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Programa vai apoiar empreendedorismo de mulheres negras e afro-indígenas
Programa vai apoiar empreendedorismo de mulheres negras e afro-indígenas

Os Institutos Feira Preta e Alok lançaram o Programa Pretas Potências, edital que visa apoiar negócios digitais liderados por mulheres negras e afro-indígenas na área da economia criativa digital. As inscrições podem ser feitas pelo link. A iniciativa, em parceria com a cerveja Black Princess, irá apoiar até 20 mulheres negras empreendedoras de qualquer lugar do Brasil. As selecionadas farão parte de uma comunidade de aprendizado com ciclo de mentorias, aceleração digital do negócio e uma rede de parcerias com mulheres negras empreendedoras.

O edital do Programa Pretas Potências contemplará quatro áreas da economia criativa digital: novas mídias (jornalistas, creators, streamers, podcasters, empreendedoras de mídias paralelas e/ou periféricas, produtoras de audiovisual, produtoras de canais de conteúdo em diversas mídias – blogs e redes sociais); design e fabricação digital (designers digitais – UX Design, UI Design, desenvolvedoras de jogos, fabricação digital – universo maker); tecnologia (desenvolvedoras de tecnologias e aplicativos, programadoras); e música (produtoras de áudio, trilhas, jingles). Poderão participar mulheres negras empreendedoras, com idade entre 18 e 30 anos, atuantes na economia criativa digital em qualquer lugar do Brasil.

Hoje, o Brasil tem mais de 4,6 milhões de empreendedoras negras, das mais diversas áreas de atuação, responsáveis por movimentar R$ 73 bilhões ao ano, de acordo com estudo divulgado pelos Institutos Locomotiva e Feira Preta. A pesquisa revelou também que 96% das pessoas negras têm algum sonho, sendo 25% empreender, e 95% têm confiança que ainda vão alcançar todos os seus objetivos. Já o fator impeditivo para 64% dos entrevistados é a disponibilidade de dinheiro, seguido por ampliação de conhecimentos e estudo (17%).

“Queremos identificar potência em jovens mulheres negras empreendedoras, que possuem negócios em regiões de baixa mobilidade social, como periferias e comunidades de baixa renda, em qualquer lugar do Brasil, para fortalecer e impulsionar suas trajetórias profissionais e pessoais, contribuindo para ampliar sua renda e seu impacto na sociedade”, afirma Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta e CEO da PretaHub.

Alok ressalta que esse aporte vai beneficiar os potenciais de jovens mulheres pretas e indígenas empreendedoras que possuem negócios em regiões de baixa mobilidade social como periferias e comunidades de baixa renda. “A atuação do Instituto Alok vai a qualquer lugar do Brasil para impulsionar as trajetórias profissionais e pessoais dessas mulheres. Mas não apenas isso, queremos conhecer as histórias, as pessoas que estão por trás do empreendedorismo e transformá-las em agentes de mudança social para que possam, em breve, impactar positivamente outras mulheres”, explica.

Serviço:

O quê: Edital Programa Pretas Potências

Quando: inscrições até 20 de janeiro de 2022

Onde: Inscrições pelo site https://festivalfeirapreta.com.br/programa-pretas-potencias-fortalecendo-negocios-digitais/

Documentário inédito sobre Leila Diniz abre o 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Documentário inédito sobre Leila Diniz abre o 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Já que ninguém me tira para dançar, documentário inédito sobre a atriz Leila Diniz, vai abrir o 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro com exibição pelo Canal InnSaeiTV, nesta terça-feira (dia 7), às 20h. O longa realizado pela diretora e atriz Ana Maria Magalhães, que foi amiga de Leila, foi gravado originalmente em U-Matic, e depois remasterizado. Entrevistas e gravações novas juntaram-se às originais, de 1982, digitalizadas recentemente. Finalizado com tecnologia HD, o filme resgata a participação de Leila Diniz (1945-1972) na cultura moderna, artista que se posicionou pela liberdade das mulheres durante os anos mais duros da ditadura militar.

