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Musical "O Caminho dos Mascates" apresenta temporada no mês das crianças em Salvador
Espetáculo musical “O Caminho dos Mascates” será apresentado em bairro boêmio de Salvador

O espetáculo musical O Caminho dos Mascates será apresentado gratuitamente no Largo da Mariquita, no bairro boêmio do Rio Vermelho, em Salvador. A apresentação, que faz parte da circulação comemorativa de 13 anos do Coletivo DUO acontece desta quinta-feira até domingo (dias 9, 10, 11 e 12), a partir das 17h. A sessão do dia 10 de fevereiro terá acessibilidade em Libras. A montagem convida o público a dançar, se divertir e refletir a respeito da derrubada de uma muralha, repleta de ilusões – geográficas e racionalistas, que divide “ficcionalmente” o Brasil do Unidos Estados do Nordeste (UENE).  

Com direção cênica de Elisa Mendes, o espetáculo é permeado de referências coletivas do ser nordeste, de um povo imaginário que em trânsito construiu um Brasil. O espetáculo tem dramaturgia de Denisson Palumbo e interpretação de Israel Barretto (Antônio Corrente), Marcos Lopes (Antônio das Velhas) e Saulus Castro, ator que também assina a direção musical.

Uma muralha separa Brasil e Unidos Estados do Nordeste (UENE), em O Caminho dos Mascates. Um plebiscito questiona a população se a muralha deve ou não ser derrubada, muralha que limita movimentos, trânsitos de memórias. No fluxo de ser e estar nesses territórios estão os mascates – vendedores viajantes constituídos de caminhos -, que carregam em suas malas ausências, histórias e desejos. 

Neste bailar, o espetáculo tem uma musicalidade que traz a pluralidade dos Nordestes. Baiões, Bois, Aboios, Sambas de roda, Maracatus, Cavalos Marinho, Frevos, Emboladas, Carimbós, Xotes, Xaxados, Serestas e tantas outras sonoridades do Brasil-Profundo. Diversidade de ritmos do Brasil-Profundo que fazem parte da poética musical e dramatúrgica do grupo.

Circulação

Fundado em 2010 por Saulus Castro e Jonatan Amorim, o Coletivo DUO é atualmente composto pelos multiartistas Saulus Castro, Marcos Lopes, Israel Barretto e Denisson Palumbo. O grupo vai levar o projeto Duo 13 anos a 13 municípios baianos – Salvador, Itabuna, Camacan, Canavieiras, Ilhéus, Rio de Contas, Andaraí, Morro de Chapéu, Lençóis, Ribeira do Pombal, Tucano, Cícero Dantas e Euclides da Cunha. Serão apresentados cinco espetáculos do repertório do Coletivo DUO: O Barão das Árvores, Em busca da Ilha Desconhecida, Jonas: dentro do grande peixe, Memórias do Fogo e a mais recente montagem O Caminho dos Mascates. O projeto DUO 13 anos foi contemplado pelo Edital Setorial de Teatro em 2019 e tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.

Serviço:

O quê: Coletivo DUO 13 anos – temporada espetáculo O Caminho dos Mascates 

Quando: de quinta a domingo (dias 9, 10, 11 e 12/02), às 17h

Onde: Largo da Mariquita, Rio Vermelho, Salvador-BA

Secretaria da Cultura anuncia suspensão da programação do Teatro Castro Alves após incêndio
Secretaria da Cultura anuncia suspensão da programação do Teatro Castro Alves após incêndio

A Secretaria da Cultura do Estado da Bahia (Secult) anunciou a suspensão da programação do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, após incêndio no telhado do maior complexo cultural baiano ocorrido nesta quarta-feira (dia 25). O cancelamento dos eventos agendados para a Sala Principal do teatro e a Sala do Coro até o mês de fevereiro é em decorrência dos danos causados pelo incêndio.

A primeira reunião do Grupo de Trabalho, que tem como principal demanda a reparação dos danos sofridos ao equipamento cultural, após o sinistro, e a retomada das atividades na Sala Principal do TCA, ocorreu na manhã desta quinta-feira (26). Presentes à reunião, os gestores das secretarias da Cultura, Bruno Monteiro; de Turismo, Maurício Bacelar; e da Casa Civil, Carlos Melo; o coronel do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, Aloísio Fernandes; e o diretor do Teatro Castro Alves, Moacyr Gramacho.

