A Cia Baiana de Patifaria estreia transmissão on-line da adaptação teatral de Roberto Bomtempo para o clássico livro de Jorge Amado, Capitães da Areia. A produção com direção de Fernanda Paquelet e Lelo Filho terá narração da cantora Maria Bethânia. A trilha sonora da peça foi composta pelo músico Bira Reis e a coreografia é assinada por Zebrinha. A transmissão digital de Capitães da Areia, que acontece neste sábado (dia 27), às 19h, será feita em fibra ótica através do Zoom e os ingressos, que custam a partir de R$ 33, estão à venda no Sympla.
Desde que a pandemia fechou os teatros, artistas em cada canto do planeta têm tentado novas formas de se comunicar com suas plateias. Com 34 anos de trajetória e sem poder se apresentar presencialmente, a Cia Baiana de Patifaria se lançou, em julho de 2020, no universo da transmissão digital de algumas das oito montagens de seu repertório. Tudo começou com Fora da Ordem transmitida online ao vivo, seguida de Siricotico, A Bofetada, Noviças Rebeldes e A Vaca Lelé em versões gravadas.
Termina no próximo dia 26, o prazo para as inscrições das Oficinas Teatrais 2010 do Teatro Gamboa Nova. Serão oferecidas aulas gratuitas de Interpretação com Amarílio Sales, de Cenografia com Igor Souza e de Iluminação com Fernanda Paquelet. As oficinas serão ministradas dois dias na semana, de 1° de março a 19 de junho. Outras informações pelo (71) 3329-2418 ou no www.teatrogamboanova.com.br.
Estreia neste sábado (dia 16) a versão baiana para o espetáculo O Beijo no Asfalto, clássico de Nelson Rodrigues (1912-1980). A montagem teatral da A Última Companhia de Teatro tem direção de Celso Jr. e será exibida gratuitamente no canal da companhia no YouTube por tempo limitado. A peça faz uma analogia do enredo original escrito em 1961, com a contemporaneidade das “Fakes News”, quando o personagem principal Arandir, interpretado pelo ator Igor Epifânio, é envolvido numa trama sórdida até a sua destruição.
Nesta versão, o espetáculo teatral se adapta ao audiovisual, mas sem perder a teatralidade da narrativa trágica de Nelson Rodrigues. “A gente optou por não naturalizar demais e sim teatralizar. Isso obviamente está refletido tanto na cenografia, na Iluminação de João Sanches, nos figurinos de Roberto Laplane, na própria direção e na movimentação de cena, é muito teatral, é muito trágico. Ao mesmo tempo, a gente consegue renovar a obra de Nelson, imprimindo o sotaque baiano”, afirma o diretor Celso Jr. Ele explica, ainda, que “embora a gente acredite que vá fazer a peça com plateia presencial no ano que vem, essa versão foi pensada especificamente para gravação audiovisual”.
O ator Igor Epifânio ressalta o desafio da construção desta nova versão de O Beijo noAsfalto. “Nelson Rodrigues é um dramaturgo clássico e quem estuda Artes Cênicas de alguma maneira já o viu. Ele tem uma mão bem característica, bem original. É muito bom fazê-lo. Ele traz essa teatralidade da vida, que é mais construída, mais pensada e que eu acho muito interessante. Como ator, é um desafio sempre bom pensar o que você pode acrescentar de novo para a versão”, garante.
Para o ator, o contexto da pandemia, das fake news, o excesso de informação e até a forma como isso tudo nos afeta, o ajudaram na defesa do seu personagem. “Para mim o desafio maior foi expor esse Arandir que eu estava enxergando agora, pós pandemia, no meio de todo esse caos que estamos vivendo e o quão desprotegidos estamos ou até despreparados para fazer alguns comentários sem pensar, mas que vão reverberar negativamente na vida da gente e de outras pessoas”, analisa Igor Epifânio.
Além de Igor e do diretor Celso Jr. que também contracena no espetáculo, estão no elenco os atores: Camila Castro, Luiz Pepeu, Alexandre Moreira, Fernanda Paquelet, Meniky Marla, Igor Nascimento, Thauan Vivas, Beatriz Alsanti, Isabela Silveira e Tiago Querino. Essa montagem do espetáculo O Beijo no Asfalto é fruto do Edital Gregórios Ano II, de 2019, promovido pela Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos. “Esse projeto previa a montagem de duas peças, a primeira foi A Última Virgem, que estava em cartaz quando veio a pandemia e a gente teve que interromper depois de apenas cinco apresentações e fazia parte também do projeto a montagem de O Beijo no Asfalto, que precisou ser pensada para o audiovisual”, ressalta Celso Jr.