O documentário é o registro de um período e mostra imagens de filmes, fotos e cenas ficcionais vividos pela atriz Leila Diniz, revelando seu modo libertário de ser e agir numa época que inspirou avanços culturais e comportamentais no mundo inteiro. A famosa entrevista de Leila ao Pasquim, em 1969, despertou indignação dos militares e o desprezo das feministas que a achavam apenas vulgar. “Leila esteve à frente das mudanças sociais do seu tempo e a preservação de sua memória e divulgação de seu pensamento e ações são fundamentais para a manutenção dos avanços que fizemos graças a ela, uma atriz de cinema”, ressalta a diretora do documentário.

De acordo com Ana Maria Magalhães, os depoimentos foram colhidos quando a lembrança de Leila ainda estava fresca na memória dos diretores de cinema, atores, jornalistas e familiares. Entretanto, assim que as filmagens foram iniciadas o Centro Cultural Cândido Mendes, que idealizou o projeto para ser exibido na Mostra Leila Diniz – Dez anos depois, desistiu de produzi-lo porque o seu plano de investimento não funcionou como esperava. “Havia apenas um investidor: a atriz Sonia Braga. Mas as filmagens iam bem e eu decidi produzi-lo com meus próprios recursos”, explica a diretora.

Autêntica e espontânea, Leila Diniz foi porta-voz de uma geração censurada. Conquistou corações e mentes sob o signo do amor e ao mesmo tempo gerou hostilidade dos defensores da moral e dos bons costumes, principalmente após posar de biquíni para uma revista, aos oito meses de gravidez. Leila falava abertamente sobre tudo, incluindo sua sexualidade. Como as rebeldes Janis Joplin e Amy Winehouse, Leila Diniz morreu aos 27 anos, em um acidente de avião na Índia, quando voltava de um festival de cinema na Austrália, onde recebeu o prêmio de melhor atriz.

Segundo Ana Maria, “o Brasil vive hoje tamanho retrocesso em relação às liberdades femininas, que as mulheres têm saído às ruas das principais cidades para protestar. E não é um revival dos anos 60. Mas a assombrosa perspectiva do fundamentalismo evangélico dos anos 2000, com o apoio de setores do Congresso e de parte da sociedade brasileira”, afirma a cineasta. que ninguém me tira para dançar, que é lançado 50 anos após a morte de Leila Diniz, tem coprodução do Metrópoles e apoio do Instituto Itaú Cultural.

A 54ª Festival de Brasília do Cinema Brasileiro acontece de 7 a 14 de dezembro e tem como tema O cinema do futuro e o futuro do cinema. Este ano, o festival vai exibir seus títulos virtualmente no site festcinebrasilia.com.br, em função da pandemia de Covid-19, como em 2020. A maratona de filmes, debates, masterclasses, oficinas, encontros setoriais e ambiente de mercado, tem curadoria de Sílvio Tendler e Tânia Montoro.

Gilberto Gil é eleito para uma vaga na Academia Brasileira de Letras
Gilberto Gil é eleito para a Academia Brasileira de Letras

O músico baiano Gilberto Gil foi eleito para ocupar a Cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na tarde desta quinta-feira (dia 11), em sucessão ao acadêmico e jornalista Murilo Melo Filho, falecido em 27 de maio de 2020. Gil, de 79 anos, recebeu 21 votos dos 34 acadêmicos que participaram da eleição de forma presencial ou virtual.

“Gilberto Gil traduz o diálogo entre a cultura erudita e a cultura popular. Poeta de um Brasil profundo e cosmopolita. Atento a todos os apelos e demandas de nosso povo. Nós o recebemos com afeto e alegria”, afirmou Marco Lucchesio, presidente da ABL.

Gil usou uma rede social para comemorar a eleição à ABL. “Muito feliz em ser eleito para a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras. Obrigado a todos pela torcida e obrigado aos agora colegas de Academia pela escolha”, escreveu o novo imortal, autor do livro Todas as letras, lançado em 1996 e que reúne cerca de 470 canções compostas por ele.

A cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras, que tem como patrono Joaquim Manuel de Macedo, foi ocupada anteriormente por Salvador de Mendonça (fundador), Emílio de Meneses, Humberto de Campos, Múcio Leão e Aurélio de Lyra Tavares. Permanecem vagas ainda as cadeiras de número 12, do professor Alfredo Bosi, morto no dia 7 de abril de 2021; a 39, do vice-presidente da República Marco Maciel, morto no dia 12 de junho deste ano; e a cadeira 2, ocupada pelo professor Tarcísio Padilha, que morreu no dia 9 de setembro.

Um músico na política

Gilberto Gil iniciou sua carreira no acordeon, ainda nos anos 1950, inspirado por Luiz Gonzaga e pela sonoridade do Nordeste. Com a ascensão da Bossa Nova, Gil troca o instrumento pelo violão, e em seguida pela guitarra elétrica. Seu primeiro disco, Louvação, lançado em 1967, já trazia sua forma particular de apresentar elementos regionais, como nas canções Louvação, Procissão, Roda e Viramundo.

Em 1963 inicia com Caetano Veloso uma parceria e juntos lançam a Tropicália. O movimento gera descontentamento da ditadura vigente, que o considera nocivo à sociedade com seus gestos e criações libertárias, e acaba por exilar os parceiros. O exílio em Londres contribui para a influência do mundo pop na obra de Gil, que grava inclusive um disco em Londres, com canções em português e inglês. Ao retornar ao Brasil, Gil dá continuidade a uma bem sucedida produção fonográfica. Ao todo, são quase 60 discos e em torno de 4 milhões de cópias vendidas, tendo sido premiado com 9 Grammys.

Em janeiro de 1987, Gil assumiu a presidência da Fundação Gregório de Mattos, autarquia da Prefeitura de Salvador responsável pela gestão cultural do município. Em 1988, se elege vereador de Salvador pelo então PMDB. Em 1999, filia-se ao Partido Verde (PV). Em 2002 retorna a vida política, ao ser nomeado como titular do Ministério da Cultura, na primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Atriz Fernanda Montenegro é eleita nova imortal da Academia Brasileira de Letras - Foto: Eduardo Nicolau/Estadão
Atriz Fernanda Montenegro é eleita nova imortal da Academia Brasileira de Letras

A atriz Fernanda Montenegro foi eleita, nesta quinta-feira (dia 4), nova imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) e irá ocupar a cadeira de número 17. Ela era candidata única e foi eleita por 32 dos 35 votos à vaga, em sucessão ao acadêmico e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco, morto em 15 de março de 2020. “É um momento importante, primeiro pela renovação que se dá com a eleição na Academia Brasileira de Letras. É um sinal de novos horizontes. Por outro lado, Fernanda é uma grande intelectual, uma representante importante da cultura brasileira”, ressalta o presidente da ABL, Marco Lucchesi.

Fernanda Montenegro, nome artístico de Arlette Pinheiro Monteiro Torres, nasceu em 16 de outubro de 1929, no bairro do Campinho, zona norte do Rio de Janeiro. Atuou em um palco pela primeira vez aos 8 anos de idade, para participar de uma peça na igreja. Sua estreia oficial no teatro, entretanto, ocorreu em dezembro de 1950, ao lado do marido Fernando Torres, no espetáculo 3.200 Metros de Altitude, de Julian Luchaire.

Considerada uma das maiores atrizes do Brasil, Fernanda Montenegro foi a primeira latino-americana e a única brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz por seu trabalho em Central do Brasil, em 1998. Foi, ainda, a primeira brasileira a ganhar o Emmy Internacional na categoria de Melhor Atriz pela atuação na série Doce de Mãe, da TV Globo, em 2013. A atriz, que completou 92 anos de idade no dia 16 de outubro, é autora de dois livros: Prólogo, Ato e Epílogo, da editora Companhia das Letras, de 2019, em que narra suas memórias; e Fernanda Montenegro: Itinerário Fotobiográfico, da editora SESC SP, de 2018, em que conta através de imagens sua trajetória pessoal e profissional.

Os ocupantes anteriores da cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras foram Sílvio Romero (fundador), Osório Duque-Estrada, Roquette-Pinto, Álvaro Lins e Antonio Houaiss. Permanecem vagas ainda as cadeiras 20, do jornalista Murilo Melo Filho, morto no dia 27 de maio de 2020; a 12, do professor Alfredo Bosi, morto no dia 7 de abril de 2021; a 39, do vice-presidente da República Marco Maciel, morto no dia 12 de junho deste ano; e a cadeira 2, ocupada pelo professor Tarcísio Padilha, que morreu no dia 9 de setembro.

