Sucesso do mundo dos audiobooks e podcasts chega às livrarias a versão impressa de Como Ser Um Rockstar, livro de estreia de Guga Mafra. A publicação conta a história de um adolescente tímido, desajeitado e cronicamente apaixonado tentando enfrentar o mundo montando uma banda de rock. “Uma banda de rock nunca é só sobre o sucesso – é também sobre se expressar, encontrar o seu lugar no mundo e encontrar quem se identifica com você. Uma banda de garagem é como um canal do YouTube ou um podcast hoje em dia”, explica Guga Mafra.
Baseada na história real do próprio autor, Como Ser Um Rockstaré uma jornada cheia de cenários hostis e perigos como escolas, competições esportivas, professores malignos, crises econômicas e internet discada; mas que também é repleta de música, shows, pequenas vitórias, epifanias, amizades profundas e amores impossíveis. Tudo isso em meio às escolas, quadras de esporte e casas de shows de Brasília, um dos berços do rock brasileiro, nos anos 1990.
Guga é apresentador do Gugacast, um dos podcasts mais ouvidos do país e pela sua experiência com formatos em áudio lançou o Como Ser Um Rockstar primeiro em audiobook. “Na verdade, um podbook, um audiobook na qual a história é contada como uma conversa, não como uma narração”, esclarece o autor. O Podbook foi um fenômeno de audiência na plataforma de audiobooks Storytel, com milhares de ouvintes maratonando o conteúdo como se fosse uma série de TV. “É bem surpreendente o engajamento do Como Ser Um Rockstar no aplicativo. Muitos usuários já ouviram 4 ou 5 vezes seguidas”, ressalta André Palme, Country Manager da Storytel no Brasil.
Para não decepcionar os fãs que já conhecem a história do podbook, Guga Mafra preparou um conteúdo inédito especial: um capítulo extra, em áudio, contando tudo que aconteceu com os personagens depois do fim da história, que será acessível através de um código encartado no livro. A Editora Melhoramentos também preparou brindes especiais para a pré-venda, que começou em 13 de Julho, no Dia Mundial do Rock, como: palhetas personalizadas, credenciais de backstage e bottons.
O dramaturgo Paulo Atto lança nesta quarta-feira (dia 14), o livro Atto em 3 Atos & Memórias da Censura. A publicação da Editora do Teatro Popular de Ilhéus, será lançada, de forma virtual, às 19h, no canal do YouTube do Festival de Teatro da Caatinga. Em um vídeo especialmente criado para o momento, o autor irá falar sobre sua obra, formada pela trilogia de textos teatrais nos anos 1980: A Confissão, As Máquinas ou A Tragédia em Desenvolvimento e Até Delirar / O Banquete. O livro é uma espécie de inventário emotivo, histórico, dramatúrgico e artístico do período em que um grupo de atores e artistas vivenciaram a sua produção na Bahia.
“A escolha desses textos para o livro é justamente porque, por coincidência, eles são todos da década de 1980 e acontecem nesse período de transição democrática, onde a gente tem a presença e o aparato da censura. Nós tínhamos de submeter os textos de teatro a um departamento da Polícia Federal, que era a Divisão de Censura de Diversões Públicas, onde primeiro eram analisados, geralmente se levava três semanas, depois emitido um certificado de censura”, explica o dramaturgo, que apresenta alguns desses documentos no livro. “Esses textos também trazem em uma certa constância de temas como: enfrentamento, liberdade, direito ao sonho, ao delírio, a livre expressão e ao poder, sobretudo em A Confissão. Por isso, a razão desse livro ser essa trilogia da minha origem como dramaturgo, como diretor de teatro”, ressalta Paulo.