O encontro resultou no mapeamento da situação e estabelecimento um cronograma de trabalho. As fases do trabalho preliminar às intervenções incluem perícia no local, que já foi iniciada pela Polícia Técnica e avaliação da estrutura civil do espaço, que será executada pela Defesa Civil de Salvador (Codesal).

Em uma ação conjunta, órgãos do Governo do Estado atuam com prioridade na intervenção. O trabalho para o restabelecimento do funcionamento da Sala Principal do TCA será realizado por fases e envolve a atuação de diversos órgãos. “Com a responsabilidade que a gente precisa ter, por se tratar de um patrimônio tombado, cujas consequências do sinistro ainda serão avaliadas e periciadas, nós anunciamos a suspensão da pauta da Sala Principal do TCA, em fevereiro”, explica o secretário de Cultura, Bruno Monteiro.

A primeira fase do trabalho de recuperação depende da perícia realizada pela Polícia Técnica, que teve início na manhã desta quinta-feira (dia 26). Em seguida, as equipes de limpeza e manutenção do teatro entram em ação, para que então, a Codesal possa assumir a avaliação de possíveis danos causados à macroestrutura do TCA. Só depois, a Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur), será acionada para dimensionar e apresentar um orçamento da obra de recuperação.

Incêndio

O incêndio que atingiu o TCA, na quarta-feira (dia 25), ficou confinado entre duas proteções do terraço, mas não chegou a invadir as áreas internas do teatro. O primeiro acesso do Corpo de Bombeiros ocorreu pelo telhado do teatro. Quando as chamas foram controladas, a parte superior do telhado foi aberta, permitindo a ventilação natural, que reduziu o calor e permitiu a identificação dos focos do incêndio, controlando-o. Quando a fumaça do incêndio começou a ser percebida, todos os espaços do Teatro Castro Alves foram evacuados e ninguém ficou ferido.

Ficam adiados o show da cantora Adriana Calcanhotto, que ocorreria em 26 de janeiro na Sala Principal; as sessões da peça Koanza: do Senegal ao Curuzu, dos dias 27, 28 e 29 de janeiro na Sala do Coro; e o projeto Domingo no TCA, que ocorreria em 29 de janeiro na Sala Principal do Teatro Castro Alves.

Espetáculo “Maldita Seja” volta a cartaz com temporada de verão em Salvador
Espetáculo “Maldita Seja” volta a cartaz com temporada de verão em Salvador

O espetáculo Maldita Seja volta a cartaz com temporada de verão no Teatro Sesi Rio Vermelho, em Salvador. A encenação, que é assinada por Hyago Matos, duplamente indicado em 2022 ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria Revelação pela direção das peças Antígona e As Centenárias, retorna ao palco após duas bem sucedidas temporadas em teatros da capital baiana. A peça fica em cartaz nos três finais de semana seguidos, às sextas, sábados e domingos – de 13 a 29 de janeiro, sempre às 20h. Os ingressos custam R$40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) e podem ser comprados na bilheteria do teatro ou pelo Sympla.

Maldita Seja coloca em cena as atrizes Vivianne Laert (no papel de Cema) e Veridiana Andrade (atuando como Nevinha), personagens criados pelo dramaturgo Paulo Henrique Alcântara, que escreveu a peça especialmente para Hyago Matos. A parceria artística entre dramaturgo, diretor e atrizes é antiga. Paulo Henrique Alcântara já dirigiu Vivianne Laert por duas vezes em Álbum de Família, de Nelson Rodrigues, em 2008, e em A Lira dos Vinte Anos, de Paulo César Coutinho, em 2016.

Professor da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Paulo Henrique Alcântara escreveu e dirigiu a peça Sublime é a Noite, em 2017, para uma turma de formandos do curso de Interpretação Teatral, da qual faziam parte Hyago Matos e Veridiana Andrade.