Serviço:
O quê: Espetáculo O Beijo no Asfalto – A Última Companhia de Teatro
A atriz Zeca de Abreu celebra seus 30 anos de carreira com a encenação do espetáculo A Filha da Monga, no Domingo no TCA, projeto dominical do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador. O monólogo, que marca a formatura da artista na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem texto inédito e direção assinados por Luiz Marfuz. A exibição acontece neste domingo (dia 26), às 11h, no canal do TCA no YouTube e, por conta da classificação indicativa, às 22h, na TVE Bahia. A peça poderá ser assistida no YouTube do TCA até o dia 29 de setembro, quarta-feira.
A Filha da Monga nasceu na formatura de Zeca, resgatando um ciclo interrompido há três décadas, quando a artista deixava a graduação na UFBA para integrar elencos de peças profissionais. O espetáculo solo traça a história de uma jovem que é obrigada pelo padrinho a trabalhar num parque de diversões no papel da mulher que vira monstro, a Monga, seguindo os passos da mãe. Ela tenta quebrar essa cadeia de sucessão para poder viver os ritos de passagem de sua vida na infância, na adolescência e na vida adulta. Para isso, precisará enfrentar a hostilidade dos homens que, antecipadamente, reservaram um papel para ela. Entre a realidade e a imaginação, a trama percorre a jornada de afetos da história dessa mulher.
“A peça procura tocar algumas questões incômodas que atravessam temas e instituições como a escola, a família, a religião, a psiquiatria, a sexualidade, a violência doméstica e a indústria de entretenimento. Trata-se, no fundo, da reconstituição da jornada de afetos e agruras de uma mulher”, conta Luiz Marfuz, que escreveu a obra especialmente para Zeca após um pedido da atriz que aconteceu três anos atrás. Naquela época, os dois se reuniram, Marfuz escreveu algumas cenas, mas a história não avançava muito. Foi então que, em dezembro de 2020, já durante a pandemia, o projeto foi retomado.
“Escrevi o texto entre janeiro e março deste ano, a maior parte em Coaraci, minha cidade natal. Foi aí que me veio a lembrança da Monga, fenômeno que sempre acompanhei nos circos e parques de diversões do interior e que me intrigava muito. Eu ficava fascinado por aquela transformação e só mais tarde vim a saber que era um truque de espelho, que mulher nenhuma virava monstro”, ressalta Luiz Marfuz.
Para Zeca de Abreu, é uma estreia especialmente simbólica, pois marca o seu retorno à Escola de Teatro depois de uma carreira artística consolidada, premiada como atriz e diretora, com dezenas de trabalhos em teatro, cinema e televisão. “Estou ao mesmo tempo completando 30 anos de carreira e me formando no curso de Interpretação Teatral na Universidade Federal da Bahia. Me formar tem muitos significados. Voltei a estudar porque acredito que a vida é um eterno aprendizado”, comenta Zeca. Explorando o diálogo entre o teatro e a linguagem audiovisual, A Filha da Monga foi ensaiada remotamente e gravada no Galpão Wilson Melo, no Forte do Barbalho, em Salvador.
O espetáculo tem direção musical de Luciano Salvador Bahia, cenário de Zuarte Júnior, figurino de Maurício Martins, desenho de luz de Fernanda Paquelet, preparação vocal de Iami Rebouças, assistência de direção de Mateus Schimith, Lucas Modesto e Ícaro Bittencourt, câmera de Hilda Lopes Pontes, Klaus Hastenreiter e Thiago Duarte, montagem de Klaus Hastenreiter, roteiro audiovisual de Luiz Marfuz e Lucas Modesto, produção executiva de Gabrielle Guido, coordenação de produção de Luiz Antônio Sena Jr, além da participação em voz off dos atores e atrizes Aicha Marques, André Tavares, Edu Coutinho, Iami Rebouças e Kaika Alves. O projeto é uma realização da Escola de Teatro da UFBA e da Ouroboros Companhia de Investigação Teatral.
Serviço:
O quê: Espetáculo “A Filha da Monga” no projeto Domingo no TCA
Quando: domingo (dia 26), às 11h no YouTube do TCA e às 22h na TVE Bahia
A encenação para o teatro de um de um dos maiores clássicos da literatura brasileira, Capitães da Areia, romance escrito em 1937 por Jorge Amado (1912-2001), poderá ser assistido em versão digital. A peça poderá ser vista, neste sábado (24/04), às 19h, na tela do celular, do computador ou da TV, com transmissão on-line pela plataforma Zoom e ingressos no Sympla.
Adaptado para o palco por Roberto Bomtempo, o espetáculo foi gravado no Teatro Isba, em Salvador, no ano de 2003 e reúne no elenco nomes como: Pisit Mota (“Volta Seca”), Igor Epifânio (“Pedro Bala”), Jarbas Oliver (“Professor”), Ricardo Fagundes (“Sem Pernas”), Fabrício Boliveira (“João Grande”), Nilson Rocha (“Pirulito”), Francisco Pithon (“Boa Vida”), Alan Miranda (“Gato”), e Kalassa Lemos (“Almiro” e “Dora”).