Em suas 298 páginas, a obra recorre à trilogia inicial do autor – que completa em 2021 exatos 38 anos de carreira – para recuperar e contribuir com a história do teatro de grupo na Bahia, num período que, embora em processo lento e gradual de abertura, o teatro enfrentava a censura, que em alguns momentos chegou a ser branda, mas que criava um permanente conflito dos criadores e grupos com os censores. No livro, Paulo relata um episódio em Recife (PE), em que os censores não queriam aceitar o certificado de censura da Bahia. “Eles queriam ver o espetáculo, mas chegaríamos num sábado e eles não tinham censores que trabalhassem nesse dia para ir assistir. E, apesar da gente já tem um certificado de censura da Bahia, decidiram que não iam permitir apresentação do espetáculo sem ser novamente avaliado. Foi uma situação muito complicada”, desabafa.
Além dos textos, o livro apresenta as matérias publicadas na imprensa sobre as montagens, fotos dos espetáculos, relatos do próprio autor sobre as condições de produção, processos criativos e contexto da época. Fazem parte ainda do volume uma apresentação sobre cada montagem e uma espécie de “memorial afetivo” – como o próprio dramaturgo define, composto de bilhetes deixados pelos autores, histórias de bastidores, anotações de cena, fac-símiles dos programas, cartazes, convites, folhetos e panfletos, anotações da direção, pequenas histórias, cartas, observações sobre ensaios. Na obra estão descritas, ainda, as relações do dramaturgo com o grupo Artes & Manhas do diretor Paulo Cunha, em seus processos criativos de escrita e montagem e por outro lado, o autor apresenta uma série de fatos decorrentes da conturbada relação que vivenciou com os censores e o aparato da censura no período.
“Da década de 80 para cá, a obra artística de Paulo Atto vem se desenvolvendo numa escala ascendente, crescendo em complexidade estrutural e temática, ele sempre inventando voos. Na fornada da última década, vale destacar A Conferência (2013), escrita a partir do livro As Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino, e Teatro La independência (2018), ambas reconhecidas e indicadas ao Prêmio Braskem de Teatro de Melhor Texto. Justos reconhecimentos a quem vem na contracorrente da massificação, em busca de um teatro pleno de inquietações, que recusa o apelo fácil, e se impõe como marca de atitude e presença no mundo“, afirma o dramaturgo Luiz Marfuz, no prefácio do livro.
Lançamento e debate sobre a censura às artes cênicas
Para o lançamento o livro Atto em 3 Atos & Memórias da Censura, nesta quarta-feira (dia 14), foram gravados em vídeo depoimentos e interpretação de trechos do livro por atores e atrizes consagrados que participaram das montagens como Hebe Alves, Frank Menezes, Andrea Elia, Selma Santos, Hamilton Lima e Rafael Magalhães. Foram também especialmente convidados a atriz Claudia di Moura e o ator Ricardo Castro, que não atuaram nas montagens, mas que eram profissionais que Paulo Atto desejava ver interpretando seus textos. Os jovens atores de Irecê, Marcos de Assis e Mozar Nunes, do Núcleo Caatinga da Cia Avatar também interpretarão textos do livro.
Já no dia 21 de julho, às 19h, será transmitido um debate, também através do YouTube do Festival de Teatro da Caatinga, sobre teatro e censura, tendo como eixo o contexto do livro Atto em 3 Atos & Memórias da Censura. Participam do debate o diretor, professor e dramaturgo Luiz Marfuz e o próprio autor do livro, Paulo Atto. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Serviço:
O quê: Lançamento do livro Atto em 3 Atos & Memórias da Censura
Ouça no episódio #05 do podcast Destaques da Semana, a entrevista com o dramaturgo Paulo Atto fala sobre seu livro Atto em 3 Atos & Memórias da Censura
Interfaces contemporâneas entre história da escravidão e literatura de mulheres negras. Esse é um dos temas que estarão em debate na programação do Julho das Pretas, nesta quarta-feira (dia 14). Participam do debate a jornalista e escritora Eliana Alves Cruz, autora do romance Água de barrela e a doutora em Teorias e Crítica da Literatura e da Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professora Adjunta do Instituto de Letras da UFBA, Denise Carrascosa. O evento terá mediação da doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e professora do colegiado de História da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Luciana da Cruz Brito. O debate será transmitido às 19h, pelo canal da TV UFRB no YouTube.