A história

A peça Maldita Seja se desenvolve em torno de duas criadas, Cema, a mais velha, e Nevinha, a mais nova. Durante o velório do patrão, figura influente em uma cidade do interior, elas atravessam a madrugada na cozinha do casarão onde moram, revirando o passado da família para a qual trabalham. Ao longo dos anos a devotada Cema fez da cozinha seu porto seguro, mirante de onde muito viu e ouviu. Ela sempre se esmerou em servir, atenta aos chamados dos quartos, aos pedidos na mesa do jantar. Vigilante, está pronta a cuidar, fiel guardiã.

Enquanto o patrão é velado na sala de visitas, Cema permanece na cozinha, onde desfia seu rosário e conta, por insistência de Nevinha, histórias envolvendo a família do morto, relatos, por vezes, parecidos com as tramas das novelas de rádio que Nevinha tanto aprecia. À medida em que as horas avançam, Nevinha escuta novos segredos, capítulos marcados por discórdias e dolorosas separações. Mas, para surpresa de Cema, o amanhecer vai trazer um acerto de contas com o seu próprio passado, após ser descoberto algo que vai mudar para sempre a vida da criada.

O contexto da peça e suas personagens, colocadas em papel de subalternidade, suscitam reflexões de ordem social e permitem, enquanto afloram as suas histórias pessoais, discussões de fundo político, levantando oportunas abordagens sobre desigualdade social, opressão feminina e preconceito.

A montagem tem cenário criado por Maurício Pedrosa, figurino de Guilherme Hunder, iluminação de Otávio Correia, trilha sonora de Luciano Bahia, maquiagem de Julia Laert e contrarregragem de Bárbara Laís. A produção está a cargo de Clarissa Gonçalves.

Serviço:

O quê: temporada de Verão do espetáculo Maldita Seja

Quando: sextas, sábados e domingos de janeiro (dias 13, 14 e 15, 20, 21 e 22, 27, 28 e 29), às 20h, no Teatro Sesi Rio Vermelho (Rua Borges dos Reis, nº 9, Rio Vermelho, Salvador – BA)

Quanto: ingressos a R$40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), que podem ser comprados na bilheteria do teatro ou pelo Sympla

O legado de um homem é o tema do espetáculo "Fantasia de Guerra" que estreia em Salvador
O legado de um homem é o tema do espetáculo “Fantasia de Guerra” que estreia em Salvador

“Todo homem tem que deixar um legado?”. Esse é o tema central de Fantasias de Guerra, espetáculo de pré-formatura do ator Marcos Lopes, que estreia em Salvador. A montagem tem texto inédito de autoria do dramaturgo Gil Vicente Tavares, também diretor do espetáculo e professor orientador do curso de Interpretação Teatral, na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A peça fica em cartaz no Teatro Martim Gonçalves, de 6 a 29 de janeiro, sextas e sábados, às 20h e domingos, às 19h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) e estão à venda na plataforma Sympla.

Marcos Lopes já é conhecido do público de Salvador, com atuação nas áreas de Teatro, Circo, Música e Produção Cultural. Integrante do Coletivo Duo Teatro e da Trupe Musiclauns, foi indicado ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias Ator e Espetáculo Infantojuvenil com seu espetáculo solo O barão nas árvores. Integrou o elenco das peças Redenção e As Tentações de Padre Cícero, essa última sob a direção de Gil Vicente Tavares. Em Fantasia de Guerra, o ator se volta a uma cena mais intimista, proposta pela dramaturgia do autor, centrada na interpretação e na relação do ator com o texto.

O espetáculo narra o encontro de dois homens, um Soldado e um Fugitivo, que se encontram em meio à guerra e passam a viver juntos para sobreviver. Estes, serão interpretados por Marcos Lopes e Marcelo Praddo, ator convidado para dividir o palco com Marcos. A questão do legado permeia o diálogo das personagens, onde visões de mundo, da guerra e da vida são postas à prova, durante os dias de convivência entre o Soldado e o Fugitivo.

Neste trabalho, Lopes passeia por um novo caminho interpretativo e exercita a sua diversidade de atuação. Feliz e com as melhores expectativas para a conclusão desse ciclo, ele espera que este trabalho “seja uma grande celebração, mas que também seja um espetáculo que de alguma forma impacte as pessoas pela sua temática, pelo que traz de reflexão, pelo momento que o país vive de total destruição, que é um pouco do que a peça fala, a saída desse processo de destruição para um processo de renascimento, tanto na peça quanto no país”.