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Com informações da Agência Brasil.

Foto: Eduardo Nicolau/Estadão

Wagner Moura participa da pré-estreia do filme "Marighella", em Salvador
Wagner Moura participa da pré-estreia do filme “Marighella”, em Salvador

A pré-estreia do filme Marighella, do ator e diretor Wagner Moura, movimentou o Teatro Castro Alves, em Salvador, na noite desta segunda-feira (dia 25). O filme, que conta a história de Carlos Marighella (1911 – 1969), marca a estreia de Wagner como diretor. O longa foi exibido pela primeira vez no Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2019 e tem estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 4 de novembro, data que marca os 52 anos da morte do guerrilheiro baiano.

A cinebiografia do líder baiano, ex deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro assassinado em 1969 pelas forças de repressão aos movimentos de resistência ao golpe militar de 1964, se baseia em obras e pesquisas, dentre elas a biografia Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo, escrita pelo jornalista Mário Magalhães. Protagonizado pelo ator e músico Seu Jorge, o longa-metragem de quase três horas de duração teve algumas cenas gravadas na histórica cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano. O filme ainda traz no elenco os atores Adriana Esteves, Bruno Gagliasso e Humberto Carrão.

A sessão de pré-estreia do filme em Salvador foi apenas para convidados, entre eles o filho do guerrilheiro, o advogado Carlos Augusto Marighella e a neta, a atriz e vereadora de Salvador pelo PT, Maria Marighella, que atua no filme, além da imprensa, artistas, militantes políticos e familiares do diretor. A torcida organizada do Esporte Clube Vitória, Brigada Marighella e o Coletivo Coalizão Negra foram convidados ao palco na abertura da sessão.

O público presente recebeu Wagner Moura e o elenco do filme sob aplausos e aos gritos de “Fora Bolsonaro”, “Marighella vive” e em homenagem ao jornalista Wladimir Herzog, torturado e morto pela ditadura militar em 25 de outubro de 1975. Na área da bilheteria do Teatro Castro Alves (TCA) manifestantes exibiram uma faixa com a frase: “Levante-se contra a censura. Marighella vive!”.

Em discurso emocionado, Wagner Moura fez um histórico do seu primeiro filme, lembrou a censura imposta pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), criticou o retrocesso democrático no governo Bolsonaro e destacou o papel do líder revolucionário no combate à ditadura militar brasileira. “Este filme é sobre o amor e é uma honra lançá-lo no TCA , na minha terra, onde está meu axé”, declarou o ator e diretor baiano.

Wagner Moura participa da pré-estreia do filme "Marighella", em Salvador
Faixa contra a censura foi estendida na bilheteria do Teatro Castro Alves (Fotos: Claudia Correia)
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Fabrício Boliveira e Paulo Lins participam da Mostra de Cinemas Negros Mahomed Bamba
Fabrício Boliveira e Paulo Lins participam da Mostra de Cinemas Negros Mahomed Bamba

Um bate-papo com o roteirista e romancista Paulo Lins e o ator Fabrício Boliveira abre a série de painéis da edição especial Olhares Periféricos, da Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba (MIMB). A cineasta e diretora executiva da Mostra, Daiane Rosário, também participa do encontro, que acontece na segunda-feira (dia 25), às 19h, e será mediado pela produtora audiovisual e coordenadora de produção artística da MIMB, Loiá Fernandes. O público pode assistir todos os painéis pelo canal da MIMB no YouTube.

No sábado (dia 30), às 18h, ocorre o painel Mulheres na Técnica, que vai debater o protagonismo feminino por trás das câmeras. As convidadas serão a jornalista e cineasta Olinda Yawar, a jornalista e produtora audiovisual Lindiwe Aguiar e a montadora Cristina Amaral. A mediação ficará a cargo da diretora de fotografia Fabiola Silva.