Este ano, o Julho das Pretas tem com o tema Para o Brasil genocida Mulheres Negras apontam a solução. A 9ª edição da ação tem como finalidade denunciar as diversas formas de genocídio da população negra e mostrar como as mulheres negras têm se organizado em todas as esferas da sociedade, apontando soluções para o país, a partir da luta antirracista, antipatriarcal e pelo bem viver. Até o dia 31 estão previstas 322 atividades em todo o Brasil, que estão sendo realizadas por grupos, coletivos, associações e instituições acadêmicas e religiosas, sempre sob o protagonismo de mulheres negras.
Ainda por conta da pandemia, as atividades do Julho das Pretas, acontecem em formato digital e podem ser conferidas no site Instituto Odara, e diariamente na página no Instagram @julho_das_pretas. Entre as diversas temáticas que serão abordadas pelas mulheres no Julho das Pretas estão temas como: participação política, violências, segurança digital, espiritualidade, protagonismo das mulheres na academia, marketing, saúde mental, empreendedorismo, dentre outros. Confira aqui a programação completa da 9ª Edição do Julho das Pretas.
Serviço:
O quê: 9ª Edição do Julho das Pretas – Debate Interfaces contemporâneas entre história da escravidão e literatura de mulheres negras
O jornalista, apresentador de TV e escritor, Ricardo Ishmael, vai lançar seu segundo livro infantojuvenil, O Menino de Asas Invisíveis. A obra é uma das três, que Ishmael produziu neste período de distanciamento social imposto pela pandemia da Covid-19. O livro terá lançamento virtual no dia 6 de agosto (sexta-feira), às 19h, numa live no Instagram do autor (@ricardoishmael), que contará com a participação do ilustrador George Lopes e de outros convidados.
“A pandemia, se por um lado me angustiou e ainda angustia todos nós, por outro ela me inspirou para que eu pudesse escrever e refletir sobre meu lugar no mundo, sobre o meu papel enquanto contador de histórias, enquanto alguém que se propõe a narrar de forma ficcional. Meu processo criativo se deu de uma forma muito intensa durante a pandemia, criei bastante, lancei dois livros e escrevi um terceiro”, ressalta o escritor.
O Menino de Asas Invisíveis, publicação da Mojubá Editora, narra as aventuras de Hadouk, um menino negro em busca da própria história. Criado pela centenária bisavó, a “Bisa Bargé”, Hadouk viaja na imaginação até chegar à terra mãe, ao continente dos seus antepassados. “No fundo eu queria falar da ancestralidade, de como é importante estarmos conectados com as nossas origens, com nossas raízes e em sendo um menino preto eu conecto com a sua ancestralidade. Por isso, as asas invisíveis, por isso imaginar esta criança viajando na fantasia até a África e assim, reencontrando com seus antepassados, que são rainhas e reis africanos”, explica.
Novamente, Ricardo traz para seus livros temas sociais contemporâneos e presentes no universo infantojuvenil. “Além da ancestralidade, eu também queria falar de outras questões, como os muitos arranjos familiares, tanto que no livro o personagem Hadouk vive com a sua bisavó, este é núcleo familiar. Queria falar também sobre como lidar com a morte, como lidar com a perda, como tratar este assunto junto as crianças, já que em determinado momento da história Hadouk terá que enfrentar a partida da Bisa Bargé. Eu quis trazer essa reflexão para o diálogo com as crianças”, conta.
O Menino de Asas Invisíveis é o terceiro livro de Ricardo Ishmael. O primeiro foi o livro de contos O Curioso Destino de Rita Quebra-Cama, o segundo foi o também infantojuvenil A Princesa do Olhinho Preguiçoso, lançado em agosto de 2020, e que concorre como melhor livro infantojuvenil no Prêmio Jabuti, principal premiação literária do país.