A ficha técnica reúne um time de profissionais conhecidos e premiados da cena teatral soteropolitana, como Eduardo Tudella, que assina a cenografia e a iluminação do espetáculo. O músico Luciano Bahia é o responsável pela trilha e a direção musical. Já o figurino é de Guilherme Hunder. Fantasia de Guerra é uma realização da Escola de Teatro da UFBA, conta com a parceria do Teatro NU e apoio do estúdio Arroyo, sob a direção de produção de Letícia Aranha.

Serviço:

O quê: espetáculo Fantasia de Guerra, com os Marcos Lopes e Marcelo Praddo

Onde: Teatro Martim Gonçalves – Escola de Teatro da UFBA (Av. Araújo Pinho, 292, Canela, Salvador – BA)

Quando: sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h, de 6 a 29 de janeiro

Quando: os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$10 (meia-entrada) e estão à venda na plataforma Sympla

O legado de um homem é o tema do espetáculo "Fantasia de Guerra" que estreia em Salvador
O ator Marcelo Praddo contracena com Marcos Lopes no espetáculo Fantasia de Guerra – Fotos: Diney Araújo
Balé Teatro Castro Alves volta a cartaz com espetáculo em homenagem a Gilberto Gil
Feira de Santana recebe espetáculo de dança em homenageia a Gilberto Gil

A cidade baiana de Feira de Santana recebe o espetáculo de dança Viramundo, do Balé Teatro Castro Alves (BTCA), que homenageia os 80 anos de Gilberto Gil. A apresentação acontece nesta quarta-feira (dia 7), às 20h, no SESC Feira Centro e o ingresso será trocado por 1kg de alimento. A montagem é inspirada pela riqueza da obra do cantor e compositor baiano, sob direção e criação coreográfica de Duda Maia e música original do maestro Ubiratan Marques, executada pela Orquestra Afrosinfônica.

Todo o elenco do BTCA está em cena, ressoando as danças que Gilberto Gil, em sua figura e em sua produção, desperta em seus corpos. Um roteiro musical dançado – ou um roteiro de dança musicada – nasce do acordo criativo entre Duda e Ubiratan. Na conexão entre ancestralidade e futuro, raízes e profecias, sertão e litoral, ecologias e tecnologias, despontam a diversidade, a atemporalidade, a generosidade.

“Mais do que transformar a obra de Gil em dança, a ideia foi de apropriar a musicalidade de Gil e produzi-la com o corpo”, revela Duda Maia, que conduziu uma verdadeira imersão com o Balé Teatro Castro Alves durante dois meses de processo criativo. “Perseguimos uma obra essencialmente brasileira, e a textura, a qualidade de movimento, quer trazer o espectador para dentro da cena. Diminuímos a distância entre quem vê e quem está no palco”, completa a diretora.

Para a criação da trilha sonora original, nascida dos embriões que Gil inventa e ecoa, Ubiratan Marques se baseou em três movimentos de percepção da obra do homenageado: o 1º movimento, Sertão; o 2º, Tropicália; e o 3º, Expresso 2222. São sonoridades que representam sua leitura e remetem às características próprias de Gilberto Gil, misturadas a trechos de suas canções em novos arranjos. A Orquestra Afrosinfônica executa a música, gravada para a circulação fora de Salvador.

No elenco de intérpretes-criadores, estão Adriana Bamberg, Agnaldo Fonsêca, Ângela Bandeira, Cristian Rebouças, Dayana Brito, Dina Tourinho, Douglas Amaral, Evandro Macedo, Fátima Berenguer, Fernanda Santana, Gilmar Sampaio, Jai Bispo, Joely Pereira, Konstanze Mello, Lílian Pereira, Luís Molina, Luíza Meireles, Maria Ângela Tochilovsky, Mirela França, Mônica Nascimento, Paullo Fonseca, Renivaldo Nascimento (Flexa II), Rosa Barreto, Ruan Wills e Solange Lucatelli.

Completando a ficha técnica deste projeto idealizado por Ana Paula Bouzas, ex-diretora artística do BTCA, Renata Mota assina a cenografia, Adriana Ortiz está na iluminação, Hisan Silva e Pedro Batalha, dupla dirigente da marca Dendezeiro, criaram o figurino e o Centro Técnico do TCA assumiu as soluções de cenotecnia. Anna Paula Drehmer e Ticiana Garrido, membros do BTCA, são assistentes de coreografia e Marcelo Jardim é preparador vocal convidado.

