informações: no site da editora P55 e no Instagram da escritora @marciamm8

Ouça a entrevista completa com a jornalista e escritora Márcia Moreira no episódio #23 do Podcast Destaques da Semana

Movimento de escritoras e poetas retoma encontros poéticos em Salvador
Movimento de escritoras e poetas retoma encontros poéticos em Salvador

As mulheres escritoras e poetas do Movimento Exploesia retomam suas atividades presenciais, regadas à música e poesia autoral do grupo. No segundo encontro após um longo recesso devido ao contexto pandêmico, o coletivo se reúne nesta quinta-feira (dia 25), a partir das 19h, na Fratello Pizzaria, no bairro da Graça, em Salvador. O público poderá desfrutar da apresentação do poema Tabacaria, de Fernando Pessoa (1888-1935), que será declamado pela poeta Vitória Régia.

As escritoras Vitória Régia e Dilu Machado criaram em janeiro de 2015 o Movimento Exploesia para acolher, revelar e dar voz à poesia autoral produzida por mulheres baianas, que encontram barreiras para trazer à tona seus talentos. Exploesia quer dizer explosão de poesias, mas as apresentações do grupo dialogam com outras linguagens artísticas como a música e a expressão corporal.

O grupo realiza eventos mensais em cafés e restaurantes, para mostrar que a poesia está pulsante e dialoga com variadas artes. A intenção é que as mulheres tragam a público suas produções literárias e que não fiquem no anonimato, como a falecida poeta Clotilde Sampaio, mentora do movimento. Atualmente o Movimento Exploesia totalizam 40 poetas, integradas ao longo das 63 edições realizadas até março de 2020.

As escritoras também se apresentam em hospitais, escolas, abrigos e feiras literárias, como a Festa Literária Internacional do Pelourinho – FLIPELÔ deste ano. Em 2019, elas montaram um espetáculo no Café-Teatro Rubi, na capital baiana. Desde o início da pandemia, realizaram mais de cem lives incluindo a primeira edição da Feira Literária Internacional do Movimento Exploesia – Fliexplô, num intercambio com poetas de Portugal.

Serviço:

O quê: Encontro do Movimento Exploesia

Quando: quinta-feira (dia 25), a partir das 19h

Onde: Fratello Pizzaria (Rua da Paz, nº 2, Graça, Salvador-BA)

Mais informações: Saiba mais sobre o grupo nas redes sociais: Instagram @movimentoexploesia e Facebook Movimento Exploesia

Inscrições abertas para o Prêmio São Paulo de Literatura 2021
Prêmio São Paulo de Literatura anuncia os ganhadores da 14ª edição

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira (dia 23) os ganhadores da 14ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura, o maior do país em premiação individual para o gênero. O mineiro Edimilson de Almeida Pereira conquistou a categoria de Melhor Romance do Ano de 2020, com a obra Front, da Editora Nós, e a gaúcha Morgana Kretzmann venceu na categoria Melhor Romance de Estreia do Ano de 2020, com o livro Ao pó, da Editora Patuá. Cada ganhador receberá o prêmio em dinheiro de R$ 200 mil.

Esta edição do prêmio contou com 21 finalistas, devido ao empate técnico pelo corpo de jurados na categoria Melhor Romance de Estreia. Participaram autores de oito estados brasileiros: foram sete de São Paulo; três do Rio de Janeiro; três do Rio Grande do Sul; três de Minas Gerais; dois da Bahia; um de Goiás; um do Paraná e um de Pernambuco. Ao todo, 281 livros foram inscritos na premiação, um recorde comparado ao ano anterior, quando houve 200 publicações inscritas.

Responsável pela definição dos dois vencedores, o júri do Prêmio São Paulo de Literatura foi composto por: Eduardo Cesar Maia, Flávio Carneiro, Iris Amâncio, Juliana de Albuquerque, Ketty Valencio, Leo Lama, Luciana Araujo Marques, Paula Fábrio, Paulo Lins e Tom Farias.  Já a curadoria foi de Claudia Lage, Lígia Ferreira, Eduardo Wolf e Martim Vasques da Cunha.

Os grandes vencedores

Edimilson de Almeida Pereira nasceu em Juiz de Fora (MG), é poeta, ficcionista, ensaísta, professor e pesquisador da cultura e da religiosidade afro-brasileiras. Pereira é Professor Titular de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Autor prolífico, com dezenas de livros e artigos.

Morgana Kretzmann nasceu na cidade de Tenente Portela, interior do Rio Grande do Sul, mas vive em São Paulo. É atriz, roteirista e produtora cultural, com prêmios nacionais e regionais. Também é formada em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Santa Catarina. Ao pó é seu romance de estreia.