Ainda este ano, Ricardo vai lançar outro livro infantojuvenil, Deu a Louca na Bicharada, também pela Mojubá Editora. Para 2022, o escritor pretende lançar o seu primeiro romance, Um Canto de Amor para Darlene, obra de ficção inspirada na história real da travesti cearense Dandara Kettley.
Ricardo Ishmael conversou comigo sobre o lançamento de O Menino de Asas Invisíveis. Contou um pouco sobre o seu processo criativo e falou sobre os próximos lançamentos já em vista. Ouça a entrevista exclusiva no podcast Destaques da Semana desta sexta-feira (dia 9)
Serviço:
O quê: Lançamento do livro O Menino de Asas Invisíveis, de Ricardo Ishmael
Fundador da Embraer, maior empresa de fabricação de aviões e jatos comerciais do Brasil, o empresário Ozires Silva acaba de lançar o livro Rotas para o Empreendedorismo. A publicação da Editora Letramento, que já está disponível para venda nas principais lojas on-line e livrarias do país, faz parte das comemorações pelos 90 anos do autor completados em 2021. Adaptação da obra original, intitulada Cartas a um Jovem Empreendedor, o livro faz uma relevante exposição sobre empreendedorismo e inovação, com segredos e virtudes para superar os desafios que definem o sucesso em qualquer empreitada e os passos necessários para criar e manter um empreendimento.
Em suas 150 páginas Rotas para o Empreendedorismo aborda ainda a trajetória profissional de Ozires Silva, presidente do Conselho Estratégico da Ânima Educação, que integra a Ages, instituição de ensino superior que reúne aproximadamente 5,6 mil alunos distribuídos em seis municípios da Bahia e Sergipe. O prefácio da obra tem assinatura de Marcelo Battistella Bueno, presidente da Ânima, uma das maiores organizações educacionais particulares do país, além de Daniel Castanho e Maurício Escobar, respectivamente presidente e Membro do Conselho de Administração da companhia.
De acordo com Ozires Silva, Rotas para o Empreendedorismo tem o objetivo de entusiasmar e mostrar para quem já tem um negócio ou pensa em ser empreendedor que é possível vencer os desafios. “Cada um tem uma ideia de fazer algo, mas em geral não dá prosseguimento. O livro dá uma ideia completa sobre o que foi criar uma das grandes fabricantes de aviões do mundo. Através dessa obra, de leitura extremamente rápida, o leitor vai poder enxergar que empreender e inovar é difícil, mas não tanto quanto colocamos na cabeça. Por isso, minha mensagem é de que é possível desejar algo que hoje parece inatingível”, ressalta o empresário.
Ozires Silva é autor de outros cinco livros: Nas asas da educação: a trajetória da Embraer, Cartas a um jovem empreendedor – realize seu sonho: vale a pena, A decolagem de um sonho: a história da criação da Embraer e Etanol: a revolução verde e amarela. Em 2011, foi lançada sua biografia intitulada Um líder da inovação: biografia do criador da Embraer. A história de Ozires começou no dia 8 de janeiro de 1931, em Bauru, interior de São Paulo. Ele é oficial da Aeronáutica e engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), onde começou a dar os primeiros passos na aviação até chegar em 1969, quando comandou o grupo que promoveu a criação da Embraer, empresa que presidiu até 1986. O empreendedor tem passagens de sucesso como presidente de empresas como a Petrobras e foi Ministro da Infraestrutura.
Em abril de 2021, Ozires Silva se tornou o primeiro brasileiro a receber a medalha Guggenheim, uma das mais relevantes honrarias internacionais de engenharia aeronáutica do mundo. A comenda foi criada em 1929 com o objetivo de reconhecer as personalidades que dedicaram suas vidas ao desenvolvimento aeronáutico ao longo da história e por isso são notáveis no setor. A nomeação foi realizada por um conselho de especialistas do American Institute of Aeronautics and Astronautics (AIAA), American Society of Mechanical Engineers (ASME), SAE International e Vertical Flight Society, dos Estados Unidos.