Serviço:

O quê: Espetáculo Viramundo do Balé Teatro Castro Alves

Quando: quarta-feira (dia 7/12), às 20h

Onde: SESC Feira Centro (Praça Carlos Bahia, s/n, Centro, Feira de Santana-BA)

Quanto:  ingresso é trocado por 1kg de alimento

Classificação indicativa: 12 anos

Informações: (75) 3602-0028

Espetáculo "Koanza: do Senegal ao Curuzu” encerra temporada 2022 do "Domingo no TCA"
Espetáculo “Koanza: do Senegal ao Curuzu” encerra temporada 2022 do “Domingo no TCA”

O espetáculo Koanza: do Senegal ao Curuzu com o ator Sulivã Bispo encerra a temporada 2022 do Domingo no TCA, na sala principal do Teatro Castro Alves, em Salvador. O projeto, que está em seu 16º ano, abre as portas do principal complexo cultural baiano para grandes espetáculos e variados públicos ao preço de R$ 1 (inteira) e R$ 0,50 (meia-entrada). Nesta edição especial, Koanza terá as participações do Ilê Aiyê, AfroBapho e Nildinha Fonseca. A sessão será no dia 4 de dezembro, às 11h, e os ingressos serão vendidos apenas no dia do evento, no local, a partir das 9h, com acesso imediato à plateia do teatro.

Sucesso de público nas temporadas que fez no Teatro Sesi Rio Vermelho e na Sala do Coro do TCA, com ingressos esgotados, o espetáculo dirigido por Thiago Romero é protagonizado pela personagem Koanza, uma senhora riquíssima nascida no Senegal. Bem-sucedida no comércio de joias e tecidos senegaleses para a diáspora negra, makota (cargo feminino de grande valor no Candomblé), sofisticada e moradora do Corredor da Vitória, em Salvador, ela é uma mulher de saberes ancestrais, chique e consciente do mundo desigual em que vivemos, comprometida com um papel ativo na reafricanização e nas lutas antirracistas, que ela refina com empenho, elegância e humor.

“Koanza denuncia o racismo que sofro cotidianamente e tem uma força que eu não sei se tenho”, descreve Sulivã. “Ela trata as questões de uma forma muito didática e poética, e às vezes fala umas coisas difíceis que eu não sei o que ela está falando… E aí eu fico brincando se ela seria uma entidade ou o meu alter ego, mas a realidade é que eu admiro muito Koanza: ela é uma referência, como tantas mulheres que me cercam, me moldam e me ensinam muito”, completa o artista.

Para o diretor Thiago Romero, Koanza é mais um passo que Sulivã Bispo dá no sentido de trazer à cena narrativas que pautam sua vida. “Acredito que Koanza aprofunda minha parceria com Sulivã no sentido da construção de solos a partir de personagens que trazem como debate o racismo religioso e tantas intolerâncias. Seguimos procurando formas poéticas e de utilização do humor como ferramentas potentes para o encontro com o espectador”, comenta ele.

Em Koanza: do Senegal ao Curuzu, a personagem volta à Bahia, após um tempo morando na África, com a missão de combater o crescente domínio do cristianismo dos discursos que se voltam contra os cultos de matriz afro-brasileira. Ao chegar, ela encontra o Brasil imerso em um turbulento processo político e racial, tendo à frente um presidente evangélico. É quando ela se vê desafiada a salvar o Curuzu das mãos da opressão religiosa e política, e encontra muitas dificuldades para tal missão. Diante dessa encruzilhada, surge um espetáculo cômico.

Completam a ficha técnica Nildinha Fonseca (direção de movimento/coreografia), Filipe Mimoso (direção musical), Renato Carneiro (figurino), Guilherme Hunder (cenário), Alisson de Sá (iluminação), Beberes (maquiagem), Larissa Libório (direção de produção), Bergson Nunes e Sidnaldo Lopes (assistência de produção) e Carolina Magalhães (design/arte).