Distribuição e Captação de Recursos será o painel que irá reunir o co-fundador da Wolo TV, Licínio Januário, a produtora audiovisual Naymare Azevedo e a consultora de projetos e fundadora da rede EDUCARE, Kátia Brasileiro. O encontro, que será realizado na quinta-feira (dia 4/11), às 18h, vai discutir a viabilidade financeira para projetos audiovisuais. A diretora cinematográfica e coordenadora de curadoria nacional da MIMB, Taís Amordivino, fará mediação do painél.

O Cinema e suas Sonoridades encerrando a série de painéis da Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba, no sábado (dia 6/11), às 18h. Participam do painel que destaca o papel do som no audiovisual, Herison Pedro, Cristina Lima, Moisés Neuma e Marise Urbano, com mediação de Loiá Fernandes.

A edição Olhares Periféricos, da Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba, tem patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura, do Fundo Nacional da Cultura por meio do Ministério do Turismo com apoio financeiro da Novelis, tendo como parceiros e apoiadores a Wolo TV, Globo, VideoCamp, TVE Bahia, Hub Cultural, Olivieri Consultoria Jurídica, Rede Educare e Janela do Mundo.

A Mostra leva o nome do professor Mahomed Bamba, pesquisador fundamental sobre cinemas negros e diaspóricos, nascido na Costa do Marfim e radicado no Brasil, onde viveu por mais de 20 anos tendo falecido em 2015. Bamba foi um grande mestre que inspirou e inspira a luta por cinemas de representações plurais dos corpos negros.

Serviço:

O quê: Painéis da edição especial Olhares Periféricos, da Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba

Quando: segunda-feira (dia 25), às 19h – Abertura; sábado (dia 30), às 18h – painel Mulheres na Técnica; quinta-feira (dia 4/11), às 18h – painel Distribuição e Captação de Recursos; e sábado (dia 6/11), às 18h – O Cinema e suas Sonoridades

Onde: no canal da MIMB no YouTube

Mais informações: www.mimb.com.br

Os bastidores do maior caso de crime sexual do Brasil no livro “João de Deus – O abuso da fé”

A jornalista Cristina Fibe acaba de lançar o livro João de Deus – O abuso da fé. Em setembro de 2018 a jornalista deu início a uma apuração que revelaria, três meses depois, os estupros cometidos pelo autoproclamado médium João de Deus. O maior caso de crime sexual do Brasil ainda lhe tomaria três anos de trabalho até a publicação desta obra lançada pela Globo Livros.

Em seu livro de estreia, a jornalista – que fez carreira nas principais redações do país -, desconstrói o mito em torno do garimpeiro goiano, desde a fundação de seu centro espiritual, na década de 1970, até a rede de crimes que o protegeu por quase 50 anos. A obra é um livro-reportagem investigativo, com informações apuradas e checadas em viagens a cidade goiana de Abadiânia, visitas a IMLs, delegacias e tribunais, além de um mergulho em mais de mil páginas de processos criminais.

João de Deus – O abuso da fé conta com centenas de entrevistas, inclusive depoimentos exclusivos de figuras públicas próximas de João, como o ex-governador de Goiás Marconi Perillo e o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso.

Com a sensibilidade e as ferramentas de quem se especializou na cobertura dos direitos das mulheres, Cristina Fibe dá voz também a algumas das mais de 300 sobreviventes dos abusos, em relatos muitas vezes chocantes, mas necessários para interromper o silêncio que leva à impunidade. O resultado é uma narrativa profunda e corajosa sobre a ascensão e queda de João Teixeira de Faria, permeada por bastidores da revelação de seus crimes pela imprensa, que levou à condenação a mais de 70 anos de prisão.

“Se, por um lado, chorei com a atrocidade sofrida por mulheres que já se encontravam em situação de vulnerabilidade, por outro, comemorei o fim de um silêncio. De mais um. A gente não vai parar de lutar. Nós somos muitas. E temos coragem”, declara a atriz Maria Ribeiro, que assina o prefácio do livro.

Serviço:

O quê: Livro João de Deus – O abuso da fé, de Cristina Fibe

Páginas: 240

Editora: Globo Livros

Preço: R$ 49,90 – e-book: R$ 34,90