Na Ânima Educação, a Trajetória do Dr. Ozires, como é chamado, teve início em 2008, quando assumiu a reitoria da Unimonte, na cidade paulista de Santos (hoje chamada de São Judas Campus Unimonte). Ozires Silva foi o líder máximo da instituição até outubro de 2018 quando passou a ser Chanceler da Universidade São Judas, em São Paulo. Atualmente, Dr. Ozires Silva ocupa a posição de presidente do Conselho Estratégico da Ânima e é Patrono dos cursos de Engenharia e de Aviação nas instituições de ensino da organização educacional em todo país.
O jornalista e escritor Laurentino Gomes acaba de lançar o segundo livro da trilogia sobre a história da escravidão no Brasil. Em Escravidão – Da corrida do ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de Dom João ao Brasil, obra editada pela Globo Livros, o autor se debruça sobre o século XVIII, auge do tráfico negreiro no Atlântico. Motivado principalmente pela descoberta das minas de ouro e diamantes em território brasileiro e pela disseminação, em outras regiões da América, do cultivo de cana-de-açúcar, arroz, tabaco, algodão e outras lavouras e atividades de uso intensivo de mão-de-obra africana escravizada. A publicação aborda ainda as importantes rupturas e transformações ocorridas no universo dos brancos neste período de cem anos, como a independência dos Estados Unidos, a Conjuração Mineira, a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e o nascimento do abolicionismo na Inglaterra.
“O livro anterior teve seu foco principal na África, pelo simples motivo de que, para estudar a escravidão, é preciso sempre começar pela África. Este volume tem como cenário o Brasil, que se tornaria no século XVIII o maior território escravista do hemisfério ocidental. No espaço de apenas cem anos, mais de dois milhões de homens e mulheres escravizados chegaram aos portos brasileiros. Todas as atividades do Brasil colonial dependiam do sangue e do sofrimento de negros cativos”, ressalta Laurentino. “Entre outros aspectos, procuro descrever a violência e as formas de trabalho no cativeiro, a família escrava, as irmandades e práticas religiosas, o papel das mulheres, as fugas, revoltas e formação de quilombos e outras formas de resistência contra o regime escravista”, explica o autor.
Com mais de 500 páginas e 31 capítulos ilustrados com imagens, mapas e tabelas, o segundo volume de Escravidão segue o estilo do livro anterior, com um texto jornalístico de leitura acessível e que reúne, na forma de ensaios, as observações e conclusões do autor ao longo de mais de seis anos de pesquisas. Nesse período, Laurentino Gomes debruçou-se sobre a vasta bibliografia já existente sobre o assunto e visitou centros de estudos, bibliotecas, museus e lugares históricos. O trabalho de reportagem incluiu viagens por 12 países em três continentes. Para este volume, entre outros locais, o autor esteve em quilombos nos estados da Paraíba, Alagoas, Minas Gerais e São Paulo; antigos engenhos de cana-de-açúcar da região Nordeste; terreiros de candomblé no Recôncavo Baiano; as cidades históricas do ciclo do ouro e diamante em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso; as fazendas dos barões do café no Vale do Paraíba; e o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, maior entreposto de comércio de escravos no século XIX.
“Tudo que já fomos no passado, o que somos hoje e o que seremos no futuro tem a ver com as nossas raízes africanas e a forma como nos relacionamos com elas. Fomos a maior sociedade escravista do Hemisfério Ocidental por mais de trezentos anos. Quarenta por cento de todos os doze milhões de cativos africanos trazidos para as Américas tiveram como destino o Brasil. Portanto, sem estudar a escravidão seria impossível entender o que somos hoje e também o que pretendemos ser no futuro”, afirma Laurentino Gomes. O escritor é autor dos best sellers 1808, livro sobre a fuga da corte portuguesa de dom João para o Rio de Janeiro; 1822, sobre a Independência do Brasil; e 1889, sobre a Proclamação da República, além de O caminho do peregrino, em coautoria com Osmar Luduvico da Silva.