Confira a lista completa com os finalistas da 14ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura:

  • Melhor Romance do Ano de 2020

Edimilson de Almeida Pereira, Front (Nós)

Giovana Madalosso, Suíte Tóquio (Todavia)

Jeferson Tenório, O avesso da pele (Schwarcz)

Maria José Silveira, Maria Altamira (Instante)

Menalton Braff, Além do Rio dos Sinos (Reformatório)

Michel Laub, Solução de dois estados (Schwarcz)

Nélida Piñon, Um dia chegarei a Sagres (Record)

Noemi Jaffe, O que ela sussurra (Schwarcz)

Sandra Godinho, Tocaia do Norte (Penalux)

Sheyla Smanioto, Meu corpo ainda quente (Nós)

  • Melhor Romance de Estreia do Ano de 2020:

Caê Guimarães, Encontro você no oitavo round (Record)

Emmanuel Mirdad, Oroboro baobá (Penalux)

Eury Donavio, Fiados na esquina do céu com o inferno (Coqueiro)

Glaucia Vale & Willian Vale, A mãe do ouro (Giostri)

José Falero, Os supridores (Todavia)

Marcela Dantés, Nem sinal de asas (Patuá)

Mariana Brecht, Brazza (Moinhos)

Morgana Kretzmann, Ao pó (Patuá)

Renata Belmonte, Mundos de uma noite só (Faria e Silva)

Sidnei Xavier dos Santos, A linha augusta do campo (Quelônio)

Wagner G. Barreira, Demerara (Instante)

Festa Literária do Ceará debate relações homoafetivas em evento on-line
Festa Literária do Ceará debate relações homoafetivas em evento on-line

Depois de discutir racismo e inclusão social nos romances publicados por autores brasileiros no último ano, é a vez da Festa Literária do Ceará (FLAC) mostrar a sensibilidade de autores que tratam de relações homoafetivas em suas obras. A mesa Arde sem se ver, com Stênio Gardel e Flavio Cafiero acontece nesta quinta-feira (dia 18), às 19h30, com transmissão gratuita pelo canal da FLAC no YouTube.

Em A palavra que resta, seu romance de estreia, o cearense Stênio Gardel conta a história de Raimundo, que, criado na zona rural, nunca pôde assumir um relacionamento com outro homem. Aos 71 anos, já morando na capital, muito tempo depois daquele namoro brutamente interrompido, ele quer aprender a ler para saber o que há numa carta escrita pelo amor da adolescência.

Ao lado de Gardel, publicado pela Companhia das Letras, estará o carioca Flavio Cafiero. Radicado em São Paulo, finalista dos prêmios Jabuti e São Paulo de Literatura, Cafiero já recebeu elogios por Diga que não me conhece. No romance, lançado pela editora Todavia, o personagem Tato tenta superar o fim do relacionamento com Fabiano, mas a mudança para um novo apartamento em um bairro central da capital paulista não é suficiente para se recuperar da desilusão amorosa.

Serviço:

O quê: Festa Literária do Ceará (FLAC) – Mesa Arde sem se ver, com Stênio Gardel e Flavio Cafiero

Quando: quinta-feira (dia 18), às 19h30

Onde: transmissão ao vivo pelo canal da FLAC no YouTube

Quanto: gratuito

A sexta edição da Festa Literária do Ceará promoverá ainda mais cinco mesas de escritores do Brasil, e mais cinco encontros com autores cearenses.


SEMANA 4

Terça-feira (dia 23/11)

Ceará Protagonista – Entrevista aberta com Tércia Montenegro

Quinta-feira (dia 25/11)

Mesa Animalidade moral, com Antônio Xerxenesky (Uma tristeza infinita), Noemi Jaffe (O Que Ela Sussurra) e mediação de Humberto Pinheiro


SEMANA 5

Terça-feira (dia 30/11)

Ceará Protagonista

Entrevista aberta com Marco Severo

Quinta-feira, 02.12

Mesa O fabuloso Brasil, com Marcelo Vicintin (As sobras de ontem), Angélica Freitas (Canções de atormentar) e mediação de Juliana Diniz


SEMANA 6

Terça-feira (dia 07/12)

Ceará Protagonista

Entrevista aberta com Lorena Portela

Quinta-feira (dia 09/12)

Mesa Corpo Presente com Tatiana Salem Levy e Adriana Negreiros

Prêmio Jabuti revela os cinco finalistas de cada categoria da sua 63ª edição
Prêmio Jabuti revela os cinco finalistas de cada categoria da sua 63ª edição

Foi revelada nesta terça-feira (dia 16) a lista com os cinco finalistas de cada uma das 20 categorias da 63ª edição do Prêmio Jubuti. Os vencedores serão anunciados na cerimônia de premiação, que acontece no dia 25 de novembro, às 19h, pelo YouTube da Câmara Brasileira do Livro (CBL). O editor e tradutor Marcos Marcionilo é o responsável pela curadoria da grande premiação do livro brasileiro. Ana Elisa Ribeiro, Bel Santos Mayer, Camile Mendrot e Luiz Gonzaga Godoi Trigo integraram o conselho curador, que selecionou as publicações inscritas no prêmio.