DOMINGO NO TCA

O Domingo no TCA é uma iniciativa do Teatro Castro Alves, Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), que se compromete em ampliar e diversificar o seu público frequentador, oferecendo-lhe acesso a espetáculos qualificados, das mais diversas linguagens artísticas. Desde 2007, com mais de 150 edições e cerca de 200 mil espectadores, o projeto engloba apresentações de música, teatro, dança, circo, cinema, de variados estilos e proposições estéticas, da Bahia, do Brasil e do mundo.

Serviço:

O quê: Espetáculo Koanza: do Senegal ao Curuzu encerra a temporada 2022 do projeto Domingo no TCA

Quando: domingo (dia 4/12), às 11h

Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves (Praça Dois de Julho, s/n, Campo Grande, Salvador – BA)

Quanto: ingressos a R$ 1,00 (inteira) e R$ 0,50 (meia-entrada) à venda na bilheteria do teatro somente no dia do espetáculo, a partir de 9h, com pagamento apenas em dinheiro e acesso imediato do público

Classificação indicativa: Livre

Wanderley Meira retorna à direção artística do Balé Teatro Castro Alves
Wanderley Meira retorna à direção artística do Balé Teatro Castro Alves

O produtor, diretor, ator e gestor Wanderley Meira retorno à direção artística do Balé Teatro Castro Alves (BTCA), companhia oficial de dança da Bahia. Meira, que esteve no cargo entre abril de 2019 e julho de 2021, retorna à tarefa após uma breve passagem da bailarina e atriz Ana Paula Bouzas, que se afasta da função para investir em novos trabalhos de sua trajetória profissional.

Bouzas, que já havia integrado o elenco da companhia entre 1989 e 1990 e que participou de variados projetos especiais do BTCA desde então – a exemplo da direção de coreografia do filme Abraço no Tempo (2020) –, foi responsável, em pouco mais de um ano, por feitos relacionados à comemoração dos 40 anos do Balé, como o lançamento do premiado documentário em vídeo-dança A Cidade que Habita em Mim (2021). Ela foi responsável pela idealização e coordenação geral do espetáculo Viramundo, encenado em parceria com a Orquestra Afrosinfônica e estreado este ano para homenagear os 80 anos de vida de Gilberto Gil, incluindo mais uma grandiosa montagem ao repertório do BTCA.

Wanderley Meira foi coordenador de Teatro na Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) entre 2017 e 2019, desenvolvendo as políticas públicas estaduais deste setor, antes de se transferir ao BTCA. Na direção da companhia, além da estreia de A História do Soldado (2019), conduziu o desafio de gerir as atividades durante o período de isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, criando estratégias para manter com eficiência as metas de criação, formação, qualificação, intercâmbio e difusão da dança.

Na formação artística, Meira é licenciado em Letras Vernáculas pela Universidade Católica do Salvador (UCSal), mas construiu sua carreira profissional nas artes cênicas. Iniciou-se como ator em Curso de Manoel Lopes Pontes em 1994 e trabalhou em diversas montagens, com nomes marcantes da cena local, como Harildo Déda, Fernando Guerreiro, João Sanches, Nadja Turenkko, Gil Vicente Tavares e Rino Carvalho.

O Balé da Bahia

Companhia pública de dança contemporânea fundada em 1981, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) é um corpo artístico estável do Teatro Castro Alves (TCA), vinculado à Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA). Conta no seu repertório com mais de 100 montagens de importantes coreógrafos. Em sua história recente, destacam-se Lub Dub (2017), Urbis in Motus (2017), Tamanho Único (2018), CHAMA: Coreografia para artistas incendiárixs (2018), A História do Soldado (2019), em parceria com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), e Viramundo (2022), junto à Orquestra Afrosinfônica.

Em 2020, em meio à pandemia da Covid-19, Balé Teatro Castro Alves e Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) mais uma vez se conectaram para promover colaborações artísticas em parceria, estreando seis criações inéditas encenadas e transmitidas ao vivo pela internet, dentro do projeto Voltando aos Palcos. Também neste período, BTCA e OSBA estrelaram os filmes Um Concerto para o Guarda-Roupa e Abraço no Tempo. Em 2021, celebrando seus 40 anos, o BTCA lançou o longa-metragem A Cidade que Habita em Mim.