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo, Laurentino Gomes é titular da cadeira de número 18 da Academia Paranaense de Letras e por sete vezes foi ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura.
Personagens baianos reais norteiam o livro de contos Histórias e histórias da Bahia, que a editora Caramurê lança, nesta terça-feira (dia 25). A publicação tem como cenário a Bahia do século XIX e busca proporcionar ao leitor uma viagem pelos anos de 1800. Seus personagens, de modo geral, não são tão conhecidos do grande público, mas nem por isso deixam de ter sua marca reconhecida nos âmbitos artístico, econômico, político e social baiano da época.
Histórias e Histórias da Bahia é composto por oito contos, cada um tem relação com um personagem da Bahia. Com a proposta de trazer a narrativa ficcional de inspiração histórica, o livro remete o leitor a um passeio pelo tempo dos bondes de burro, dos lampiões a gás e de óleo de baleia.
Para o professor e escritor Daniel Rebouças, a obra “é uma convocação para prazerosas idas e vindas no tempo”. Para Fernando Oberlaender, editor e organizador da publicação, “trata-se de um livro que percorre o frágil limite entre ficção e realidade proporcionando ao leitor experiências inesquecíveis”.
Em o Olhar distante, Marcus Vinicius Rodrigues se debruça sobre uma fotografia, assinada por Gaensly e Lindemann para contar a visão deste último fotógrafo sobre a Salvador da época. No conto, Um certo João Ramos de Queiroz, de Carlos Ribeiro, o escritor transita entre o passado e o presente em busca de conhecer os caminhos daquele que foi um dos pioneiros no negócio de transportes urbanos de Salvador.
Agnese Trinci Murri, último amor do poeta Castro Alves, é inspiração de Mirella Márcia Longo para o conto Uma mulher como tantas. Saulo Dourado reescreve fatos que remetem a infância do médico Juliano Moreira em Todas as Luzes. Um dos maiores empreendedores do século XIX, Antônio de Lacerda, é o protagonista do conto O homem do elevador, de Suênio Campos de Lucena.
Também o mais conhecido crime passional da história da Bahia, que teve como vítima a donzela Julia Fetal, dá inspiração para o lirismo de Clarissa Macedo em O ouro da ira. A luta do jurista Luiz Gama, filho da negra Malê Luiza Mahin, pela libertação dos escravos é a inspiração para Wesley Correia em Libertário. Por fim, em Viva o Conselheiro, o escritor Aleilton Fonseca traz uma outra visão de um jornalista da época sobre a Guerra de Canudos.
O lançamento virtual de Histórias e Histórias da Bahia, da Editora Caramurê, acontece nesta terça-feira (dia 25), às 19h30, com transmissão pelo no canal do YouTube TV Caramurê. Participam do evento o organizador Fernando Oberlaender, o historiador Daniel Rebouças e os autores Aleilton Fonseca, Carlos Ribeiro, Clarissa Macedo, Marcus Vinícius Rodrigues, Mirella Márcia Longo, Saulo Dourado, Suênio Campos de Lucena e Wesley Correia. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Serviço:
O quê: Lançamento do livro Histórias e histórias da Bahia
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, concorda com a utilização de TODOS os cookies.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie
Duração
Descrição
cookielawinfo-checbox-analytics
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checbox-functional
11 months
The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checbox-others
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-necessary
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-performance
11 months
This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy
11 months
The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
Gerenciar Consentimento de Cookies
Usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. Fazemos isso para melhorar a experiência de navegação e exibir anúncios personalizados. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional
Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos.O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.