Vitor Tavares, presidente da CBL, celebra o crescimento da procura das editoras no prêmio em uma edição tão importante. “Este ano houve 3.422 inscrições, 31% a mais de obras inscritas do que em 2020. E, nesta edição, que celebra o nosso grande escritor Ignácio de Loyola Brandão, esse número prova uma perspectiva cada vez mais otimista com o futuro da nossa literatura”, afirma Vitor. “São mais de seis décadas construindo notoriedade e estamos muito contentes em saber que o prêmio mantém-se relevante para os amantes da leitura e representantes da indústria produtiva e criativa do livro”, explica.

Neste ano, o Prêmio Jabuti homenageia o escritor Ignácio de Loyola Brandão. Autor de 47 livros e membro da Academia Brasileira de Letras, a Personalidade Literária do ano também coleciona prêmios, entre eles, cinco estatuetas do Jabuti. Outra novidades da premiação é que em 2021, o eixo Livro transforma-se em Produção Editorial. Já o eixo Ensaios, agora, é Não Ficção. As categorias, porém, continuam separadas em quatro eixos temáticos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação.

A categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior – uma parceria da CBL com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) – , que condecora as editoras nacional e internacional da obra vencedora, passa também por mudanças. A partir desta edição, além da famosa estatueta em forma de jabuti, a casa editorial brasileira é contemplada com uma Bolsa de Apoio à Tradução no valor de R$ 5.000,00. O montante poderá ser utilizado para traduzir um novo título do português para qualquer outro idioma. Caso a editora não seja participante do Projeto Brazilian Publishers, ela receberá a filiação completa por 12 meses. A editora estrangeira receberá a estatueta.

Confira a lista completa e em ordem alfabética com os livros finalistas da 63ª edição do Prêmio Jabuti:

Consulte mais informação
Gilberto Gil é eleito para uma vaga na Academia Brasileira de Letras
Gilberto Gil é eleito para a Academia Brasileira de Letras

O músico baiano Gilberto Gil foi eleito para ocupar a Cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na tarde desta quinta-feira (dia 11), em sucessão ao acadêmico e jornalista Murilo Melo Filho, falecido em 27 de maio de 2020. Gil, de 79 anos, recebeu 21 votos dos 34 acadêmicos que participaram da eleição de forma presencial ou virtual.

“Gilberto Gil traduz o diálogo entre a cultura erudita e a cultura popular. Poeta de um Brasil profundo e cosmopolita. Atento a todos os apelos e demandas de nosso povo. Nós o recebemos com afeto e alegria”, afirmou Marco Lucchesio, presidente da ABL.

Gil usou uma rede social para comemorar a eleição à ABL. “Muito feliz em ser eleito para a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras. Obrigado a todos pela torcida e obrigado aos agora colegas de Academia pela escolha”, escreveu o novo imortal, autor do livro Todas as letras, lançado em 1996 e que reúne cerca de 470 canções compostas por ele.

A cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras, que tem como patrono Joaquim Manuel de Macedo, foi ocupada anteriormente por Salvador de Mendonça (fundador), Emílio de Meneses, Humberto de Campos, Múcio Leão e Aurélio de Lyra Tavares. Permanecem vagas ainda as cadeiras de número 12, do professor Alfredo Bosi, morto no dia 7 de abril de 2021; a 39, do vice-presidente da República Marco Maciel, morto no dia 12 de junho deste ano; e a cadeira 2, ocupada pelo professor Tarcísio Padilha, que morreu no dia 9 de setembro.

Um músico na política

Gilberto Gil iniciou sua carreira no acordeon, ainda nos anos 1950, inspirado por Luiz Gonzaga e pela sonoridade do Nordeste. Com a ascensão da Bossa Nova, Gil troca o instrumento pelo violão, e em seguida pela guitarra elétrica. Seu primeiro disco, Louvação, lançado em 1967, já trazia sua forma particular de apresentar elementos regionais, como nas canções Louvação, Procissão, Roda e Viramundo.

Em 1963 inicia com Caetano Veloso uma parceria e juntos lançam a Tropicália. O movimento gera descontentamento da ditadura vigente, que o considera nocivo à sociedade com seus gestos e criações libertárias, e acaba por exilar os parceiros. O exílio em Londres contribui para a influência do mundo pop na obra de Gil, que grava inclusive um disco em Londres, com canções em português e inglês. Ao retornar ao Brasil, Gil dá continuidade a uma bem sucedida produção fonográfica. Ao todo, são quase 60 discos e em torno de 4 milhões de cópias vendidas, tendo sido premiado com 9 Grammys.

Em janeiro de 1987, Gil assumiu a presidência da Fundação Gregório de Mattos, autarquia da Prefeitura de Salvador responsável pela gestão cultural do município. Em 1988, se elege vereador de Salvador pelo então PMDB. Em 1999, filia-se ao Partido Verde (PV). Em 2002 retorna a vida política, ao ser nomeado como titular do Ministério da Cultura, na primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.