A montagem da Cia Baiana de Patifaria ganhou narração inconfundível da cantora Maria Bethânia. A direção é de Fernanda Paquelet e Lelo Filho, com trilha sonora original assinada por Bira Reis, coreografias de Zebrinha, cenário de Maurício Pedrosa, figurinos de Miguel Carvalho e design de luz de Eduardo Tudella.
Desde que a pandemia fechou os teatros, artistas em cada canto do planeta têm tentado novas formas de se comunicar com suas plateias e sobreviver. Com 34 anos de trajetória e sem poder se apresentar presencialmente, a Cia Baiana de Patifaria se lançou, em julho de 2020, no universo da transmissão digital de algumas das oito montagens de seu repertório. A transmitida online e ao vivo de Fora da Ordem abriu os trabalhos, seguida de Siricotico, A Bofetada, Noviças Rebeldes e A Vaca Lelé em versões gravadas.
Serviço:
O quê: Peça “Capitães da Areia”, da Cia Baiana de Patifaria
Quando: sábado (dia 24/04), às 19h
Onde: Transmissão virtual pela plataforma Zoom
Quanto: ingressos de apoio a partir de R$ 33 a venda pelo Sympla
O espetáculo Trilogia Shirley marca os 20 anos de carreira do dramaturgo Claudio Simões. A montagem está em cartaz todas as quintas-feiras de novembro, no Teatro Módulo, em Salvador, com sessões às 19h e às 21h. Trilogia Shirley é um conjunto de peças curtas (Simplesmente Shirley – a primeira peça escrita por Simões, em 1990 –, Totalmente Shirley e Finalmente Shirley), que nunca receberam uma montagem profissional.
Os três textos de Trilogia Shirley exploram de forma bem-humorada a decadência da estrutura familiar tradicional, com foco no conflito entre pais e filhos. O próprio Claudio Simões dirige o espetáculo, que traz no elenco os atores, Fabio Ferreira, Fernanda Paquelet, Fernando Marinho, George Vladmir, Laura Haydée e Zeca Abreu.
Carreira – Claudio Simões estreou como ator em 1988, no espetáculo SIM – O universo de Arrabal, resultado do terceiro Curso Livre da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde se formou em Direção, em 1994. Simões é o autor de grandes sucessos do teatro baiano como: Quem Matou Maria Helena? (1994), Vingança, Vingança, Vingança!!! (2000) e Jingobel (2004).
Escreveu, ainda, Vixe Maria! Deus e o Diabo na Bahia (2004), em parceria com Cacilda Povoas e Gil Vicente Tavares, e O indignado (2008), ao lado de Djaman Barbosa. Recentemente montou Caso Sério, sua primeira parceria teatral com Margareth Boury, recebendo indicação de Melhor Texto no Prêmio Braskem de Teatro 2010.
O dramaturgo foi o vencedor do Troféu Bahia Aplaude, atual Prêmio Braskem de Teatro, nas categorias Destaque (por Dias 94, em 1994), Melhor Diretor (Puxa Vida!, dirigida em parceria com Celso Jr. e Teresa Costalima, em 1994), Melhor Espetáculo Infantil (O Mistério do Chiclete Grudado, em 1995) e Melhor Autor (Abismo de Rosas, em 1997), e com o Prêmio Copene de Teatro na categoria Melhor Autor (Como Raul já dizia, em 2001).
Serviço: O quê: Peça Trilogia Shirley Onde:Teatro Módulo (Av. Professor Magalhães Neto, 1.177, Pituba) Quando: todas as quintas-feiras de novembro (Até o dia 25/11), com sessões às 19h e às 21h Quanto: ingressos a R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia-entrada) Informações: (71) 2102 -1392
Contos de fadas, jogos da infância, referências nordestinas e músicas inéditas compostas por Chico César, compõem o musical infanto-juvenil Papagaio, em cartaz até 6 de setembro, no Teatro Vila Velha. A peça encenada sempre aos sábados, domingos e segundas, às 16h, ganha sessão extra neste domingo (29), às 11h.
Com texto de Cacilda Povoas e direção de Felipe de Assis, o espetáculo narra a história de uma moça que recebia visitas de um príncipe encantado, em forma de papagaio. Obrigados a se separar, a moça sai à procura desse reino, para cuidar do seu amado, numa aventura que vive diversas reviravoltas.
Em cena, os atores Cláudio Machado, Diogo Lopes Filho, Evelin Buchegger, Fernanda Paquelet, Luisa Proserpio, Vanessa Mello e Vitório Emanuel dão vida a 24 personagens, que circulam num mundo recheado de referências da literatura fantástica do universo infanto-juvenil.
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